A g n u s D e i

APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS...
"Para Ler o Novo Testamento"

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PARA LER O NOVO TESTAMENTO

Etienne Charpentier

ed. Loyola

126 páginas

Formato: 21 x 21 cm

Preço: * * *

Apresentação

 

 

Neste "guia turístico" do Novo Testamento encontram-se:

  • Uma história na qual viveram Jesus e os primeiros cristãos,
  • Uma apresentação sugestiva dos diversos livros que constituem o Novo Testamento,
  • Uma focalização dos principais textos, acompanhadas de dinâmicas para o estudo pessoal e em grupo.

É um subsídio pedagógico de grande valor para a catequese, a homilia, os grupos bíblicos e para todos aqueles que se interessam por uma autêntica descoberta do Novo Testamento.

O livro contém, também, diversas ilustrações, tabelas, quadros e esquemas que facilitam a compreensão e o estudo.

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O Autor

Etienne Charpentier também é autor dos livros "Para Entender o Antigo Testamento", "Para uma primeira leitura da Bíblia" e "Cristo Ressuscitou".

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Conteúdo

O livro analisa os escritos do Novo Testamento, em ordem cronológica, numa linguagem simples, mas fiel e eficiente. Mostra, assim, o desenvolvimento da fé cristã durante a redação dos livros do Novo Testamento.

    - O universo dos primeiros cristãos
    - O evento da Páscoa
    - Paulo e suas cartas
    - O Evangelho segundo São Marcos
    - O Evangelho segundo São Mateus
    - A obra de Lucas: Evangelho e Atos
    - A obra de João: Evangelho e cartas
    - O Apocalipse
    - O princípio do Evangelho

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Amostra

O TEXTO DO NOVO TESTAMENTO

"O texto que temos em nossas Bíblias é o texto original dos Evangelhos ou do Novo Testamento? Sobre o que ele se baseia?" Esta pergunta é muitas vezes feita.

Na realidade, praticamente não se tem textos originais da Antiguidade. Um dos raros é a carta de Simão bar Kochba, chefe da revolta judaica de 135 (ver p. 121 [do livro]); geralmente o que temos são cópias. Assim, os mais antigos manuscritos que dispomos das obras do poeta latino Virgílio datam de quatro século depois dele; treze séculos separam Platão dos manuscritos que dispomos de sua obra e dezessete séculos no caso do poeta grego Eurípedes!

Estamos mais bem documentados a respeito do Novo Testamento, do qual possuímos milhares de manuscritos, entre os quais diversos muito antigos.

Os manuscritos são papiros (fibras de uma planta) ou pergaminhos (pele de carneiro, cabra ou vitela). Eles podem estar na forma de rolos ou, mais comumente, de codex (folhas costuradas juntas como em em nossos livros modernos). Até o século IX, eles são escritos em maiúsculas (ou unciais) e sem separação entre as letras; a partir de então são adotadas também as letras minúsculas.

A seguir, apresentamos as principais fases da transmissão do Novo Testamento até nós.

Até o século IV

Já no final do século II, há quem se inquiete com as divergências entre os manuscritos. Em Alexandria é elaborada uma recensão, isto é, a partir de diferentes manuscritos, tenta-se estabelecer um texto que foi considerado o mais próximo possível do que deveria ser o original. Esta "recensão alexandrina" espalhou-se por todo o Império.

Traduz-se então o texto grego para o latim (a "Velha Latina" ou "Ítala", entre 160 e 180), para o sírio e o copta.

Dessa época, restaram o Papiro Rylands (ver p. 8 [do livro]), Papiro Bodmer II, escrito por volta de 200 no Egito, com 14 capítulos de João [...], três Papiros Chester Beatty, escritos ao redor de 250, e contendo passagens dos evangelhos, de Paulo e do Apocalipse.

