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OS PAPAS
Os Pontífices: de São Pedro a João Paulo II

Autor: Richard P. McBrien
Editora: Loyola
Páginas: 528
Formato: 23 x 16 cm
Preço: * * * *

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» APRESENTAÇÃO

"Os Papas" traz a vida de 262 papas, incluindo São Pedro, Formoso, Bonifácio IV, Alexandre VI, João XXIII e João Paulo II. Com grande eloqüência, McBrien apresenta a história dos papa e revela como eles transformaram o Cristianismo e o mundo. Estudiosos ou não, todos os leitores encontrarão aqui uma apresentação abrangente do papado, em dois mil anos de uma saga fascinante.

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» O AUTOR

Richard P. McBrien, professor de teologia na Universidade de Notre Dame, é estudioso do Catolicismo. Coordenou a publicação da "HarperCollins Encyclopedia of Catholicism" e escreveu vários livros, dentre os quais "Catholicism".

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» CONTEÚDO

I. Biografias dos Papas

  1. De Pedro aos primórdios do papado universal
  2. De Leão Magno ao alvorecer do Império Carolíngio
  3. Do Império Carolíngio ao início do papado monárquico
  4. Da Reforma Gregoriana à Reforma Protestante
  5. Da Contra-Reforma ao início do papado moderno
  6. Os papas modernos. De Pio IX a Pio XII
  7. Os papas modernos. De João XXIII a João Paulo II

II. O Futuro do Papado

Apêndices Gerais

  1. Quadro cronológico: pessoas e acontecimentos papais, eclesiásticos e seculares
  2. Como os papas são eleitos
  3. Como os papas são afastados do pontificado
  4. Avaliação dos papas
  5. Lista cronológica dos papas
  6. Os pontificados mais longos e mais breves
  7. Papas que foram os "primeiros" e "últimos" em algo
  8. Encíclicas papais mais importantes
  9. Lista de antipapas
  10. Glossário

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» AMOSTRA

Papas Bons ou Acima da Média

  1. Sisto II (257-258): Um dos mártires mais reverenciados da Igreja primitiva, foi decapitado por forças imperiais durante a celebração da Eucaristia. Durante seu breve pontificado, dedicou com sucesso suas energias a sanar o rompimento de relações entre Roma e as igrejas do norte da África e da Ásia Menor criado pela questão do rebatismo de hereges e cismáticos que desejavam entrar na Igreja e, em especial, pela atitude intransigente adotada por seu antecessor, Estevão I. Embora, como Estevão I, ele também apoiasse a política romana de aceitar a validade de batismos ministrados por hereges e cismáticos, Sisto II restabeleceu relações amigáveis com Cipriano (+258), bispo de Cartago, e as igrejas separadas da Ásia Menor, provavelmente porque tolerou a coexistência das duas práticas. Ele via seu ministério como de cura e reconciliação, não de endurecimento de divisões dentro da Igreja por meio de imposição disciplinar severa e excessivamente rígida.

  2. Leão Magno (440-461): Um dos dois únicos papas da história que foram chamados "Magno" [=o Grande], Leão I fez com que o múnus papal fosse de liderança na formulação da doutrina e nas relações com os poderes seculares. Escreveu muitas homilias e cartas, e seu célebre "Tomo" foi aceito pelo Concílio de Calcedônia, em 451, como base para o ensinamento definitivo sobre a divindade e humanidade de Cristo. Também é celebrado pelo corajoso confronto pessoal com Átila o Huno, em 452, quando o guerreiro estava devastando o norte da Itália e se preparava para se voltar para o sul, em direção a Roma. Leão persuadiu Átila a retirar-se para além do Danúbio. Três anos mais tarde também conseguiu impedir o rei vândalo Genserico de queimar a cidade e massacrar os habitantes. Por outro lado, seu zelo pelas prerrogativas papais levou-o a adiar por dois anos e meio a aprovação dos importantes ensinamentos dogmáticos sobre a divindade e humanidade de Jesus Cristo. Leão ficou contrariado porque o Concílio concedeu à sé de Constantinopla uma dignidade eclesiástica quase equivalente à de Roma. Foi também o primeiro papa a proclamar-se herdeiro de Pedro, o que, de acordo com a lei romana, significava que todos os direitos e deveres associados a Pedro perpetuavam-se em Leão. Papas anteriores haviam falado da sucessão deles à cátedra de Pedro ou apelaram ao martírio e sepultamento dele em Roma como base da autoridade que exerciam. A partir de então, cada vez mais os papas consideraram-se sucessores de Pedro, que exerciam autoridade não só sobre todos os fiéis mas também sobre todos os outros bispos. Há quem considere isso a grande façanha de Leão, a elevação da autoridade papal a níveis novos e mais altos. Entretanto as reinvindicações de Leão são, em grande parte, responsáveis pela inflação da autoridade papal, que o Oriente nunca aceitou e que foi levada ao ecesso no Ocidente, durante a Idade Média e até mesmo no fim do século XX. [...]

