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A Importância de Aprofundar os Conhecimentos sobre a Fé

Já dizia o velho ditado: "Saber não ocupa espaço". De fato, ninguém nasce sabendo, seja o que for. É com o passar dos anos que vamos adquirindo conhecimento, quando nossos pais nos transmitem suas experiências, quando nossos professores nos guiam pelos caminhos da língua portuguesa, matemática, ciências, história... Tudo isso é válido, imprescindível para o ser humano que espera, um dia, exercer todos os seus direitos fundamentais.

Mesmo assim, tais conhecimentos "humanos" são plantados artificialmente em nós durante a nossa infância. Nesse período, quando formamos aos poucos a nossa identidade, não escutamos nossos pais ou vamos à escola porque queremos, mas porque aqueles que cuidam da nossa educação, da nossa formação, fazem todo o possível para que venhamos a adquirir conhecimentos, para termos um "futuro melhor". Às vezes até exageram e acabamos por detestar o diálogo com os nossos pais, a ir à escola... Ergue-se, assim, uma barreira muitas intransponível para muitos.

Às vezes também tentam plantar artificialmente a semente da fé em nós, nos obrigando a frequentar a Catequese e a ir à missa aos domingos sem contudo demonstrar a aplicação prática da vida cristã: lares onde reinam a discórdia, a promiscuidade e, principalmente, a falta de uma fé viva e verdadeiramente familiar.

O resultado de tudo isso, além da desagregação familiar, é o surgimento de uma fé supersticiosa e frágil, de forma que não nos impressiona que tais pessoas mudem de religião à primeira investida de missionários proselitistas. Uma vez "convertidos", pensam então que são "doutores da Palavra" e passam a "denunciar" aquela fé que nunca compreenderam ou viveram de fato, começando a pregar que os católicos são idólatras, mundanos e outras barbaridades que somente a falta de discernimento e a ausência de cultura religiosa e histórica podem explicar...

A parábola do Semeador (Mt 13,1-23) ilustra muito bem isso: a semente da fé é plantada em todos (de fato, qual o homem que não sente, mais cedo ou mais tarde, a sede da busca de Deus?), porém nem todos estão suficientemente abertos ou preparados para recebê-la (não podemos nos esquecer que nascemos com o Pecado Original, herdado de Adão, e assim somos sempre tentados para o mal). Uns não prestam atenção à Palavra e logo são levados pelo Mal, outros não criam raízes profundas e abandonam a fé quando surgem os primeiros problemas, outros querem viver num falso cristianismo sem se desapegar dos valores mundanos, sem compartilhamento, sem compromissos... Apenas uns poucos frutificam... Vemos, assim, quão certas e concordes são as palavras do Senhor que, em outros pontos do seu Evangelho, advertiu que a porta do Reino dos Céus é estreita e que larga é a porta que conduz à perdição (cf. Mt 7,13), de forma que nem todos os que dizem "Senhor, Senhor" ou que fizeram "maravilhas" em nome de Jesus herdarão o Reino (cf. Mt 7,21-22).

Devemos, portanto, para o nosso bem e a nossa salvação, aprofundar nossos conhecimentos a respeito das Boas Novas do Reino de Deus, não com espírito sectário, que distorce a Palavra e nos conduz à perdição (cf. 2Pd 3,16), mas em constante sintonia com a Igreja (cf. At 8,30-31), a quem Jesus conferiu Sua autoridade (cf. Mt 16,18-19; 18,18; Jo 20,23) e que é "a coluna e o fundamento da Verdade" (1Tm 3,15).


Copyright (c) 1999, por Carlos Martins Nabeto.
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