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Autores: Danielle Fouilloux e outros Editora: Loyola Páginas: 288 Formato: 23 x 16 cm Preço: * * * * Apresentação | Conteúdo | Amostra | Maiores Informações | Pedidos via Internet |
» APRESENTAÇÃO
Todos temos curiosidade de conhecer nossas origens. Próximas ou remotas, elas forjaram nosso
patrimônio cultural e passaram a nos constituir; não é possível pretender desconhecê-las.
Por isso, esta obra covida a descobrir as fontes judaico-cristãs da cultura ocidental. Ela
fornece chaves para que possamos compreender os principais aspectos da história, da literatura
e das artes em geral.
Cada verbete deste dicionário propõe: (1) informações sobre as personagens, lugares, acontecimentos
ou noções bíblicas, com a explicação do sentido, a partir de referências precisas ao texto
bíblico; (2) coletânea das expressões de nossa língua derivadas dos conceitos e realidades da
Bíblia; (3) uma apresentação geral da Bíblia, com mapas, cronologias e tabelas; (4) índices
diversos.
» CONTEÚDO
» AMOSTRA
(Hb. "tradição, ensinamento recebido") - Corrente intelectual mística proveniente do Oriente
por volta do séc. XI e que floresceu nos sécs. XII e XIII, primeiro no sul da França (Narbonne,
Lunel), em seguida na Catalunha (Gerona). O objetivo da Cabala era o acesso ao conhecimento do
mundo divino, concebido como um conjunto de dez energias ou potências (sephirot) emanadas
de Deus, que serviram de intermediárias na criação do mundo perceptível. A doutrina teórica era
acompanhada de um método de meditação baseado na oração diária, visando à contemplação de Deus.
No curso de sua evolução, diversas tendências se manifestaram no seio da Cabala. A de Gerona
(Ezrah, Salomão, Azriel, Moisés Maimônides) era influenciada pela filosofia neoplatônica. O
Livro dos Esplendores, compêndio de doutrinas cabalísticas, mais conhecido sob o nome de
Zohar, redigido por volta de 1280 por Moisés de Leão, marcou fortemente a evolução
posterior da doutrina.
Nos sécs. XV e XVI, compêndios tentam apresentar uma abordagem racional dos ensinamentos
cabalísticos. O mais conhecido deles é Pardes Rommonim, "O Jardim das Romãs", redigido
por Moisés Cordovero (1522-70).
Após a expulsão dos judeus da Espanha, em 1492, os refugiados transferiram sua atividade para a
Terra Santa, e Safed tornou-se o centro preferido dos cabalistas, sob a autoridade de Isaac
Luria (1534-72). Em resposta ao sofrimento dos exilados, a doutrina de Luria acusa uma forte
tendência messiânica, concentrando as especulações na redenção prometida. O ensinamento de Luria
foi transmitido por seus discípulos (Hayyim Vital) e perpetuado até nossos dias. Centros de
estudo da Cabala existem ainda em Israel e nos Estados Unidos.
A Cabala Cristã - Hebraizantes cristãos do Renascimento, Pico della Mirandola (1463-94)
na Itália, Reuchlin (1455-1522) na Alemanha e Guillaume Postel (1510-81) na França, iniciaram-se
nos estudos dos textos da Cabala. Sua abordagem, porém, era pessoal: a preocupação principal
era encontrar nos textos judeus os fundamentos das doutrinas cristãs, particularmente a
Trindade. O Protestantismo, reconhecendo a Bíblia como única autoridade em matéria de doutrina,
ignorou a Cabala.
A confusão entre a Cabala judia autêntica e as operações suspeitas, até práticas de magia negra
designadas pelo termo pejorativo de "cabala", é tardia e sem fundamento.
Cabala, no sentido figurado, significa manobras secretas contra alguém ou alguma coisa,
conspiração.
Cabalístico - adjetivo derivado de cabala; no sentido figurado: misterioso, incompreensível.
A Cabala judia freqüentemente exprimiu suas especulações sobre os atributos e nomes de Deus sob
a forma de desenhos, incompreensíveis para os não iniciados.
» MAIORES INFORMAÇÕES
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Cabala
Texto retirado das páginas 51 e 52.
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