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Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil Autor: Ricardo Mariano Editora: Loyola Páginas: 246 Formato: 23 x 16 cm Preço: * * * Apresentação | O Autor | Conteúdo | Amostra | Maiores Informações | Pedidos via Internet |
» APRESENTAÇÃO
Este livro analisa o neopentecostalismo, vertente pentecostal responsável pelas principais
transformações teológicas, estéticas e comportamentais por que vem passando o movimento
pentecostal. Elaborado e escrito de uma perspectiva sociológica e baseado em extensa pesquisa
empírica, almeja, além de familiarizar o leitor com a história das crenças, das práticas e do
funcionamento das igrejas neopentecostais, atestar a ruptura com o ascetismo contracultural e
a progressiva acomodação desses religiosos e suas denominações à sociedade e à cultura de
consumo. Mudanças consideráveis, de caráter secularizante, cujos efeitos mais visíveis têm
consistido em torná-los cada vez menos distintos e, por conseqüência, cada vez menos um
retrato negativo dos símbolos de nossa brasilidade.
» O AUTOR
Ricardo Mariano é mestre em Sociologia pelo Departamento de Sociologia da USP - Universidade
de São Paulo. Ateu convicto (o que acaba conferindo objetividade e isenção de partido quando
fala das diversas correntes religiosas do Brasil), realizou amplos estudos na área neopentecostal
e recolheu denso material (declarações, estatísticas e entrevistas) que configura minuciosamente
o movimento neopentecostal brasileiro.
» CONTEÚDO
» AMOSTRA
Desde seus primórdios, o alvo principal do repúdio pentecostal foi a
Igreja Católica. Reproduzindo a antiga rivalidade entre protestantes históricos
e católicos, sua identidade foi sendo moldada em oposição ao catolicismo.
Certas igrejas neopentecostais mudaram parcialmente isso. Embora
continuem combatendo vigorosamente o catolicismo, suas baterias bélicas
apontam prioritariamente para as religiões mediúnicas, fato que trará conseqüências
para a demarcação de sua identidade.
Ao combater a umbanda, o candomblé, o espiritismo e o catolicismo, até
que ponto Universal e Internacional da Graça não são influenciadas e incorporam elementos
da crença, da lógica e da visão de mundo dessas religiões?
Não é necessária a realização de observações sistemáticas anos a fio para
perceber a significativa influência que sofrem. Algo que se observa, desde
logo, no fato de que a eficácia da experiencia religiosa dos adversários acaba
sendo legitimada, assumida como real. Isto é, os crentes acreditam piamente
que os demônios existem, agem neste mundo e se passam, entre as muitas
formas que assumem, pelos deuses e entidades das religiões mediúnicas. Segundo
Mariza Soares (1990: 87), "ao invocar os demônios para que se apresentem sob a forma
de caboclos, pretos-velhos etc., os pastores 'acatam' todo o panteão afro-brasileiro:
falam com eles, dão credibilidade à sua existência.
Seria bastante ineficaz chegar para uma pessoa que durante anos recebeu um
determinado guia dizendo que tais coisas nao existem". Assim como crêem na
existência dos deuses e entidades afro-brasileiros e espíritas, acreditam na
capacidade de eles realizarem milagres e curas, atos aparentemente benéficos
que, mais uma vez, só reafirma o quanto eles são capciosos.
Para R. R. Soares, "nem só de mentiras vive o espiritismo (...)
No espiritismo há pessoas bem intencionadas e obras milagrosas.
Milagres, curas e fenômenos sobrenaturais são uma realidade no meio espirita, o que o faz
mais terrível e perigoso, pois Satanás tem poder para realizar determinadas
coisas (...) 0 Diabo faz, mas cobra com juros e correção monetária. Por
isso, enfermidades, problemas conjugais, financeiros, íintimos, morais etc.
são comuns aos praticantes do espiritismo" (1984: 41, 48, 103).
