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RELIGIÃO ON-LINE
O Melhor da Internet sobre as Grandes Religiões

Autores: Luis e Susete Gonzaga
Editora: CentroAtlântico.Pt
Páginas: 258
Formato: 23 x 15 cm
Preço: * * *

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» APRESENTAÇÃO

Através de alguns estudos realizados, sabemos que cerca de 85% da população mundial acredita em Deus (ou deuses) ou num poder superior. É um fato que não pode ser menosprezado.

Esta obra mostra o que as religiões, as instituições e as comunidades religiosas, ou simplesmente os crentes, têm feito na Internet para divulgar a sua mensagem.

Os autores analisaram as doze principais religiões do mundo (Baha'i, Budismo, Confucionismo, Cristianismo, Hinduísmo, Islamismo, Jainismo, Judaísmo, Siquismo, Taoísmo, Xintoísmo e Zoroastrismo) e partiram à descoberta navegando por várias centenas de sites, seguindo os apontadores, trocando informações com muitos outros usuários especialistas, usando diversos mecanismos de busca, escolhendo o que de melhor se faz por esse mundo afora sobre religião, na imensa rede que é a Internet.

Assim, este livro apresenta o resultado desse trabalho: os 120 melhores sites sobre religião na Internet, com uma introdução sobre cada uma das religiões e a apresentação da respectiva comunidade religiosa em Portugal. Para isso, os autores contaram com a preciosa colaboração de vários responsáveis pelas diversas comunidades religiosas.

Esta é uma obra de grande importância para todos aqueles que estão atentos ao fenômeno religioso: religiosos, leigos, estudantes ou simples curiosos.

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Cristianismo

O Cristianismo é a religião dos que acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que foi morto e ressuscitou, e que veio ao mundo anunciar a Boa Nova da salvação aos ho0mens.

Tem a sua origem na pregação, na vida, nos gestos, na morte e ressurreição do «Messias», o Ungido do Espírito Santo, Palavra de Deus encarnada, o próprio Deus feito carne - Jesus Cristo.

Em todo o mundo, uma em cada três pessoas considera-se cristã. O Cristianismo não é apenas uma religião ou um simples sistema de crenças religiosas. Ao longo dos séculos, criou também uma cultura, um sistema de ideias, uma forma de vida e práticas.

O Cristianismo é uma religião monoteísta, acredita num Deus uno e único, tal como o Islamismo e o Judaísmo. A Igreja Cristã é iniciada em Jesus Cristo "Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela." (Mt 16,18), nela Pedro ocupa um lugar iminente.

Durante todo o primeiro milénio, a Igreja Cristã estava unida. As grandes decisões eram tomadas em Concílios Ecuménicos onde participavam os cinco Patriarcados existentes: Roma, que detinha o primado dada a sua fundação pelo apóstolo S. Pedro, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém. Em 1054 e por diversos factores, o Patriarca de Roma e Constantinopla excomungam-se mutuamente levando à divisão da Igreja entre ocidente, apenas com o patriarcado de Roma, e o oriente com Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém.

Naquele momento, pensou-se que tal divisão seria temporária e que passados alguns anos o cisma que levou à cisão das Igrejas teria o seu fim, o que não veio a acontecer. Só a partir dessa altura é que faz sentido falar de Igreja Católica e de Igreja Ortodoxa, embora a Igreja Cristã sempre se considerasse católica como sentido universal - a sua mensagem é para todo o mundo e para todo o tempo.

Foram precisos mais de novecentos anos para que Roma e Constantinopla levantassem a questão da excomunhão, e se são muito mais os aspectos que as duas Igrejas têm em comum do que aqueles em que diferem, certo é que, passado todo este tempo, não se prevê que as Igrejas se voltem a unir, por muito que os cristãos o desejassem.

