A g n u s D e i

OS DOGMAS DA IGREJA
Enviado por: Dercio Antonio Paganini

Dogma é uma verdade revelada por Deus, e, como tal, diretamente proposta pela Igreja à nossa fé.

A Revelação, fonte do dogma, dá a conhecer o ensinamento divino em seu próprio conceito: tal é a primazia de Pedro e de seus discípulos e, como conseqüência, a infalibilidade pontifícia. Para que uma verdade revelada seja um dogma é necessário que este proponha diretamente à nossa fé por uma definição solene da Igreja o pelo ensinamento de seu magistério ordinário.

No Evangelho se sublinha várias vezes a natureza da fé. Está descrita como uma adesão ao ensinamento divino anunciado por Cristo ou pregada em seu nome e com sua autoridade pelos Apóstolos. No Evangelho de São Marcos encontramos:

"Depois lhes disse: 'Ide pelo mundo e pregai a boa nova a toda criação. O que crer e for batizado se salvará; o que não crer, será condenado.'" (Mc 16,15-16).

"A fé é garantia do que se espera; a prova das realidades que não se vêem. Foi ela que valeu aos nossos ancestrais." (Hb 11,1-2).

Do século I ao IV, esta doutrina se manifesta pela insistência com a qual os Santos Padres afimaram a obrigação de crer integramente na doutrina ensinada por Jesus Cristo aos Apóstolos. Para que o ensinamento divino contido nas Sagradas Escrituras seja um dogma são necessárias duas condições:

  1. O sentido deve estar suficientemente manifestado.

  2. Esta doutrina deve ser proposta pela Igreja como revelada. Quando o texto das escrituras estiver definido pela Igreja como contendo um dogma revelado, com sentido preciso e determinado, é um dever estrito para os exegetas católicos aceitá-lo.

A revelação feita por Jesus Cristo e anunciada aos Apóstolos tem seu caráter definitivo e imutável e a doutrina de São Paulo mostra bem este caráter.