[Gostaria de conhecer] a defesa da Igreja católica contra os seguintes assuntos: Aborto,
Divórcio e Preservativo. (Roberto)
O preservativo, além de ser usado para evitar a "gravidez indesejada",
incentiva a prática do sexo irresponsável, sem escrúpulos. O amor mútuo
e verdadeiro que deve existir em todo casal é simplesmente substituído
pelo erotismo, pelo ato sexual a todo e qualquer custo. Não são
respeitadas as regras da fertilidade da mulher; não é respeitada a lei
natural; não é respeitada a moral; não é respeitado o verdadeiro amor
existente entre um homem e uma mulher: o que importa é o prazer, o sexo
acima de tudo (o que é um absurdo!), com a "benção" [falsamente]
assegurada pela "camisinha", que incontestavelmente certamente favorece
muito mais a promiscuidade...
O aborto fere a dignidade maternal da mulher, maravilhoso dom concedido
por Deus. Quem se rende ao aborto - seja qual for o motivo - é favorável
à cultura da morte, sob a falsa máscara de planejamento familiar ou,
mais tristemente, de gravidez indesejada. A mulher pode até ser a dona
de seu corpo, mas o fato é que embrião ou feto não fazem parte do mesmo
corpo da mulher (pois não são um órgão interno como o são os rins, o
coração etc), mas são um corpo a parte. Por isso, o aborto é puro e
verdadeiro assassinato, mesmo quando cometido nas primeiras semanas,
ainda quando o embrião não possui forma humana; não é "coisa" que pode
ser descartada, mas "pessoa" detentora do dom da vida! "Antes mesmo de
te formares no ventre da tua mãe, Eu te conheci; antes que saísses do
seio [materno], Eu te consagrei" (Jer 1,5)
Quanto ao divórcio - deixando de lado a questão da indissolibilidade
como desejo original do Criador, como bem insistiu Jesus (Mt 5,31-32;
19,3-9; Mc 10,9; Lc 16,18; 1Cor 7,10-11) - constitui este em extremo
atentado à dignidade do Matrimônio pois pretende romper uma promessa
mútua dos cônjuges, obrigação contraída por livre e espontânea vontade -
como é bom frisar, de viverem unidos até a hora da morte. Todos saem
perdendo: um cônjuge fica abandonado e relegado ao desprezo; os filhos,
principalmente menores, ficam traumatizados; e o outro cônjuge,
aparentemente beneficiado, frequentemente cai em adultério (pois o
vínculo contraído pela promessa nupcial permanece, cf. Mt 19,9),
favorecendo ainda o adultério da outra parte. É a ruína da família,
indiscutivelmente um dos fatores mais claros da desagregação familiar
que gera tão pesados encargos para a sociedade, principalmente o aumento
da violência.
Para uma visão mais completa sobre esses assuntos, sugiro a leitura
cuidadosa dos parágrafos 2270 à 2275 (aborto); 2360 à 2379 (o verdadeiro
amor entre os esposos); e 2382 à 2386 (divórcio) - todos do Catecismo da
Igreja Católica.