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Autor: Jean-Marie R. Tillard Editora: Loyola Páginas: 44 Formato: 17 x 12 cm Preço: * Apresentação | O Autor | Conteúdo | Amostra | Maiores Informações | Pedidos via Internet |
» APRESENTAÇÃO
Uma coisa é certa. Somos inexoravelmente as últimas testemunhas de certa forma
de ser cristãos, católicos. Arrebatadas nas grandes mutações das sociedades humanas
nas quais se encarnam, as Igrejas locais mudarão necessariamente de aparência, e
alguns desses novos traços já começam a esboçar-se.
» O AUTOR
Pe. Jean-Marie R. Tillard (op), é professor da Faculdade de Teologia do
Colégio Universitário Dominicano em Ottawa desde 1958. É também vice-presidente
de Fé e Constituição do Conselho Ecumênico de Igrejas, consultor do Secretariado
para a Unidade dos Cristãos (Vaticano) e membro de diversas comissões ecumênicas.
» CONTEÚDO
O livro, fruto de conferências do autor, está dividido em duas partes:
I. Conferência
II. Debates e esclarecimentos com o auditório
» AMOSTRA
Se examinamos o atual estado da Igreja de Deus em torno de nós, não podemos refrear
um sentimento de mal-estar. Observemos sobretudo as Igrejas locais desta região
do mundo, outrora tão unanimemente cristã. Mas sabemos que, com nuanças e em
virtude de causas amiúde diferentes, a mesma situação se verifica em outras
partes do Ocidente. Nossas comunidades religiosas são atingidas por uma crise
profunda. Não foi oficialmente assinado nenhum acordo ecumênico viável que sele
definitivamente a união de duas confissões separadas. Os catequistas esgotam-se
falando de Cristo diante de auditórios que bocejam porque isso não lhes interessa.
Os bancos das igrejas estão cada vez mais vazios e ocupados por pessoas de cabelos
cada vez mais brancos, embora algumas paróquias sejam exceções. Os seminários
estão desertos e quando o bispo consegue por fim ordenar um presbítero, entoa
o Aleluia. De maneira geral, toda uma geração - aquela que será a cerne
das sociedades nos próximos decênios - desliza lentamente não para a agressividade
contra a Igreja, mas (o que é mais grave) para a indiferença. Ora, o que aconteceu
com todos os esforços despendidos desde o fim do Concílio Vaticano II? O que se
passou com a primavera preparada com tanto empenho e energia? ... Também conosco
Deus parece fazer tudo para abalar a fé que temos nele, envidar todos os esforços
para provar-nos que somos os últimos cristãos. E também para prová-lo aos outros.
Testemunha-o a jornalista que, no momento da grande reunião de Fé e Constituição
em Compostela (1993) nos pediu com a maior seriedade do mundo que lhe explicássemos
"por que homens e mulheres tão inteligentes podiam interessar-se tão apaixonadamente
por um cristianismo em plena decomposição" Decepcionada com minha resposta,
ela comentou: "Se vocês fossem muçulmanos, eu compreenderia melhor". Como
podem os cristãos pensar num futuro?
A definição popular da fé como adesão ao irracional parece, pois, verificar-se
de fato em nosso caso. E o pensamento de Pascal, "belo estado da Igreja quando
ela não é sustentada senão por Deus" (Lafuma 845, Brunschvicg 861), longe
de tranquilizar-nos, reabre a ferida. Sem dúvida, falam-nos de grupos de grande
fervor, herdeiros do pentecostalismo protestante. Mas, por um lado, eles se centram
na conversão e no fervor pessoal, pouco fazendo-o na expetiência eclesial
comunitária. Por outro, as fraternidades de homens ou de mulheres que se
criaram inspirando-se nesse movimento entusiasta (no sentido teológico
do termo), com o objetivo de fazer brotar uma nova vida religiosa, reintroduziram
alguns dos elementos equívocos a que o Concílio Vaticano II queria precisamente
que a Igreja renunciasse. Trata-se de botões demasiadamente frágeis para que se
possa, olhando-os, exclamar: "A primavera chegou!". Portanto, a questão
continua a traspassar-nos: seremos nós os últimos cristãos? "Acaso não faz
você tudo para que os seus não creiam mais em você?".
» MAIORES INFORMAÇÕES
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» PEDIDOS VIA INTERNET
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"Botões ainda demasiadamente frágeis"
Texto retirado das páginas 7 a 9 (Parte I).
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