Extrato da declaração sobre a Maçonaria dirigida aos fiéis católicos em 17 de fevereiro de 1981 pelo cardeal Seper, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L'Osservatore Romano, edição em português, de 08.03.81):
Dado que a citada carta [de 19.07.1974], tornada de domínio público, deu margem a interpretações errôneas e tendenciosas, esta Congregação, sem querer prejudicar as eventuais disposições do novo Código, confirma e precisa quanto segue:
- Não foi modificada de algum modo a disciplina canônica, que permanece em todo o seu vigor;
- Não foi, portanto, ab-rogada a excomunhão nem as outras penas canônicas previstas;
- Quanto na citada carta se refere à interpretação a ser dada ao cânon em questão, deve ser entendido, como intencionava a Congregação, só como um apelo aos princípios gerais da interpretação das leis penais para a solução dos casos de cada pessoa, que podem ser submetidos ao juízo dos Ordinários. Não era, pelo contrário, intenção da Congregação confiar às Conferências Episcopais a pronunciar-se publicamente com um juízo de caráter geral sobre a natureza das associações maçônicas que implique derrogação das mencionadas normas1.
[...]
Card. Seper
1 'Quais fossem essas interpretações, deduz-se muito facilmente do próprio texto: (1) afirmar que a disciplina canônica (e, portanto, a proibição de católicos se inscreverem na Maçonaria) teria sido modificada; (2) afirmar que a excomunhão latae sententiae contra os maçons teria sido ab-rogada; (3) afirmar que as Conferências Episcopais podiam dar normas contrárias às existentes em caráter geral (v. HORTAL, Jesus - "Maçonaria e Igreja: Conciliáveis ou Inconciliáveis?", série 'Estudos da CNBB' nº 66, ed. Paulus, 2ª edição, 1993, pp. 60-61).
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