No início do século XVI, a Igreja Ocidental viria a ter uma nova cisão. Um grupo de teólogos, nomeadamente Erasmos, Lutero, Calvino, Zwingli e Knox, inconformados com o actual estado da Igreja, pretende que esta se renove, alterando algumas das suas práticas, que, segundo eles, não estavam de acordo com o Evangelho, e dando maior ênfase às Sagradas Escrituras, agora disponíveis em várias traduções e não apenas em latim. Mas a Igreja Ocidental não se alterou da forma como o movimento pretendia, e deu-se a criação de Igrejas independentes, também conhecidas como Igrejas da Reforma, ou Protestantes.

Apesar da divisão do Cristianismo em três grandes famílias, existe muito em comum entre elas.

DEUS

Deus é o único ser supremo. Deus é Santo, Eterno, Omnipresente, Omnipotente e Omnisciente. Ele é amor, luz, espírito e verdade. Ele é o Criador. Só a Ele devemos adorar. Seu nome é Iahweh (ou Yahweh, lê-se Iavé) e é formado por quatro consoantes em hebraico "YHWH". No Exodo 3,14, Deus proclama que o Seu nome é 'Eu Sou' "Disse Deus a Moisés: 'Eu sou aquele que é'. Disse mais: 'Assim dirás aos filhos de Israel: 'EU SOU me enviou até vós''".

SANTÍSSIMA TRINDADE

Deus é Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Pai não é o mesmo que o Filho, o Filho não é o mesmo que o Espírito Santo, e o Espírito Santo não é o mesmo que o Pai. Embora sejam diferentes eles são o mesmo e único Deus. São consubstanciais e estão em perfeita harmonia. Sem um não existiria Deus. "Eu sou Iahweh, e não há nenhum outro, fora de mim não há Deus" (Isaias 45, 5).

BÍBLIA

A Bíblia é o livro que contém a Palavra de Deus. Mas mais do que um livro, a Bíblia é uma biblioteca composta por 73 livros distintos.

Divide-se em duas grandes secções: o Antigo Testamento com 46 livros contém a revelação feita por Deus antes da vinda de Jesus Cristo; o Novo Testamento com 27 livros contém a revelação feita directamente por Jesus Cristo e transmitida pelos Apóstolos e por outros autores sagrados.

"Constitui a lista oficial ou cânon de livros aceites como inspirados e referentes ao tempo da religião hebraica anterior ao cristianismo. Mas esta lista ou Cânon da Sagrada Escritura conheceu algumas divergências, já desde os tempos antigos. Tais divergências nascem das próprias vicissitudes da formação da Biblia entre os antigos hebreus. A Bíblia que tem a lista mais longa de livros, chamada dos Setenta, é, na verdade, a mais antiga e provém do judaísmo da Alexandria. Apresenta uma tradução dos textos bíblicos para o grego, feita nos três séculos imediatamente anteriores ao cristianismo. Curiosamente, a lista mais recente é aquela que nos propõe o texto original hebraico; a lista final dos livros desta Bíblia Hebraica foi fixada por uma assembleia de rabinos em Jâmnia, só pelos finais do séc. I a.C., e os critérios aí seguidos levaram a diminuir a lista de livros até então reconhecidos como pertencendo à Bíblia. Ficaram assim de fora, no todo ou em parte, alguns livros incluídos há séculos na Bíblia do judaísmo da Alexandria. Por várias circunstâncias, nomeadamente pelo facto de estar na língua grega de uso internacional no Mediterrâneo oriental, depressa o cristianismo fez sua a Bíblia Grega da Tradução dos Setenta (LXX) e sempre aceitou sem grandes dificuldades o cânon do Antigo Testamento por ela apresentado. Entre os cristãos, a posição a tomar diante destes dois cânones só foi discutida mais significativamente depois da Reforma Protestante. Hoje em dia, as confissões protestantes em geral só aceitam os livros que pertencem ao cânon hebraico, o chamado 'cânon curto'" (In Nova Bíblia dos Capuchinhos).

