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Devemos ter medo? Autora: Margaret Nutting Ralph Editora: Loyola Páginas: 190 Formato: 21 x 14 cm Preço: * * * Apresentação | O Autor | Conteúdo | Amostra | Maiores Informações | Pedidos via Internet |
» APRESENTAÇÃO
Em nosso tempo, como em tempos passados, muitos estão usando a Escritura para
provocar medo nos outros. Este livro foi escrito para discordar daqueles que
prevêem que o "fim do mundo" está próximo. Há pessoas que afirmam saber o que
nem Jesus sabia: o momento da segunda vinda. Este livro foi escrito não só para
acalmar os receios que tais táticas podem despertar, como também para dar aos
leitores condições de entender e explicar por que aqueles que usam a Escritura
para ensinar uma mensagem de medo estão errados.
A autora examina uma série de passagens bíblicas regularmente mal entendidas.
Ela aponta para o risco de o Apocalipse ou as palavras dos Profetas serem citados
fora de contexto, levando as pessoas a imaginar Deus como um pai irado que se
sente insultado por qualquer coisa e pode retirar seu amor e castigar eternamente.
Em cada caso, a autora mostra como entender e interpretar mais claramente o que
lemos na Bíblia.
O leitor poderá detectar os erros de interpretação que causam tanto desacordo e
incompreensão, e confirmar as verdades centrais da Bíblia: Deus é amor; Deus nos
ama; Deus nos salva. Interpretações que neguem essas verdades estão a anos-luz
do espírito das Escrituras e do projeto de salvação realizado na pessoa de Jesus
Cristo.
» O AUTOR
Margaret Nutting Ralph é diretora de dois programas de mestrado no
Lexington Theological Seminar e secretária de ministérios educacionais da diocese
de Lexington (EUA). É autora também das obras "And God Said What?", "Plain
Works About Biblica Images" e "Discovering the Living Word Series".
» CONTEÚDO
O livro possui um prefácio e cinco capítulos, terminando com uma nota final:
» AMOSTRA
Moisés não tinha uma Bíblia para ler. Os grandes profetas não puderam ler os
primeiros livros da Bíblia na forma como os temos agora. Os discípulos de Jesus
no primeiro século não puderam ler o Novo Testamento na forma como o temos
agora. Nossa Bíblia é o produto final de um processo de cinco etapas que levou
dois mil anos. É o resultado da reflexão dos membros da comunidade de fiéis
de cada geração sobre a experiência de Deus agindo em seu meio e da transmissão
dessas reflexões para a geração seguinte.
A primeira etapa desse processo são os eventos. Deus não se revelou por meio de
um ditado a um indivíduo escolhido, mas por atos poderosos no meio da comunidade.
Esses atos ocorreram durante um período de dois mil anos, desde Abraão, que
viveu por volta de 1850 aC, até o final do primeiro século, depois da ressurreição
de Jesus. Ao longo da história, Deus agiu na vida do povo chamando Abraão e os
patriarcas para a Terra Prometida, chamando Moisés para guiar seu povo na libertação
da escravidão no Egito, unindo as doze tribos sob a liderança do rei Davi,
conclamando seu povo à fidelidade por meio dos grandes profetas quando primeiro
o Reino do Norte e depois o Reino do Sul foram derrotados por inimigos políticos, confortando
o povo durante o exílio na Babilônia, chamando-o de volta à Terra Santa, desafiando-o
durante esses eventos a repensar suas tradições, a repensar seu entendimento
do amor da aliança, a se aprofundar na compreensão do amor e dos desígnios de
Deus. Ao longo do grande movimento da história, Deus preparou seu povo para
receber, conhecer e compreender a inacreditável profundidade do amor de Deus,
que foi plenamente revelado em Jesus Cristo. Depois da ressurreição de Jesus,
os eventos reveladores continuaram. Pela inspiração do Espírito Santo, a Igreja
primitiva continuou a experimentar a auto-revelação por meio de eventos,
continuou a refletir sobre suas experiências e continuou a transmitir suas
intuições para seus contemporâneos e seus descendentes.
A segunda etapa no processo que resultou em nossa Bíblia atual é a tradição
oral. Quando experimentavam o poder e a presença de Deus nos acontecimentos
de sua vida, as pessoas falavam sobre suas experiências. Nesse ponto do
processo, desenvolveram-se "formas literárias", maneiras de falar sobre as
intuições adquiridas com a experiência. Os contadores de histórias não estavam
agindo como historiadores, motivados por um desejo de dar às gerações futuras
a resposta para o pedido: "Conte-me exatamente o que aconteceu". Eles eram,
antes, membros da comunidade repletos do Espírito que queriam compartilhar
com outros o que conseguiam entender sobre a importância dos eventos. Adquiriam
suas intuições a partir da reflexão sobre os acontecimentos e, então, podiam
transmiti-los por meio de inúmeras formas literárias, como lendas, poemas,
cartas, gritos de batalha, mitos, alegorias, cantos fúnebres, oráculos,
debates, cânticos, leis, parábolas, ficção, credos e assim por diante. Qualquer
que fosse a forma, a motivação do contador de histórias era transmitir a verdade,
revelada por meio de acontecimentos e conhecida pela inspiração do Espírito
Santo, de forma que seus contemporâneos pudessem ver suas próprias vidas no
contexto do amor da aliança.
