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O CRISTIANISMO E AS RELIGIÕES
Autor: Comissão Teológica Internacional
Editora: Loyola
Páginas: 62
Formato: 21 x 14 cm
Preço: * *

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» APRESENTAÇÃO

O estudo do tema "O Cristianismo e as Religiões" foi proposto pela grande maioria dos membros da Comissão Teológica Internacional. As discussões gerais sobre o tema desenvolveram-se em numerosos encontros da subcomissão e durante as sessões plenárias da própria Comissão Teológica Internacional, realizadas em Roma em 1993, 1994 e 1995. O texto deste documento foi aprovado em forma específica, com o voto da Comissão, no dia 30 de setembro de 1996 e submetido a seu presidente, o cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que aprovou a publicação.

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» CONTEÚDO

  1. Introdução

  2. Teologia das Religiões
    1. Objeto, método e finalidade
    2. A discussão sobre o valor salvífico das religiões
    3. A questão da verdade
    4. A questão de Deus
    5. O debate cristológico
    6. Missão e diálogo inter-religioso

  3. Pressupostos Teológicos Fundamentais
    1. A iniciativa do Pai na salvação
    2. A única mediação de Jesus
    3. A universalidade do Espírito Santo
    4. "Ecclesia Universale Salutis Sacramentum"

  4. Conseqüências para uma Teologia Cristã das Religiões
    1. O valor salvífico das religiões
    2. A questão da revelação
    3. A verdade como problema entre a teologia das religiões e a posição pluralista
    4. Diálogo inter-religioso e mistério da salvação

  5. Conclusão: Diálogo e Missão da Igreja

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» AMOSTRA

A Questão da Verdade

13. A toda essa discussão está subjacente o problema da verdade das religiões, relegado atualmente a um segundo plano e desligado da reflexão sobre o valor salvífico. A questão da verdade acarreta sérios problemas de ordem teórica e prática, uma vez que, no passado, teve conseqüências negativas no encontro entre as religiões. Daí a tendência a diminuir ou a privatizar esse problema, com a afirmação de que os critérios de verdade só valem para a respectiva religião. Alguns introduzem uma noção mais existencial da verdade, considerando apenas a conduta moral correta da pessoa e subestimando o fato de que suas crenças possam ser condenadas. Cria-se certa confusão entre "estar na salvação" e "estar na verdade". Seria necessário pensar mais na perspectiva cristã da salvação como verdade e do estar na verdade como salvação. A omissão do discurso sobre a verdade traz consigo a equiparação superficial de todas as religiões, esvaziando-as, no fundo, de seu potencial salvífico. Afirmar que todas são verdadeiras equivale a declarar que todas são falsas. Sacrificar a questão da verdade é incompatível com a visão cristã.

14. A concepção epistemológica subjacente à posição pluralista utiliza a distinção de Kant entre noumenon e phenomenon. Sendo Deus, ou a Realidade última, transcendente e inacessível ao homem, só poderá ser experimentado como fenômeno, expresso por imagens e noções condicionadas culturalmente; isso explica que representações diversas da mesma realidade não necessitam, a priori, excluir-se reciprocamente. A questão da verdade se relativiza ainda mais com a introdução do conceito de verdade mitológica, que não implica adequação a uma realidade, mas simplesmente desperta no sujeito uma disposição adequada ao enunciado. Entretanto, é preciso observar que expressões tão contrastantes do noumenon acabam de fato por dissolvê-lo, esvaziando o sentido da verdade mitológica. Está também subjacente uma concepção que separa radicalmente o Transcendente, o Mistério, o Absoluto, de suas representações; sendo todas elas relativas, porque imperfeitas e inadequadas, não podem reivindicar exclusividade na questão da verdade.

15. A busca de um critério para a verdade de uma religião que, para ser aceito pelas outras religiões, deve situar-se fora dessa mesma religião é tarefa séria para a reflexão teológica. Certos teólogos evitam termos cristãos para falar de Deus (preferindo, por exemplo, Eternal One, Ultimate Reality, Real) ou para designar a conduta correta (Reality-centredness, e não Self-centredness). Nota-se, contudo, que tais expressões ou manifestam uma dependência de determinada tradição (cristã) ou se tornam tão abstratas que deixam de ser úteis. O recurso ao humanum não convence por se tratar de um critério meramente fenomenológico, que faria a teologia das religiões dependente da antropologia dominante na época. Além disso, é preciso considerar como religião verdadeira aquela que consiga melhor seja conciliar a finitude, a provisionalidade e a mutalidade de sua autocompreensão com a infinitude para que aponta, seja reduzir à unidade (força integradora) a pluralidade de experiências da realidade e das concepções religiosas.


Texto retirado das páginas 15 e 16.

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