A Bíblia não é um livro científico ou histórico mas antes salvífico - a sua mensagem é de salvação. Para lermos e compreendermos a Bíblia temos de ter em atenção que a Palavra de Deus se tornou linguagem humana sem deixar de ser Palavra de Deus, assim como o Filho de Deus se fez homem sem deixar de ser Deus. Mas a palavra humana tem limitações e condicionamentos de tempo, de espaço, de raça e de cultura. Por isso, para entendermos a Palavra de Deus temos de conhecer o tempo e as circunstâncias históricas em que cada livro foi escrito, o local geográfico onde foi escrito, o povo que o escreveu e as diferentes culturas e mentalidades dos diversos autores.

TRÊS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CRISTIANISMO

CREDOS DO CRISTIANISMO

Um Credo é uma declaração de fé que é verdadeira e que de uma forma precisa reflecte os ensinamentos das Sagradas Escrituras.

Para responder à heresia do arianismo (de Ário, teólogo da Alexandria) que defendia que Cristo não era totalmente Deus, mas que o Pai tinha criado o Filho e juntos procederam à criação do mundo, realiza-se em Niceia, no ano 325, o primeiro concílio ecuménico reunindo mais de trezentos bispos vindos de todo o mundo cristão. Este concílio serviu para recordar a unidade fundamental de Cristo e do seu Pai - «Eu e o Pai somos um».

Mais tarde, em 381, realiza-se o primeiro concílio de Constantinopla, que viria a ser o segundo concílio ecuménico, para completar o credo de Niceia, nascendo assim o Credo de Níceia-Constatinopla, embora seja também conhecido por Credo de Niceia.

    Creio em um só Deus, Pai Todo Poderoso,
    Criador do Céu e da Terra
    de todas as coisas visíveis e invisíveis.

    Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
    Filho Unigénito de Deus,
    nascido do Pai antes de todos os séculos:
    Deus de Deus, Luz da Luz,
    Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
    gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
    Por Ele todas as coisas foram feitas.

    E por nós, homens, e para nossa salvação
    desceu dos Céus.
    E encarnou pelo Espírito Santo
    no seio da Virgem Maria,
    e se fez homem.
    Também por nós foi crucificado sob
    Pôncio Pilatos;
    padeceu e foi sepultado.

    Ressuscitou ao terceiro dia,
    conforme as Escrituras;
    e subiu aos Céus, onde está sentado
    à direita do Pai.
    De novo há-de vir em sua glória,
    para julgar os vivos e os mortos;
    e o seu Reino não terá fim.

    Creio no Espírito Santo.
    Senhor que dá a vida,
    e procede do Pai [e do Filho];
    e com o Pai e o Filho é adorado
    e glorificado:
    Ele que falou pelos Profetas.

    Creio na Igreja una, santa,
    católica e apostólica.

    Professo um só Baptismo
    para remissão dos pecados.
    E espero a ressurreição dos mortos,
    e vida do mundo que há-de vir.

    Amen.

Símbolo dos Apóstolos

Existe outro credo, conhecido como Símbolo dos Apóstolos (pensava-se que este teria sido escrito pelos Apóstolos, dez dias depois da ascensão de Jesus Cristo, embora o seu primeiro registo date do ano de 215), que tem como doutrina central a Trindade e o Deus Criador. Este credo era usado como resumo da doutrina cristã pelos crentes no seu baptismo.

    Creio em Deus, Pai todo-poderoso,
    Criador do Céu e da Terra;
    e em Jesus Cristo, seu único Filho,
    nosso Senhor,
    que foi concebido pelo poder
    do Espínto Santo
    nasceu da Virgem Maria;
    padeceu sob Pôncio Pilatos,
    foi crucificado, morto e sepultado;
    desceu à mansão dos mortos;
    ressuscitou ao terceiro dia;
    subiu aos Céus;
    está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
    de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos
    Creio no Espírito Santo;
    na santa Igreja católica;
    na comunhão dos Santos;
    na remissão dos pecados;
    na ressurreição da carne;
    na vida eterna.
    Amen.

