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LÍNGUAS: SINAL DE MALDIÇÃO DA ALIANÇA
O que ele quer dizer quando ele fala que as línguas são para os que não crêem, enquanto
que a profecia é para os que crêem? Não parece ser o contrário? Não deviam as línguas ser para
os que crêem, que pela fé estão melhor preparados para aceitar um comportamento estranho e
eufórico? Não devia a profecia ser um sinal para os que não crêem, que ficariam impressionados
pelos discernimentos que só poderiam vir de Deus?
A declaração de S.Paulo só faz sentido quando percebemos o uso que ele faz de dois
textos chaves do Antigo Testamento, Deuteronômio 28, 49 e Isaias 28, 11.
Primeiro, ele diz, "está escrito na lei..." Esta é uma referência ao Deut 28,49, que
anuncia o que acontecerá antes que a maldição final caia sobre o povo de Deus que é
desobediente. "Iahweh erguerá contra ti uma nação longínqua, dos confins da terra... uma nação
cuja língua não compreendes". Resumindo, línguas estranhas precedem imediatamente o exílio.
Deus diz: "Preserve minha aliança, e terás a verdade; quebre a minha aliança, e terás a morte
- mas a caminho terás o que parece com palavrório". Falar em línguas em Deuterônomio 28 é uma
preparação para o julgamento, uma purificação, uma última chance para arrependimento. E é isto
o que S. Paulo está dizendo quando ele cita esta passagem.