A g n u s D e i

REDEMPTORIS MISSIO
João Paulo II
07.12.1990

CONCLUSÃO

92. Nunca como hoje se ofereceu à Igreja a possibilidade de, com o testemunho e a palavra, f azer chegar o Evangelho a todos os homens e a todos os povos. Vejo alvorecer uma nova época míssionária, que se tornará dia radioso e rico de frutos, se todos os cristãos e, em particular, os missionários e as jovens Igrejas corresponderem generosa e santamente aos apelos e desafios do nosso tempo.

Como os Apóstolos depois da ascensão de Cristo, a Igreja deve reunir-se no Cenáculo « com Maria, a Mãe de Jesus » (At 1, 14), para implorar o Espírito e obter força e coragem para cumprir o mandato missionário. Também nós, bem mais do que os Apóstolos, temos necessidade de ser transformados e guiados pelo Espírito.

Na vigília do terceiro milénio, toda a Igreja é convidada a viver mais profundamente o mistério de Cristo, colaborando com gratidão na obra da salvação. Fa-lo-á com Maria e como Maria, sua mãe e modelo: é Ela, Maria, o exemplo daquele amor materno, do qual devem estar animados todos quantos, na missão apostólica, cooperam para a regeneração dos homens. Por isso, « confortada pela presença de Cristo, a Igreja caminha no tempo para a consumação dos séculos indo ao encontro do Senhor que vem. Mas, nesta caminhada, a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria ».177

A « mediação de Maria, toda Ela orientada para Cristo e disponível para a revelação do seu poder salvífico »,178 confio a Igreja e, em particular, aqueles que se empenham na actuação do mandato missionário, no mundo de hoje. Como Cristo enviou os seus apóstolos no nome de Pai, do Filho e do Espírito Santo, também renovando o mesmo mandato, eu estendo a todos vós a Bênção Apostólica no nome da mesma Trindade Santíssima. Amém.

- Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 7 de Dezembro do ano de 1990, no XXV aniversário do Decreto conciliar Ad gentes, décimo terceiro do Pontificado.