A g n u s D e i

SOBRE EDUCAÇÃO SEXUAL E AIDS
Fonte: Lista "Reflexões"/Una Vox
Transmissão: Antonio Xisto Arruda

Diante da controvérsia gerada pelo envolvimento da Igreja em campanhas contra a AIDS e da propaganda feita até em Escolas Católicas do uso do preservativo para conter o avanço da AIDS, alguém deve ter a coragem de vir a proclamar em alta voz aquelas verdades que muitos fingem não terem jamais conhecido.

Só pra começar, é escandaloso que em tal matéria, os pais permitam que o Estado se aproprie de uma responsabilidade de educar da qual eles jamais deveriam abrir mão.

Aceitá-lo significa que, por fraqueza ou plágio, já se tornaram espiritualmente escravos do Estado, de um Estado que deveria estar a serviço dos cidadãos e não vice-versa.

Aceitá-lo significa entregar os filhos como escravos do Estado, que por sua vez lhes darão, segundo o seu próprio arbítrio, os valores morais e imorais, falsos ou verdadeiros, que serão a base de suas condutas de vida.

Aceitá-lo significa fingir ter se esquecido da própria adolescência, quando ensinamentos desse gênero, ainda mais quando dados coletivamente e promiscuamente geravam desconforto, embaraço, brincadeiras obscenas e não raro a instigação para que fossem aplicados rapidamente na prática.

Aceitar tudo isso significa aceitar uma sociedade na qual a corrupção e o conformismo se tornaram obrigatórios e um Estado tão totalitário quanto aquele que mete na cadeia os corpos, pois aqui falamos de um Estado que aprisiona os espíritos.

Passando ao pior, tal proposta, indigna de qualquer Católico, censurada por teólogos fiéis ao Magistério e contrária a toda Moral Católica contém graves riscos que devem ser evitados em favor da própria dignidade e da saúde física e espiritual dos demais. Tais campanhas na verdade não passam de fracos paliativos porque escondem verdades fundamentais.

Será que nessas campanhas alguém já ouviu falar no Deus Verdadeiro e seus Mandamentos?

Será que alguém ouviu falar em Inferno e Paraíso? Em Sodoma e Gomorra?

Será que alguém ouviu falar que temos uma alma e que temos que preservá-la a qualquer custo?

Será que alguém se recorda que Deus tem direito ao primeiro lugar não só no privado como também no público?

A verdade trágica é que a epidemia mortal não é bem aquela da AIDS do corpo, mas sim aquela da AIDS do espírito.

Assim como a AIDS do corpo leva à morte indiretamente, tornando o corpo tolerante aos organismos estranhos que o invadem, do mesmo modo se dá com a AIDS do espírito, que o mata exatamente por torná-lo tolerante com todo o vício e todo tipo de heresia que o farão perder a fé e consequentemente a vida eterna.

O Corpo atingido pela AIDS não pode mais se defender; mas o espírito atingido pela AIDS se sente culpado e tenta se defender; tornando-se cada vez mais agressivo no sentido de fazer valer o seu presumido direito de pecador de praticar e tornar público o seu vício, ao passo que se torna surdo ao sacrossanto direito do inocente de não ser escandalizado e corrompido.

Dessa forma remete ao silêncio a única verdade revelada para não desagradar o demônio.

O microscópio eletrônico nos revela qual é o aspecto do vírus da AIDS do corpo. O aspecto que tem a AIDS do espírito nos é revelado todos os dias pelas notícias dos jornais. E é sempre o mesmo aspecto do Modernismo, da falsa tolerância, do falso ecumenismo e do falso humanismo.

A verdade é que se falta cura para a AIDS do corpo, por certo não falta a cura para a AIDS do espírito: essa cura é aquela do retorno a Deus, aos Seus direitos, aos nossos deveres, à luta incessante contra o pecado, a oração e a penitência pela conversão dos pecadores e pela perseverança dos justos.

Basta retornarmos ao princípio e só a partir daí faremos progressos.

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