  3. Bonifácio V (619-625): Conhecido por sua compaião e generosidade, distribuiu aos pobres toda a sua fortuna pessoal. Está sepultado na Basílica de São Pedro, onde seu epitáfio o descreve como "generoso, sábio, puro, sincero e justo". É estranho que posteriormente ele não tenha sido declarado santo, pois, antes dele, o título foi conferido a muitos papas menos merecedores.

  4. Teodoro II (novembro/dezembro de 897): Embora tenha ficado no trono apenas vinte dias, reuniu um sínodo para invalidar o chamado Sínodo do Cadável, de 897, que levara a julgamento o corpo do papa Formoso. Teodoro II reabilitou Formoso, reconheceu a validade de suas ordenações e seus atos papais e ordenou a queima de todas as cartas que o papa Estevão VI (VII) solicitara dos sacerdotes - cartas em que eram forçados a renunciar à validade de suas ordenações por Formoso. Teodoro, então, mandou exumar o corpo de Formoso da sepultura particular em que o puseram depois que foi jogado no rio Tibre, revesti-lo com as vestes pontifícias e reenterrá-lo com honras em sua sepultura original na Basílica de São Pedro. É provável que os atos corajosos do papa tenham lhe custado a vida.

  5. Nicolau V (1397-1455): Pacificador das frentes política e eclesiástica, restaurou a ordem na cidade de Roma, livrou os Estados Pontifícios das tropas mercenárias e conseguiu de volta o compromisso de lealdade de diversas cidades; também persuadiu o antipapa Félix V a abdicar e, como gesto de conciliação, admitiu ao colégio cardinalício vários dos que o antipapa nomeara cardeais. Dedicou-se à reforma eclesiástica e enviou cardeais de prestígio à Alemanha e à França para promover a reforma nesses países. À vontade com eruditos e artistas, acumulou uma grande biblioteca pessoal de livros e manuscritos que, depois de sua morte, formou a base da biblioteca do Vaticano. Na Igreja primitiva é provável que tenha sido proclamado santo por sua vida moralmente íntegra, em meio a muita corrupção e brutalidade contemporâneas.

  6. Inocêncio XI (1676-1689): Impôs cortes severos no orçamento papal e clamou pela pregação e catequese evangélica, pela observância rigorosa dos votos monásticos, pela seleção cuidadosa de sacerdotes e bispos e pela recepção freqüente da Sagrada Comunhão. Suas tentativas de persuadir os cardeais a declarar ilegal o nepotismo terminaram em fracasso, e sua proibição de carnavais foi ridicularizada e ignorada pelo povo. Era tão ascético na vida pessoal que muita gente suspeitava que ele tivesse pendores jansenistas (isto é, uma rígida abordagem da vida moral).

  7. Inocêncio XII (1691-1700): Sua iniciativa mais importante foi o decreto "Romanum Decet Pontificem" (22 de junho de 1692), que proíbe os papas de outorgar propriedades, cargos ou rendas a parentes e estabelece que, se esses parentes forem pobres, deverão ser tratados como os outros necessitados. Ademais, apenas um único parente pode ser nomeado para o Colégio dos Cardeais, se for qualificado, e sua renda deve ser limitada. Inocêncio XII encontrou certa resistência ao decreto por parte de muitos cardeais, mas todos acabaram por assiná-lo, o que impôs um limite ao nepotismo papal.

