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1.As duas partes as quais dão um sentido à missa, são nomeadamente a Liturgia da palavra e a Liturgia Eucarística. E são tão bem conectadas que elas formam um único ato de culto. Uma pessoa não deveria se aproximar da mesa do Pão do Senhor sem antes ter estado na mesa de Sua Palavra. A Sagrada Escritura, é portanto da maior importância na celebração da Missa. Consequentemente não pode ser ignorado o que a Igreja estabeleceu de modo a assegurar que " nas sagradas celebrações haja uma mais ampla, variada e adequada leitura das Sagradas Escrituras. As normas estabelecidas no Lecionário no que diz respeito ao número de leituras e as diretivas dadas para ocasiões especiais devem ser observadas. Seria um sério abuso trocar a Palavra de Deus pela palavra do homem, não importando que autor possa ser.
2. As leituras das passagens do Evangelho estão reservadas para o ministro ordenado, nomeadamente o diácono ou o sacerdote. Quando possível, as demais leituras devem ser confiadas ao leitor que foi constituído para tal, ou a outro leigo espiritualmente preparado e tecnicamente treinado. A primeira leitura é seguida pelo salmo responsorial, o qual é uma parte integral da Liturgia da Palavra.
3. O propósito da homilia é explicar aos fiéis a Palavra de Deus proclamada nas leituras e aplicar essas mensagens ao presente. Por conseguinte a homilia deve ser feita pelo sacerdote ou pelo diácono.
4. Está reservado ao sacerdote, em virtude de sua ordenação, proclamar a Oração Eucarística, a qual por sua própria natureza é o ponto alto de toda a celebração. É portanto um abuso que algumas partes da Oração Eucarística sejam ditas pelo diácono, por um ministro subordinado ou pelos fiéis. Por outro lado isso não significa que a assembléia permanece passiva e inerte. Ela se une ao sacerdote através do silêncio e demonstra a sua participação nos vários momentos de intervenção providenciados para o curso da Oração Eucarística: as respostas no diálogo Prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da Consagração, e o Amén final depois do Per Ipsum. O Per Ipsum ( por Cristo, com Cristo, em Cristo) por si mesmo é reservado somente ao sacerdote. Este Amén final deveria ser enfatizado sendo feito cantado, desde que ele é o mais importante de toda a Missa.
5. Apenas as Orações Eucarísticas incluídas no Missal Romano ou aquelas aprovadas pela Sé Apostólica, com os modos e os limites estabelecidos pela Santa Sé, podem ser usados. Modificar as Orações Eucarísticas aprovadas pela Igreja ou adotar outras compostas privadamente é mais um sério abuso.
6.Devemos lembrar que a Oração Eucarística não pode ser misturada com outras oraçôes ou canções. Ao pronunciar a Oração Eucarística o sacerdote deve pronunciar o texto claramente, de forma que fique fácil para o fiel compreendê-lo e assim promover a formação de uma verdadeira assembléia, inteiramente voltada para a celebração do memorial do Senhor.
7. A Concelebração, a qual tem sido restaurada na Liturgia Ocidental, manifesta de uma forma excepcional a unidade do sacerdócio. Os concelebrantes devem, contudo, prestar cuidadosa atenção aos sinais que indicam essa unidade. Por exemplo, eles devem estar presentes desde o início da celebração, devem vestir os paramentos prescritos, devem ocupar o lugar apropriado ao seu ministério como concelebrantes e devem observar fielmente as outras normas para a celebração do rito.
8. Matéria da Eucaristia. Fiéis ao exemplo de Cristo, a Igreja tem usado constantemente pão e vinho misturado com água ao celebrar a Eucaristia. De acordo com a tradição de toda a Igreja, o pão deve ser feito unicamente de trigo, e, de acordo com a tradição genuína da Igreja Latina, deve ser sem fermento. Pelo motivo da simbologia, a matéria da Celebração Eucarística deveria se parecer como a atual comida. Isto deve ser compreendido como vinculado à consistência do pão, e não no que diz respeito à sua forma, a qual permanece com sua forma tradicional. Nenhum outro ingrediente deve ser adicionado à farinha de trigo e a água. A preparação do pão requer cuidadosa atenção para assegurar que o produto não diminua a dignidade devida ao pão Eucarístico. Que ele possa ser partido de um modo digno, sem produzir excessivos fragmentos e sem que ofenda a sensibilidade dos fiéis no que diz respeito ao paladar. O vinho para a celebração da Eucaristia deve ser " o fruto da videira" conforme Lucas 22:18 e deve ser natural e genuíno, isto quer dizer ; não pode ser misturado com outras substâncias.