Como muitos leitores modernos da Bíblia carregam consigo a falsa pressuposição
de que ela contém apenas um tipo de escrita - a história -, parece aconsehável
questionar a revelação entre o evento revelador e o relato desse evento como
ele aparece na Escritura. A resposta a essa quessão difere dependendo da
forma literária usada. Uma lenda é mais próxima de um registro histórico do
que muitas outras formas, embora não pretenda oferecer citações exatas,
cronologia histórica exata ou ambiente social exato. Mesmo assim, no centro do
relato encontra-se um evento que se mostrou revelador. Um debate é a composição
de um autor, não uma declaração de haver escutado a discussão relatada. Ainda
assim, o debate relaciona-se a eventos no sentido de que as intuições que
o autor põe na boca dos debatedores foram obtidas pelo próprio autor ao refletir
sobre os eventos. Uma história de ficção é a forma que tem menos correlação
com o evento propriamente dito, mas, mesmo neste caso, a intuição que o autor
está ensinando a seus contemporâneos foi obtida a partir dos eventos, aprendida
por meio das ações poderosas de Deus no meio de seu povo. Assim, qualquer
que seja a forma literária usada, as intuições nela ensinadas relacionam-se
aos eventos pelo fato de ter sido alcançadas por intermédio da reflexão sobre
estes.
A terceira etapa no processo que resultou na Bíblia como a conhecemos hoje é
a tradição escrita. Em vários momentos da história, partes da tradição oral
foram registradas por escrito. Talvez um canto de vitória tenha sido escrito,
ou leis, ou credos, ou genealogias, ou lendas sobre ancestrais que ensinaram a
sucessivas gerações as verdades sobre o amor de Deus. Várias unidades da
tradição oral foram transcritas para servir às necessidades da geração contemporânea
do escritor. Tais escritos seriam transmitidos, copiados e revisados para
adequar-se às necessidades das gerações seguintes.
Em diversos momentos da história, pessoas recoheram as tradições orais e
escritas herdadas e editaram-nas num todo unificado. A edição não ocorreu uma
única vez, mas várias vezes ao longo dos séculos. Uma dessas edições foi
realizada na época do rei Davi. Uma segunda ocorreu logo depois, pela
perspectiva do Reino do Norte. Os editores examinaram novamente toda a tradição na
época do rei Josias. Outra edição ainda ocorreu depois do exílio na Babilônia.
Quanto ao material do Novo Testamento, Marcos, Mateus e Lucas foram editorres
que organizaram as tradições orais e escritas herdadas sobre o ministério
público, morte e ressurreição de Jesus em determinada ordem para certas
audiências. Os editores organizaram e editaram os materiais herdados à luz
de eventos subseqüentes e à luz das necessidades de seus contemporâneos. A
motivação foi sempre ajudar seus contemporâneos a compreender e responder ao
amor de Deus.
Nem toda a literatura que se desenvolveu ao longo dessas quatro etapas está na
Bíblia. Os livros que fazem parte da Bíblia são chamados "canônicos", e os
outros recebem o nome de "apócrifos". A palavra "cânone" referia-se originalmente
a uma vareta ou régua de medição. Os livros da Bíblia são canônicos porque são
a "regra" da fé. A comunidade de fiéis ao longo dos séculos conseiderou que
eles transmitiam fielmente suas crenças e alimentavam consistentemente sua
fé de geração para geração. O cânone não foi escolhido numa única ocasião
ou por um única geração. Ele se desenvolveu lentamente durante os séculos e
foi definido em momentos particulares da história: depois do Exílio na
Babilônia, depois que de um conselho judaico no século I convocou o Concílio
de Jâmnia; durante os séculos II, III e IV, quando os primeiros Padres da
Igreja compararam anotações sobre o que estava se tornando a norma nas várias
comunidades cristãs; no Concílio de Trento, no século XVI, quando se questionou se certos
livros geralmente aceitos deveriam ser excluídos. Porém, todas as definições
ou "fechamentos" do cânone foram afirmações do que já se tornara normativo
por meio da ação do Espírito Santo na vida de gerações de comunidades de
fiéis. Foram essa comunidades que decidiram que tais linhos continham uma
revelação.
» MAIORES INFORMAÇÕES
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Prefácio
Nota Final
Como a Bíblia ganhou Existência?
Texto retirado das páginas 17 a 23.
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