  8. Bento XIV (1740-1758): Dois meses depois de eleito, criou uma congregação para selecionar homens dignos como bispos. Também organizou uma instrução clerical aperfeiçoada, a residência episcopal obrigatória (é evidente que muitos bispos ainda moravam fora de suas dioceses) e a visita pastoral. Dispensou os casamentos de não-católicos e os casamentos mistos (entre católicos e não-católicos) da forma exigida pelo Concílio de Trento (isto é, perante um sacerdote e duas testemunhas). Em carta aos bispos portugueses da América do Sul, também em 1741, recomendou com insistência um tratamento mais humano dos índios. Por outro lado, proibiu, formal e definitivamente, os ritos chineses em uso pelos missionários jesuítas na China e estendeu a proibição até mesmo aos ritos malabares na Índia. Embora Bento XIV foisse homem de seu tempo, teológica e espiritualmente, muitos estudiosos protestantes e agnósticos respeitavam-no pela amplitude de seus interesses eruditos e seu apoio às artes e às ciências.

  9. Pio VII (1800-1823): Suportou com bravura cinco anos de prisão nas mãos de Napoleão Bonaparte e restabeleceu a ordem dos jesuítas em 1814. Embora de modo geral se opusesse à nova onda de modernidade que varria a Europa, mesmo assim reconhecia alguns dos aspectos positivos da Revolução Francesa e tentou incorporá-los ao governo dos Estados Pontifícios.

  10. Leão XIII (1878-1903): Foi o primeiro papa a tentar reconciliar a Igreja Católica com o mundo moderno. Sua encíclica "Rerum Novarum" marcou, em 1891, o início de mais de um século de pronunciamentos papais formais sobre a justiça social, os direitos humanos e a paz. Por outro lado, fez um julgamento negativo e não-ecumênico sobre a validade das ordens anglicanas e condenou o americanismo, sem realmente entender a diferença entre a democracia americana e certas opiniões expressas na França da época.

  11. Bento XV (1914-1922): Talvez o papa moderno mais subestimado, pôs um fim à guerra mutuamente prejudicial dentro da Igreja Católica, que jogara os chamados católicos integralistas contra os católicos mais progressitas durante o pontificado obsessivamente antimodernista de seu antecessor, Pio X. Bento XV sofreu com paciência a má compreensão de sua neutralidade durante a Primeira Grande Guerra e tentou valentemente promover a reconciliação das Igrejas do Oriente e do Ocidente. Conseguiu criar hierarquias nativas em países missionários.

  12. Paulo VI (1963-1978): Embora pessoalmente cheio de conflitos, seu pontificado foi, em geral, marcado por compaixão e justeza. Dedicou-se à adoção das reformas do Concílio Vaticano II - e a um grande custo pessoal por causa da oposição determinada de líderes eclesiásticos e leigos rigidamente conservadores - instituiu o Sínodo Universal dos Bispos, estendeu a mão ao patriarca ecumênico de Constantinopla e ao arcebispo de Canterbury em gestos de reconciliação, promoveu o ensinamento social da Igreja, dando ênfase às obrigações das nações ricas para com as nações pobres; vendeu a tiara e distribuiu o dinheiro aos pobres. Embora a encíclica sobre o controle da natalidade, "Humanae Vitae" (1968), tenha lançado uma sombra sobre todo o seu pontificado, sua recusa em agir com severidade contra os dissidentes foi sinal não de fraqueza, mas do respeito que tinha pela liberdade de consciência. Ao planejar o próprio funeral, providenciou para que o caixão ficasse no nível do chão, encimado não pela tiara, nem mesmo por mitra ou estola, mas pelo livro dos Evangelhos, aberto.


Texto retirado das páginas 436 a 440.

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