Com inimigos bem conhecidos e tangíveis, Universal e Internacional
da Graça, tal como Deus é Amor e Casa da Benção, para combatê-los,
incorporam até sua "linguagem". Para Mariza Soares (1990: 88), "essas
igrejas se utilizam de um simbolismo muito semelhante ao encontrado nas
religiões afro-brasileiras. Nossa opinião é que apenas os valores (positivo e
negativo) se apresentam invertidos, sendo os elementos em jogo os mesmos
(...) Na verdade, nessas igrejas, no Candomblé e na Umbanda se fala uma
mesma linguagem". Resulta disso que essas igrejas dispendem grandes esforços
para retirar encostos, desfazer a inveja e o olho-grande, libertar pessoas da
feitiçaria, dos despachos de macumba, das possessões por orixás,
guias e espiritos.
Distribuído pela Casa da Bênção, o folheto intitulado "Qual é o seu problema?",
já com as prováveis respostas incluídas, como "desemprego, sentimental,
financeiro, vícios, enfermidades, nervosismo, depressão, familiar",
divulga as especialidades terapêuticas da igreja conforme o dia da semana.
Com calendário idêntico aos da Universal e Internacional da Graça, uma
das sedes da Casa da Benção em Sao Paulo realiza às sextas-feiras a Corrente
da Libertação. Nela, Os pastores fazem orações por "todos que têm
os seus caminhos amarrados por obras de bruxaria, feitiçaria, macumbaria,
inveja, olho grande, pessoas que tiveram contatos com entidades, que
ouvem vozes, vêem vultos".
Quando combatidos nos cultos, os demônios são devidamente identificados
pelos respectivos nomes e qualidades, tal como os denominam os
próprios pais e mães-de-santo. Da mesma forma, os diferentes
tipos de sofrimento e infortúnio dos fiéis são atribuídos
estereotipadamente à ação de tal ou qual entidade demoníaca.
Como exemplo, relato oração para prosperidade financeira feita
no templo de Santa Cecília, sede regional da Universal, em 19.8.90: com
uma suave música de fundo, os fiéis, em pé, de olhos fechados, alguns
contritos, outros gesticulando os braços ardorosamente, falam com Deus,
seguindo as ordens do pastor. Enquanto isso, os obreiros caminham pela
igreja perscrutando nos semblantes dos fiéis possiveis sinais de
possessão ou a presença de demônios escondidos. E o pastor ora: "Que o Senhor venha
atender os nossos pedidos. Venha nos dar prosperidade, saúde... (agora
em tom colérico, tal como o fiel da Universal deve tratar os demônios e
se dirigir a eles). Eu quero que os espiritos malditos, os demonios que estão
na vida destas pessoas colocando a miséria, os problemas, o desemprego,
saiam. Podem manifestar, vamos. Manifesta o Tranca-Rua. Você que está
trancando os aumentos salariais das pessoas. Você que está tirando a felicidade
das pessoas. Você que está no estômago, nas pernas, na cabeça, na
vida financeira, vai saindo. Os Exús-Caveira, o Oxalufa, a
Pomba-Gira, sai, sai. Você que esta colocando o vírus da aids, a gastrite,
a infelicidade, pode manifestar agora. 0 Lúcifer, a Maria-Bonita, a Pomba-Gira
Sete Gargalhadas do Bordel, podem manifestar agora. 0 Exú-Veludo
Veludinho, o Preto-Velho, a Maria-Conga, vão manifestando. Vocês vão ser
queimados, queimados, queimados. Vamos, começa a manifestar agora, vamos.
Você que coloca caroço no seio, coloca câncer, sai agora. Vai sendo queimado
agora, em nome de Jesus. Vai queimando, Jesus, todo mal, toda
doença, toda enfermidade. Você que está no esposo, na esposa, nos pais,
nos filhos, nos primos, vai queimando. Você que trabalha nas encruzilhadas,
nas praias, no roncó, vai manifestando agora, saja, saia".