A IGREJA CATÓLICA

A Igreja Católica vive e interpreta a herança cristã transmitida por Cristo e pelos seus Apóstolos, como sucessora da Igreja apostólica, fundada por S. Pedro e S. Paulo, em Roma.

Tem uma estrutura hierárquica de bispos, sacerdotes e fiéis em comunhão com o Bispo de Roma - o Papa, sucessor de S. Pedro, o primeiro Papa. Contando com João Paulo II, a Igreja já teve durante a sua história duzentos e sessenta e cinco Papas.

A Igreja Católica tem o seu centro físico visível na cidade-estado do Vaticano, em Roma, Itália. O Vaticano é a residência oficial do Papa, e onde se situa a Cúria Romana. «Para exercer o poder supremo, pleno e imediato sobre a Igreja universal, o Romano Pontífice vale-se dos Dicastérios da Cúria Romana. Estes, por conseguinte, em nome e com a autoridade dele, exercem o seu ofício para o bem das Igrejas e em serviço dos Sagrados Pastores» (In Christus Dominus, 9).

O último concílio da Igreja, o Concílio Vaticano II, realizou-se no início da década de 60, preparando a Igreja Católica para o Terceiro Milénio. Trinta anos depois do início deste concílio, o Papa João Paulo II assinava a Constituição Apostólica «Fidei Depositum» para a publicação do Catecismo da Igreja Católica (CIC) redigido depois do Concílio Ecuménico Vaticano II.

Neste catecismo encontramos, de modo organizado, o ensino da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja e do Magistério autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos santos e santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus.

A IGREJA ORTODOXA

A Igreja Ortodoxa é um conjunto de Igrejas situadas na sua maioria no Leste da Europa. Independentes na sua administração interna, partilham a fé comum e estão em comunhão entre si, reconhecendo o primado de honra do patriarca de Constantinopla (Nova Roma).

A fé ortodoxa baseia-se na escritura como revelação de Deus: Antigo e Novo Testamento, tal como aparece no Cânon dos LXX. Aceitam apenas os sete primeiros concílios ecuménicos que fixam a tradição ortodoxa. Aceitam a Tradição que preserva o sentido da Escritura, a teologia dos Padres da Igreja e da iconografia.

Segundo a Tradição, a Igreja é constituída por "Igrejas irmãs" de origem episcopal sob o primado de honra do patriarca de Constantinopla. O ministério é regido por uma ordem tripla: diácono, presbítero e bispo.

As Igrejas ortodoxas dividem-se em oito grandes patriarcados: Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Roménia, Bulgária, Sérvia, Moscovo e Constantinopla. Este último conhecido como Patriarcado Ecuménico.

Existem além disso, quatro igrejas "autocéfalas": Grécia, Chipre, Polónia e Checoslováquia. Para além destas existem outras nascidas da emigração para vários continentes.

AS IGREJAS DA REFORMA (PROTESTANTES)

As Igrejas da Reforma surgiram através do movimento iniciado no século XVI, a que se deu o nome de Reforma. Este movimento procura voltar à primitiva forma do Cristianismo tal como aparece no Novo Testamento.

Manifesta-se com a intenção de crítica, revisão e organização do acto cristão tal como tinha sido vivido no início do Cristianismo e diferente do que se vivia no século XVI. A reforma recebeu o nome de protestantismo, quando seis príncipes e catorze cidades livres, na dieta de Spíra, protestaram contra as exigências católicas.

Desta reforma surgiram as Igrejas Anglicana, Luterana, Congregacionalista, Baptista, Metodista e Reformada Calvinista.

De uma forma muito genérica, as Igrejas protestantes sublinham as relações individuais de cada um com Cristo, sem um padre ou papa, a agir como intermediário e o primado das Escrituras, como fundação da pregação, ensino e salvação.


Texto retirado das páginas 35 a 43.

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