A g n u s D e i
SANTÍSSIMA TRINDADE
Enviado por: Dercio Antonio Paganini
Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a
essência divina que é numericamente a mesma -
O Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III (1198-1216) diz:
"Firmemente cremos e simplesmente confessamos que apenas um é o Deus Eterno, Verdadeiro,
Imenso, Imutável, Incompreensível, Onipotente e Inefável; Pai, Filho e Espírito
Santo; três pessoas certamente, mas uma só essência, substância ou natureza
absolutamente simples. O Pai não vem de ninguém, O Filho apenas do Pai, e o
Espírito Santo de Um e de Outro, sem começo, sempre, e sem fim" (Dz.428).
O dogma da Trindade é declarado por este Concílio, mas o Concílio de Florença (1438-1445), sob
Eugênio IV (1431-1447),
apresentou um compêndio desta doutrina que pode ser considerada como a meta
final da evolução do dogma:
"Por razão desta unidade, o Pai está todo no Filho todo no Espírito
Santo; o Filho está todo no Pai e todo no Espírito Santo; o Espírito Santo está todo
no Pai e todo no Filho. Nenhum precede ao outro em eternidade, ou o excede em
grandeza, ou o sobrepuja em poder..." (Dz. 704).
Provas das Sagradas Escrituras:
- No Antigo Testamento fica subentendida a alusão ao mistério da Trindade:
- "Façamos ao homem..." (Gn 1,26).
- "Disse-me Iaveh: Tu és Meu Filho hoje Te gerei" (Sl 2,7).
- No Novo Testamento:
- "O Espirito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te
cobrirá com Sua sombra, e por isto, o Filho criado será Santo, será chamado Filho
de Deus" (Lc 1,35) - Espírito Santo, Altíssimo e Filho do Altíssimo.
- "Viu o
Espírito Santo de Deus descer como pomba e vir sobre Ele, enquanto uma voz do
céu dizia: 'este é Meu Filho Amado, em Quem tenho Minha complacência'" (Mt
3,16ss).
- "Ide, pois, e ensinai a
todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt
28,19).
Onde é revelado claramente o mistério da Trindade é em Mt 28,19. Assim como
o homem pode por sua única razão descobrir a um Deus Uno,
ao conhecimento de um Deus Trino não poderá chegar senão através da Divina
Revelação.
Em Deus, a ação de entender, o mesmo que a de amar, se identificam com sua
própria essência divina, pois seu entender e seu querer constituem um mesmo Ser.
Por isso, nos dois procedimentos divinos, ou seja, que dá origem ao Filho por via
de geração, e a que dá origem ao Espírito Santo por via de amor procedente do Pai
e do Filho, não se dá sucessão alguma, nem por prioridade nem por posteridade...
são eternas com a mesma eternidade de Deus.
O Pai, com efeito, vendo refletido em sua própria essência a Seu Verbo Divino, que
é a Imagem perfeitíssima de Si mesmo, O ama com um amor sem limites. E o
Verbo, que é a Luz do Pai, Seu Pensamento eterno, Sua Glória, Sua Formosura, o
Esplendor de todas Suas perfeições infinitas, devolve a Seu Pai um amor
semelhante, igualmente eterno e infinito. E ao encontrarem-se as correntes do amor
que brota do Pai com aquela que vem do Filho, salta, por assim dizer, uma torrente
de chamas que é o Espírito Santo, amor único, ainda que é mútuo, vivente e
subsistente, abraço inefável, vínculo que completa ao Pai e ao Filho, na unidade do
Espírito Santo (v. "Perfeição Cristã", de Roeo Marin, p. 53).