Em seguida, pede a todos que digam: "Senhor Jesus, eu quero que as minhas
mãos sejam abençoadas agora para eu ser abençoado e queimar todos os
problemas". Benzidas as mãos, ordena aos fiéis que segurem ou
coloquem as mãos em objetos que simbolizem a prosperidade financeira, como
carteira, bolso, talão de cheque, orem com fé e peçam o aumento salarial,
o bem material desejado. Por fim, acompanham o pastor, amaldiçoando e
expulsando toda miséria e todo mal. Esbravejam "sai, sai".
0 falar em línguas estranhas, a glossolalia, como evidência do
batismo no Espirito Santo, desde o início constituiu o elemento
distintivo da doutrina pentecostal em relação ao movimento Holiness de fins do
século XIX, do qual o pentecostalismo herdou as principais crenças, práticas
cultuais e tabus comportamentais. Alguns antropólogos classificam tal experiência
extática como transe de inspiração (Aubree, 1985: 1072). Distinguem-na dos
fenômenos extáticos da umbanda e do candomblé, os quais classificam
como transes de possessão. Embora as possessões demoníacas (que se encaixam na
última c1assifição) não constituam novidade nos meios cristãos e
pentecostais, com o surgimento das neopentecostais, essas manifestações, dadas
sua freqüência e relevância, adquiriram nova dimensão. Em matéria de
manifestação extática, já não se pode mais dizer que a marca distintiva de certos
segmentos neopentecostais seja a glossolalia, mas sim o transe de possessão.
De tão enfatizada que é, a possessão demoníaca tomou-se indissociável da imagem
e da identidade das igrejas Universal e Internacional da Graça. De tanto invocar
demônios para se manifestarem nos cultos,
conseguiram transformar, ritual e doutrinariamente, o transe de possessão em
sua marca. Daí que, em sua origem, "a Universal era considerada casa de
macumba", conforme o pastor Silvério Prazeres Costa, líder da igreja em
Portugal.
Nos cultos de libertação, o panteão dos deuses, os espíritos e guias das
religiões mediúnicas são invocados para, depois de manifestados e amarrados,
fatalmente ceder às coações exorcistas e confessar a culpa pelos males
com que afligem os possessos. Após admitirem sua culpa, são humilhados,
achincalhados e, por fim, expulsos dos corpos, como demonstração do
poder de Cristo sobre o Diabo. Na Universal e em sua costela, a Internacional
da Graça, sexta-feira é o dia reservado ao concorrido culto de libertação,
frequentado por quem deseja, literalmente, se libertar de demônios
ou de seus males. A escolha desse dia, segundo Mariza Soares, não se deu
por acaso.
Na prática, o ritual de libertação de possessos ocorre em quase todos
os cultos da Universal. A libertação se dá durante a oração para que os fiéis
recebam graças e libertem-se dos males. Enquanto os fiéis, de olhos fechados
e em pé, oram repetindo a oraçao proferida pelo pastor, os obreiros
caminham pelo templo, orando e olhando fixamente para cada um dos
presentes, em busca de demônios escondidos. Diante de qualquer indício,
como um pequeno tremor do corpo, lágrimas, desconforto físico, mal-estar,
o obreiro avança sobre o fiel, segura sua nuca, impõe uma das mãos sobre
sua cabeça, muitas vezes girando-a freneticamente para os lados e para trás
(tirando-lhe o equilibrio, o que, ao lado da privação do sentido da visão,
contribui para a possessao), e esbraveja ao pé de seu ouvido para que o
demônio se manifeste. Boa parte dos virtuais possessos não se rende a esse
apelo. Os que entram em transe podem ser libertos tanto em seus lugares
de assento quanto depois de levados e exibidos à frente da congregação. Os
casos de possessão mais renitentes, cuja libertação exige mais tempo e
maior esforço físico dos obreiros na "luta corporal" com os possessos, ora
são encaminhados ao púlpito, ora para aposentos privados do templo. Esta
saída é menos satisfatória; ocorre quando os incessantes gritos histéricos do
possesso e a tenaz resistência do "demônio" em desmontar de seu "cavalo"
atrapalham o culto e colocam momentaneamente em xeque a eficácia do
ritual exorcista.
