O Papa João Paulo II não representa apenas uma sequência da História multissecular do Papado, ele oferece um aspecto novo: veio “de longe”, trazido pelo Espírito Santo, num contexto de fim de milênio, e possuindo características pessoais inconfundíveis. Na essência, é o Papa. O mundo não precisou esperar para reconhecer nele uma das personalidades mais marcantes na atualidade, um Chefe tão extraordinário que a página ora vivida pela história da Igreja, além de densamente rica em si, expande benéfico influxo sobre a humanidade inteira. O nome de batismo de João Paulo II é Karol Wojtyla. Nasceu em Wadowice (Polônia), aos 18 de maio de 1920. É de origem humilde. Ficou órfão de mãe aos nove anos. Aos doze, perdeu seu único irmão mais velho. Aos vinte faleceu seu pai. Fez os primeiros estudos com a própria mãe. Em 1931, ingressou no ginásio de Wadowice. Foi um aluno brilhante. Foi educado pelo pai numa disciplina rígida. Trabalhou como mineiro e também como operário numa indústria química. Decidiu ser padre aos 23 anos, ingressando no Seminário. Revelou-se um aluno dotado para a filosofia e para a teologia. De volta à Polônia, foi professor na Universidade Católica de Lublin. A 4 de julho de 1958 é eleito Bispo coadjutor de Cracóvia. Arcebispo de Cracóvia a 13 de maio de 1964. Em 26 de julho de 1967 foi criado Cardeal. Foi eleito Papa no dia 16 de outubro de 1978 e solenemente entronizado no dia 22. À Mãe de Deus, Maria Santíssima, pela qual tem um grande amor, atribui ter sido salvo de um atentado contra a sua vida em 13 de maio de 1981. É um extraordinário comunicador. E um incansável missionário. Sua visita apostólica ao Brasil será a sua 53a viagem internacional. Escreveu nove encíclicas e publicou inúmeros e importantes documentos: constituições e exortações apostólicas, cartas, mensagens, discursos e homilias. São 13 anos de um pontificado extremamente benéfico para a Igreja e o mundo (até outubro de 1991).