Entre os séculos IV e VI

Datam dessa época os grandes manuscritos, completos e em pergaminho, do Novo Testamento: Vaticano (meados do século IV), Sinaítico (meados do século IV), Alexandrino (princípio do século V), Codex de Efrém (século V) e o Codex Bezae (século V), que contém somente os evangelhos e os Atos. O texto dos Atos difere um pouco do habitual. Também o Codex Freer (século V) conta somente com os evangelhos.

No princípio do século V, é realizada uma nova recensão em Bizâncio. É esta que se impõe como a versão comum (ou "Koiné") a todas as Igrejas de língua grega.

O texto das versões é unificado: a partir de 382, S. Jerônimo redige a "Vulgata" em latim. A "Pshitta" siríaca e a versão armênia datam do século V.

Entre o século VI e a Renascença

Neste período são executadas inúmeras cópias nos monastérios.

Renascença: séculos XV e XVI

Os manuscritos gregos afluem ao Ocidente depois da tomada de Constantinopla, em 1453.

A "Poliglota de Alcalá" ou do "Cardeal Ximenes", principiada em 1502, é publicada em 1522 e constitui-se um trabalho erudito e consciencioso. A fim de deixá-lo para trás (a concorrência já é ativa!), Erasmo publica em 1516 um texto estabelecido em seis meses e que se baseia em apenas seis manuscritos. O editor, Robert Estienne, revisa Erasmo, a partir de Alcalá. Teodoro de Beza retoma a quarta edição de Estienne. Este é o "texto recebido", utilizado até o final do século XIX.

A partir de meados do século XIX

Em 1859, Tischendorf descobre o "Sinaítico" e publica o "Vaticano". São estes os dois manuscritos que servem de base ao texto atual de nossas Bíblias.

As divergências entre os manuscritos relacionam-se com pequenos detalhes. Mesmo sem contar com os originais dos textos, podemos ter confiança nestas cópias que dispomos.

O PROBLEMA SINÓTICO

Uma sinopse é um livro que apresenta os evangelhos em colunas, de maneira que se possa ler com um golpe de vista ("syn-opse") os textos parecidos. Os três primeiros evangelhos têm suficientes pontos em comum para serem assim dispostos em colunas. Por isso eles são chamados evangelhos sinóticos (ou simplesmente "os sínóticos"): Mateus, Marcos e Lucas.

Esta semelhança fez nascer a pergunta: não terão eles se apoiado sobre uma ou mais fontes escritas? Há séculos, os especialistas multiplicam respostas, chegando às vezes a conclusões complicadas e sempre hipotéticas. Simplificando ao extremo (logo, forçando bastante o resultado), poder-se-ia dizer que tudo se passa como se os redatores tivessem à sua disposição dois grupos de documentos: um deles teria sido utilizado por Mateus, Marcos e Lucas, explicando porque se fala em tríplice tradição. Ao outro grupo, somente Mateus e Lucas teriam tido acesso, o que constituiria a chamada fonte Q (de "Quelle", "fonte", em alemão) ou a coletânea dos logia (do grego "logion" ou no plural "logia", que se pronuncia "loguia, lóguion" e que significa "palavras" ou "sentenças"). Pode-se resumir isto em um esquema:

É difícil dizer se Mateus e Lucas tiveram acesso diretamente aos documentos ou se os conheceram por intermédio de Marcos. Aceita-se em todo caso que Mateus e Lucas tenham conhecido Marcos, mas que são independentes entre si.

O criador do gênero literário "evangelho" parece ser Marcos, que impôs uma organização geográfica e cronológica à vida de Jesus. Mateus e Lucas seguiram seu exemplo.

Mateus e Lucas trataram de formas diferentes o que eles descobriram no segundo grupo de documentos: Mateus pontilhou com estes dados todo o seu evangelho; Lucas preferiu inseri-los, na forma de dois grandes incisos, na trtama recebida de Marcos.

Mateus e Lucas têm, igualmente, textos que lhe são próprios: já Marcos não os têm em grande quantidade.


Texto retirado dos quadros às págs. 120 e 15, respectivamente.

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