Quando o possesso é levado ao púlpito, já com o demônio submetido
à autoridade divina e amarrado para que não machuque nem prejudique
mais seu "cavalo", a estrutura do ritual exorcista que se estabelece com os
deuses e espíritos inimigos geralmente apresenta enredo fixo. Primeiro, o
pastor entrevista o demônio para identificar seu "nome", invariavelmente
uma entidade dos cultos afro-brasileiros. Segundo, pergunta como ele se
apossou daquela pessoa. Terceiro, procura descobrir os males e sofrimentos
que ele está provocando na vida (familiar, financeira...) da vítima. No quarto
e derradeiro passo, o ritual perde o caráter de talk show com o demônio.
Depois de humilhá-lo, o pastor expulsa-o em nome e para a glória de
Cristo. Mario Justino (1995: 41) relata que ele e outros pastores da Universal,
para provar seu poder sobre os demônios, faziam que as "pessoas
[em transe] andassem de joelhos ao redor da igreja, ou batessem a cabeça
nos nossos pés, ou latissem ou ainda que imitassem galinhas, porcos e
outros animais". Quando o suposto demônio reluta em sair, o pastor pede
a ajuda da platéia, que bate firme os pés no chão, ergue as mâos em direção
ao possesso e brada "sai, sai, queima, queima". Para exemplificar como se
processa tal diálogo sincrético, descrevo ritual exorcista da Igreja Universal.
Diante dos excessos desse rotineiro diálogo inamistoso, muitos evangélicos
passaram a criticar a ênfase ritual e teológica nos demônios. Como
notou, com ironia, o pastor Miguel Angelo, o Diabo, além do mundo e das
religiões não-cristãs, invadiu o próprio reduto dos crentes: "Hoje o Diabo
tem muito mais força dentro das igrejas; se cultua mais a libertação, Diabo,
demônio, Pomba-Gira, isto e aquilo, do que se ensina a respeito de Deus".
Fabio Damasceno, psiquiatra e pastor da Comunidade Evangélica S8, Rio,
que diz não subestimar o poder do Diabo e até exorciza pacientes, durante
palestra num templo batista de São Paulo denunciou a invasão do inimigo
nas igrejas e na própria psique dos fiéis.
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Deus e Diabo: Parceiros Inseparáveis
"O Diabo não é menos que um dogma que depende de todos os demais.
Tocar o eterno vencido não é tocar o eterno vencedor? Duvidar dos atos
do primeiro é a mesma coisa que duvidar dos atos do segundo, dos
milagres que fez precisamente para combater o Diabo. As colunas
do céu têm o seu pé no abismo. 0 insensato que move essa base
infernal pode queimar o Paraiso" (Jules Michelet, "A feiticeira").
"A sexta-feira é conhecida na Umbanda como o dia das giras de Exú que
se dão geralmente à noite. À meia-noite, 'hora grande' de sexta para
sábado é o momento em que os Exús se manifestam e trabalham. É
justamente nesta mesma hora que nas igrejas estão sendo realizadas as
cerimônias onde esses Exús são invocados para, em seguida, serem expulsos,
dos corpos das pessoas presentes" (Soares, 199O: 86, 87).
Os fiéis cantam: "Tranca-Rua e Pomba-Gira fizeram combinação / Combinaram
acabar com a vida do cristão / torce, retorce, você não pode, não /
eu tenho Jesus Cristo dentro do meu coração". E mais este corinho:
"O nome de Jesus é poderoso / não há quem possa derrotar / 0 demônio sai,
a doença sai / quando o nome de Jesus vem operar". Depois da oração, da
manifestação e libertação de demônios, o pastor indaga quem está se sentindo
melhor. A maioria dos presentes levanta a mão em sinal afirmativo.
