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Autor: André Mazao Ozaki Editora: Loyola Páginas: 110 Formato: 21 x 14 cm Preço: * * Apresentação | Conteúdo | Amostra | Maiores Informações | Pedidos via Internet |
» APRESENTAÇÃO
Causa-nos admiração ver como o espírito humano é fértil em procurar caminhos para chegar a Deus
e aos irmãos. Neste mundo, que de um lado é dominado pelo materialismo e suas preocupações, podemos
perceber, de outro lado, a busca do espiritual que é capaz de apaixonar tantas pessoas que se
entregam de corpo e alma à tarefa de ajudar a outros que estão com sede e fome das coisas divinas
e muitas vezes não encontram o caminho pra se libertarem e se entregarem ao amor da divindade e
ao serviço dos irmãos.
Este livro servirá também à causa do diálogo inter-religioso, pois é conhecendo que se pode
chegar a amar. Faz bem a toda pessoa saber dos esforços de outros grupos religiosos para
crescerem interiormente.
» CONTEÚDO
» AMOSTRA
Terminada a Segunda Guerra Mundial, a situação interna
político-religiosa do Japão mudou radicalmente, pela
derrota sofrida. O xintoísmo deixou de ser religião nacional,
e a nova constituição proclamou solenemente a liberdade religiosa
em todo o país. Houve ressurgimento das religiões que
estavam, até então, oprimidas, sob o rigoroso controle do
governo imperial. Foi o caso das novas religiões como Ten-
rikyo, Konkokyo, Oomotokyo, Hitonomichi (atual Instituição
Religiosa Perfect Liberty) que recomeçaram suas atividades
religiosas com maior vigor. O cristianismo, que sofrera
duras perseguições durante séculos e ainda vivia debaixo
da vigilante opressão, pôde afinal respirar o ar puro da
liberdade e expandir-se para as obras da evangelização. O próprio
budismo sentiu-se aliviado, podendo de novo abrir as
portas dos templos para o atendimento público dos fiéis.
Aconteceu em seguida um fenômeno inédito na história:
o surgimento de inúmeras novas religiões e grupos reliosos.
Na opinião de um dos pesquisadores das novas religiões do
Japão, parece incrível, mas nos últimos 20 anos, surgiram
em todo o território nacional cerca de 1.500 novas religiões
e entidades religiosas.
No Brasil, logo após a Guerra, os imigrantes japoneses
se dividiram em dois partidos: os que admitiam a derrota
do Japão (makegumi) e os que afirmavam a invencibilidade
do Japão (katigumi). Essa divisão trouxe muita agitação às
colônias e muita violência, causando infelizmente varias vítimas
fatais. Acabada a triste situação, a maioria dos imigrantes
optou pela permanência definitiva no Brasil, não
regressando para o Japão nem se arriscando a sofrer as
conseqüências da Guerra.
Chegara o momento oportuno para a ação das religiões
em favor dos imigrantes.
A começar pelas Escolas tradicionais do budismo, dá-se
a verdadeira onda de emigração das novas religiões
japonesas para o Brasil. As dezenas de religiões, com seus deuses,
respectivamente, eram os novos imigrantes que o Brasil
acolhia.
Em 1952, chegou oficialmente a Escola budista Jodoshinshyu
(A Verdadeira Terra Pura), construindo um majestoso
templo Higashi Honganji, de estilo tipicamente oriental,
no bairro da Saúde, em São Paulo. Um pouco mais tarde,
em 1954, inaugurou um outro Templo, Nishi Honganji, também
em São Paulo.
Seguiram-se sucessivamente outras Escolas budistas:
Estas Escolas budistas tradicionais formaram mais tarde
uma confraternização: "A Liga do Budismo no Brasil".
Além dessas Escolas acima citadas, enumeram-se ainda
no Brasil mais oito:
Dentre as novas religiões japonesas atuantes no Brasil,
podem-se enumerar 9:
Esta classificação e nomenclatura das entidades religiosas
são fornecidas pelo Centro de Estudos Nipobrasileiros
(cf. Anuário IX-1985: Novas Religiões Japonesas no Brasil).
Poder-se-iam acrescentar algumas igrejas protestantes
provenientes do Japão que atuam igualmente entre os nipobrasileiros:
Monomi-no-too Seisho Sasshi Kyokai (Testemunhas de Jeová),
Iessu no Mitama Kyokai (Igreja do Espírito de Jesus).
INFLUÊNCIA DAS RELIGI1ÕES JAPONESAS NO BRASIL
Todas as religiões japonesas foram introduzidas no Brasil
com a finalidade primordial de atender os imigrantes japoneses
e seus descendentes. Assim foi no início. Com o
correr do tempo, no entanto, algumas entidades religiosas,
principalmente as novas religiões, começaram a atrair sensivelmente
o público brasileiro, de modo especial pela forma
de ensino profundamente humanitário e pela cura de doenças.
