Os universitários não podem ficar alheios aos problemas que afligem nossas comunidades. Hoje, o problema da violência é um deles. [...] É importante refletir sobre as causas. No entanto, as conseqüências podem avolumar-se de tal modo que requerem atitudes imediatas, sem abandonar o estudo e as providências sobre suas causas. Por isso, devemos debruçar-nos sobre as repetidas "fugas" dos presídios e das "febem".
Praticamente todos os dias, jornais, rádios e tevês trazem-nos notícias estarrecedoras, envolvendo menores e adultos nas várias áreas do crime. As rebeliões nos presídios (até de segurança máxima), as "fugas" em massa das FEBEM deixam conseqüências terrificantes...
Entre outras conseqüências podemos mesmo chegar à insensibilidade, quanto ao endurecimento de coração num clima de ódio e rancor contrar esses criminosos, contras as autoridades que "não tomam providências", contra tudo e contra todos. Enquanto a coisa não nos atinge na carne, vamos insensivelmente, preparando-nos para o dia em que uma dessas situações nos ferir... Então, já estaremos preparados a "fazer justiça pelas nossas próprias mãos".
Sem descer a análises mais profundas e detalhes quanto a soluções práticas, gostaria de sugerir um caminho de solução: cada município deve ter a responsabilidade direta de cuidar da guarda, encaminhamento, justiça e recuperação dos seus criminosos menores ou adultos. Deve haver um presídio e uma "febem" em cada município. Nos grandes municípios, como São Paulo, haveria vários. E nos menores, com pouquíssimas internações, seriam agregados a outros. Cada uma dessas casas teria uma capacidade definida: tantos detentos ou tantos menores e só para não impossibilitar o controle.
Cada Estado da Federação teria a incumbência de supervisionar essas casas nos municípios. O Estado ajudaria os municípios mais carentes na construção e na manutenção dessas obras.
Sei que as populações em geral não querem essas "habitações" junto às suas moradias...
Mas a lógica pede que cada município cuide de seus munícipes, sejam eles pessoas de bem ou faltosos, sadios ou enfermos.
As grandes concentrações tornam-se, aos poucos, incontroláveis...
Até do ponto de vista econômico, sairá mais barato (dizem que cada interno custa para o Estado a soma enorme de R$ 1.717,76)! Haveria mais empregos...
Vamos fazer campanha em cima dessa idéia? Cada município cuida dos seus!