Nisso, uma mulher há pouco liberta novamente fica possessa, do modo
característico, isto é, com os olhos fechados, corpo retorcido, emitindo ora
grunhidos guturais, ora gritos histéricos, os bracos voltados para trás e as
mãos em forma de garra. Logo o demônio é amarrado e a possessa levada
ao púlpito. 0 pastor pergunta, gritando, qual é o nome do demônio que a
está possuindo. Vencida a resistência inicial, recebe a resposta, com a voz
cavernosa de sempre: "Exú Capa-Preta". Insolente, o Exú diz odiá-lo. 0
pastor, então, escarnece dele, dizendo estar tremendo de medo. Todos riem.
0 pastor indaga o que Exú está fazendo na vida da possessa. "Estou matando-a
aos pouquinhos", responde ele. Segurando-a pelos cabelos, o pastor
pergunta com qual doença ele a infligiu. Descobre que são várias as doenças
que a acometem. Interroga também o marido da possessa, presente ao
culto. Este menciona várias enfermidades, a elevada quantia gasta com
remédios e hospitais, cita nomes de exames laboratoriais sofisticados e
médicos famosos consultados e lamenta, apesar dos gastos e esforços, os
pífios resultados obtidos até então. Do alto de sua experiência com o fenômeno,
o pastor diagnostica que o problema é de natureza espiritual. Em
seguida, começa por retirar Lúcifer, rei dos demônios. Diante da resistência
deste, persiste, agora com o auxílio dos fiéis que batem os pés no chão
enquanto bradam "queima, queima", até o pastor amarrar Lúcifer, deixá-lo
de joelhos e obrigá-lo a admitir, oralmente e por mais de uma vez, estar
derrotado por Jesus. Depois de humilhá-lo, ordena a ele que retire todo o
mal posto na fiel e desfaça os pontos. Pede para Jesus queimar o Lucifer,
o Capa-Preta, toda legião de demônios e as enfermidades. "Queima agora",
esbraveja. Após a expulsão do Exú Capa-Preta, o pastor diz que ela está
curada em nome de Jesus e a orienta para que se dirija à obreira. Saciados
com mais esta pujante vitória de Jesus, todos cantam entusiasmados. Aproveitando
o clima de regozijo, o pastor pergunta quem trouxe o envelope
com as ofertas... (bairro de Santa Cecilia, 1º.2.89).
"Não poucas vezes pude falar de Cristo para as pessoas no consultório (...)
já houve casos de pessoas ficarem endemoninhadas dentro do consultório.
Endemoninhado, não era psicose. Eu sei o que é psicose. Não era distúrbio
mental, era demônio puro. E eu tive que enfrentar essa realidade. Graças
a Deus, eu tinha respaldo do Senhor e pude repreender, em nome de
Jesus, esse demônio (...) Como disse o pastor Caio [Fabio] de manhã,
contra demônio não há Aplictil. Aplictil é um remédio que se usa para
psicose, quando o indivíduo está muito agitado. É o sossega-leão. E óbvio,
já trabalhei em pronto-socorro psiquiátrico e já vi que tem surtos psicóticos
em que a questão é dar Aplictil. Mas já vi que tem surtos, entre aspas, que
a questao é amarrar os demônios e expulsar em nome de Jesus (...) É uma
paranóia coletiva. Há certos setores, certas igrejas onde se fala mais em
Satanás e nos demônios que em Cristo, que em Deus. Então isso vai
exagerando (...) Outro dia uma paciente minha disse: 'eu estava no banheiro
tomando banho e olhei para o chão e tinha uma figura demoníaca no
desenho do mármore do chão e eu comecei a repreender em nome de
Jesus'. Misericórdia! Está vendo demônio até em mancha de mármore" (I
Consulta sobre Crescimento dos Evangélicos no Brasil, 2.6.93).
Texto retirado das páginas 127 a 133.
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