A Seicho-no-ie foi a pioneira. Apesar de chamar-se "Igreja
Seicho-no-ie do Brasil", ela não se apresentava propriamente
como religião com celebrações e cultos. Para muitos
brasileiros que estão acostumados com variedades de cultos
e cerimônias religiosas, a Seicho-no-ie não passava de simples
filosofia de vida, que atendia a pessoas de todas as
crenças, sem exceção. A Seicho-no-ie ensina que todos os homens
são filhos de Deus; que os pecados e as doenças não
existem na realidade, são apenas sombras da mente. Por isso
o homem pode livrar-se de qualquer doença e qualquer pecado
pela purificação da própria mente. Isto se pode conseguir
pela mentalização ou meditação silenciosa chamada
"Shinsokan". Consegue-se também pela leitura dos livros do
fundador, professor Masaharu Taniguchi. Calcula-se mais de
um milhão o número de adeptos e simpatizantes em todo o
território nacional, em sua maioria brasileiros na incrível
proporção de 80 para 90%.
Nesta mesma proporção de adeptos brasileiros caminha
a Igreja Messiânica do Brasil, ainda que o número total de
membros seja bem inferior. O objetivo da Igreja Messiânica,
que se denomina também "Sekai Kyuseikyo", é a construção
do Paraíso Terrestre, pela eliminação de todo o mal da sociedade,
a saber, a doença, a fome, a guerra; e pela prática da
Verdade-Bem-Belo. "Johrei" é o método de purificação, para
libertar os homens de todos os males físicos e morais. Faz-se
pela imposição das mãos, das quais se emitem raios invisíveis
que são considerados divinos, que penetram os corpos e os
purificam de todas as máculas.
Numerosas pessoas, angustiadas com problemas familiares
e financeiros, atormentadas por diversas enfermidades,
acorrem à Igreja Messiânica na esperança de serem libertadas
através do "Johrei". Constataram-se realmente vários
casos de cura de algumas doenças. As notícias se divulgam e
vai crescendo o número de admiradores e freqüentadores da
Igreja, que em seguida se tornam adeptos.
A Instituição Religiosa Perfect Liberty (PL) é outra religião
nova do Japão que conseguiu atrair uma multidão de
brasileiros. Em apenas 30 anos de atividade no Brasil, conquistou
cerca de 40 mil adeptos e mais de 200 mil simpatizantes
(na grande maioria brasileiros: 90% no estado de
São Paulo e 100% nos estados do Rio de Janeiro e Minas
Gerais). É uma religião fácil e atraente, que ensina a arte de
viver. Tem como princípio: "A vida é arte". Pretende atuar
em todos os setores: ciências, tecnologia, esporte etc. A cura
de doenças é também uma arte. A PL, assim como a Seicho-no-ie
e a Igreja Messiânica, possui suas publicações em
português para atender o público brasileiro. Os livros canônicos
escritos pelos fundadores são traduzidos com adaptações
para o Brasil. Circula quinzenalmente o jornal "Perfeita
Liberdade". Mantém uma escola especial para os nisseis e
brasileiros, com a finalidade de formar líderes e mestres.
Seguindo o exemplo da PL, da Seicho-no-ie e da Igreja
Messiânica, as outras religiões, tanto as novas como as tradicionais
derivadas do budismo e do xintoísmo, estão se movimentando
para abrir suas portas fora das comunidades
nisseis. Não poucos brasileiros já freqüentam as igrejas de
Tenrikyo, Sokagakkai, Sukyo Mahikari e até mesmo os templos
budistas de Nichiren e Nishi Honganji.
A medida que os descendentes dos imigrantes vão avançando
de segunda geração (nisseis) para terceira (sanseis),
quarta e quinta gerações, integrando-se cada vez mais na sociedade
brasileira, enquanto os isseis (japoneses da primeira
geração ou nascidos no Japão) vão diminuindo cada vez
mais, as religiões japonesas radicadas no Brasil caminham,
passo a passo, na conquista de novos adeptos, fora das restritas
fronteiras dos nisseis.
» MAIORES INFORMAÇÕES
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O Florescimento das Religiões Japonesas no Brasil
As entidades xintoístas, atuando no Brasil, são 9. Geralmente
as entidades xintoístas aparecem com o nome de
Jinja ou Jingu, que significa santuário. Em cada santuário se
cultua um Deus xintoísta, que faz diferenciar uma entidade
da outra. São elas:
Texto retirado das páginas 18 a 22.
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