A g n u s D e i

DOCUMENTO SOBRE A FAMÍLIA
CNBB
20.03.1975

CONCLUSÃO

58. A Igreja, fiel a Cristo, defendendo a família, não luta por seus interesses, mas primeira e essencialmente pelo homem, e isto ela o faz em nome de Deus, que nos amou primeiro e nos deu a fé que nos ultrapassa. O remédio contra os males da sociedade não pode consistir em lhe subtrair o amparo e a proteção da Lei, mas em ensinar a todos e em estimular os fracos a terem a coragem de buscar sua própria dignidade.

59. O próprio Deus, fazendo-se homem para realizar o desígnio de nossa salvação, quis nascer em uma família, pobre e humilde, e nela viver obscuramente a maior parte de sua vida. Foi numa família que Ele quis realizar sua experiência humana, participando plenamente de suas alegrias e sofrimentos e se identificando em tudo com nossa condição humana, menos no pecado. Foi a família que Ele quis consagrar como a mais pura expressão humana do mistério trinitário de três Pessoas em um só Deus, mistério da maìs perfeita distinção das pessoas na mais absoluta comunhão da natureza.

60. É este mistério trinitário, em última análise, o protótipo da intercomunicação de amor que deve unir indissoluvelmente os que, no mundo, devem ser também a expressão vìva da íntima comunhão divina.

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