
A g n u s D e i
O PAPA É INFALÍVEL SEMPRE QUE SE PRONUNCIA EX CATEDRA
Enviado por: Dercio Antonio Paganini

Ensina o Concílio Vaticano I (1869-1870), sob Pio IX (1846-1878), na Sessão IV de 18 Julho 1870:
"...ensinamos e definimos ser dogma divinamente revelado que o Pontífice
Romano, quando fala ex catedra, isto é, quando cumprindo seu cargo de pastor e
doutor de todos os cristãos, define por sua suprema autoridade apostólica que uma
doutrina sobre a fé e costumes deve ser sustentada pela Igreja universal, pela
assistência divina que lhe foi prometida na pessoa de Pedro, goza daquela
infalibilidade que o Redentor divino quis que estivera provisionada sua Igreja na
definição sobre a matéria da fé e costumes, e portanto, as definições do Bispo de
Roma são irreformáveis por si mesmas e não por razão do consentimento da
Igreja." (Dz. 1839; Dz. 466-694).
Para compreender este dogma, convém ter na lembrança:
- Sujeito da infalibilidade é todo o Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor
de Pedro e não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o Papa confere parte de sua
autoridade magistral.
- Objeto da infalibilidade são as verdades de fé e costumes, reveladas ou em
íntima conexão com a revelação divina.
- Condição da infalibilidade é que o Papa fale ex catedra:
- Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema
autoridade.
- Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja
acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex
catedra.
- Razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que
preserva o supremo mestre da Igreja de todo erro.
- Conseqüência da infalibilidade é que a definição ex catedra dos Papas
sejam por si mesmas irreformáveis, sem a intervenção ulterior de qualquer
autoridade.
Sagradas Escrituras:
- "a ti darei as chaves do Reino..." (Mt 16,18).
- "apascenta Minhas ovelhas" (Jo 21,15-17).
- "Eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça ... confirma a
teus irmãos" (Lc 22,31).
Para poder cumprir com a função de ordenar eficazmente, é
necessário que os Papas gozem de infalibilidade em matéria de fé e costumes.