9.Comunhão Eucarística. Comunhão é um dom do Senhor, dado aos fiéis através do ministro apontado para essa finalidade. Não é permitido que os fiéis tomem por eles próprios o pão consagrado e o sagrado cálice e menos ainda que eles o distribuam um para o outro.
10. Os fiéis , sejam eles religiosos ou leigos, que estão autorizados como ministros extra-ordinários da Eucaristia podem distribuir a Comunhão apenas quando não há sacerdotes, diáconos ou acólitos, quando o sacerdote está impedido por motivo de doença ou idade avançada, ou quando o número de fiéis indo receber a Comunhão é tão grande que tornaria a celebração da Missa excessivamente longa. Por conseguinte, uma atitude repreensível é aquela dos sacerdotes que, embora presentes na celebração, recusam-se a distribuir a Comunhão, deixando essa tarefa aos leigos.
11. A Igreja sempre pediu dos fiéis, respeito e reverência pela Eucaristia no momento de recebê-la. No que diz respeito à maneira de ir para a Comunhão, o fiel pode recebê-la de ambos os modos; ajoelhando-se ou ficando de pé, de acordo com as normas estabelecidas pela conferência episcopal: "Quando o fiel comunga ajoelhado, nenhum outro sinal de reverência pelo Santíssimo Sacramento é requerido, uma vez que ajoelhar é por si só um sinal de adoração. Quando se recebe a Comunhão estando em pé, é rigidamente recomendado que, ao vir em procissão, faça-se um sinal de reverência antes de receber o Sacramento. Isto pode ser feito no exato momento e lugar, de forma que a ordem das pessoas que vêm e voltam da Comunhão não fique interrompida.
O Amém dito pelo fiel ao receber a Comunhão é um ato que expressa a sua fé pessoal na presença de Cristo.
12. A respeito da Comunhão sob as duas espécies, as normas estabelecidas pela Igreja devem ser observadas. Ambos por motivo da reverência devida ao Sacramento e pelo bem daqueles que recebem a Eucaristia, de acordo com variações e circunstâncias, tempos e lugares.
As conferências episcopais, bem como ordinários não estão acima do que é estabelecido na presente disciplina: a concessão para que se receba a Comunhão sob as duas espécies não é para ser indiscriminada, e as celebrações em questão devem ser precisamente específicas; os grupos que usam dessa forma de comungar, devem ser claramente definidos, bem disciplinados e homogêneos.
13. Mesmo depois da Comunhão o Senhor permanece sob as espécies. Por conseguinte, ao terminar de se distribuir a Comunhão, as sagradas partículas remanescentes devem ser consumidas ou guardadas pelo ministro competente no lugar onde a Eucaristia fica reservada.
14. Por outro lado, o vinho consagrado deve ser consumido imediatamente depois da Comunhão e não pode ser guardado. Portanto deve-se tomar cuidado em consagrar apenas a quantidade de vinho necessária para a Comunhão.
15.As regras estabelecidas para a purificação do cálice e dos outros vasos sagrados que contiveram as espécies Eucarísticas devem ser observadas.
16. Particular respeito e cuidado são devidos aos vasos sagrados. Ambos; cálice e patena para a celebração da Eucaristia e o ciborium para a Comunhão dos fiéis. A forma dos vasos deve ser apropriada para o uso litúrgico para o qual eles estão destinados. O material deve ser nobre, durável e em todos os casos adaptados para o uso sacro. Nessa esfera, o julgamento pertence às conferências episcopais de cada região.
Não é permitido o uso de vasos como, simples cestinhas ou outros recipientes destinados ao uso ordinário fora da sagrada celebração. Os vasos sagrados não devem ser de pobre qualidade nem destituídos de estilo artístico.
Antes de serem usados, cálices e patenas devem ser consagrados pelo bispo ou sacerdote.
17. Aos fiéis, recomenda-se que não se omitam em fazer uma apropriada ação de graças depois da Comunhão. Eles podem fazê-lo durante a celebração com um período de silêncio, com um hino, salmo ou outra canção de louvor. Ou também depois da celebração, se possível permanecendo em oração por um considerável espaço de tempo.
18. Há naturalmente, vários papéis que as mulheres podem desempenhar na assembléia litúrgica: estes incluem; a leitura da Palavra de Deus e a proclamação das intenções na Oração dos fiéis. Às mulheres, contudo, não é permitido atuarem como servas no altar.
19.Particular vigilância e cuidados especiais são recomendados com respeito às Missas transmitidas pela mídia audio-visual. Devido à sua grande difusão, essas celebrações devem ser de exemplar qualidade.
Nos casos de celebraçôes feitas em casas privadas, as normas da Instrução Actio pastoralis de 5 de maio de 1969, devem ser observadas.