A g n u s D e i
VOCÊ SABE QUANDO?
Fonte: "Lumen Christi"
É de crer que, se os cristãos conhecessem melhor a história das
denominações protestantes, não adeririam tão facilmente a elas ou as
deixariam sem demora, porque perceberiam que são obras de homens que se
opõem à intenção de Jesus Cristo; principalmente os católicos não se
tornariam protestantes, pois, assim procedendo, abandonam a única Igreja
fundada por Jesus Cristo para aderir a comunidades fundadas por homens,
quinze ou mais séculos após Jesus.
Será a mesma coisa seguir Jesus Cristo e seguir um "profeta" do século XVI
ou XVII?
Precisamos, para facilitar aos cristãos a tomada de consciência do hiato
histórico que intercede entre Jesus Cristo e as denominações protestantes,
publicar a tabela seguinte:
Denominação | Fundador | Data/Local |
Católica | Jesus Cristo | 30 - Palestina |
Luterana | Martinho Lutero | 1517 - Alemanha |
Episcopal (Anglicana) | rei Henrique VIII | 1534 - Inglaterra |
Reformada (Calvinista) | João Calvino | 1541 - Suiça |
Menonita | Meano Simons | 1550 - Holanda |
Presbiteriana | John Knox | 1567 - Escócia |
Congregacional | Robert Browee | 1580 - Inglaterra |
Batista | John Smith | 1604 - Holanda |
Quacker | John Fox | 1649 - EUA |
Metodista | John Wesley | 1739 - Inglaterra |
Mórmon | Joseph Smith | 1830 - EUA |
Adventista | Willian Miller | 1831 - EUA |
Exército da Salvação | Willian/ Catarina Booth | 1885 - Inglaterra |
Ciência Cristã | Mary Backer | 1675 - EUA |
Pentecostais | Charles Parham e discípulos | 1900 - EUA |
Testemunhas de Jeová | Charles Taze Russell | 1916 - EUA |
Amigos do Homem | Alexandre Freytag | 1920 - Suiça |
Universal do Reino de Deus | Edir Macedo Bezerra | 1977 - Brasil |
Observações
- A tabela, ainda que não seja exaustiva, mostra como as denominações
protestantes que hoje em dia fazem adeptos no Brasil, estão distantes de
Jesus Cristo na linha da história. Antes do século XVI não se falava de
Confissão Luterana; antes do século XX não se falava de Assembléia de
Deus, Comunidade "Nova Vida", Igreja Socorrista", etc. Não foi Jesus
Cristo quem deu origem a tais organizações, mas foram pastores humanos,
dos quais alguns disseram ter recebido revelações mais recentes do que as
de Jesus Cristo; tal é o caso de Joseph Smith (Mórmons), Charles Taze
Russell e Rutherford (Testemunhas de Jeová), Alexandre Freytag (Amigos do
Homem)... Quanto mais recente é a denominação protestante, mais tende a
trocar o Novo Testamento pelo Antigo, chamando Deus pelo nome de Jeová,
negando a Divindade de Cristo e a SS. Trindade, observando o sábado em
lugar do domingo, etc.
- Na raiz de todo este esfacelamento do Cristianismo está o princípio,
estipulado por Lutero, segundo o qual a Bíblia deve ser interpretada por
cada leitor em "livre exame"; o que quer dizer: cada qual sente e entende
a Bíblia como bem lhe pareça; em conseqüência, tira as conclusões que
julga adequadas, sem orientação da Igreja. É compreensível que tal
princípio, coerentemente aplicado, tenha levado e leve o Protestantismo a
se autodestruir cada vez mais, dividindo-se e subdividindo-se em
comunidades, das quais as posteriores pretendem sempre reformar as
anteriores e são reformadas pelas subseqüentes. Os membros de tais
comunidades reformadas seguem tão somente o alvitre subjetivo e imaginoso
de um "profeta", e não mais a Palavra de Jesus Cristo como tal. Este
fundou uma só Igreja, que Ele confiou a Pedro, dando-lhe garantia de sua
assistência infalível até a consumação dos séculos.
- Talvez, porém, alguém objete que a Igreja fundada por Cristo não tem
suas falhas e não necessita de purificação e renovação? É certo que, onde
existem seres humanos (e na Igreja eles existem), existe a fragilidade;
esta, sem dúvida, exige purificação. Todavia a purificação da Igreja há de
se fazer sem ruptura com o passado, sem perda de contato com a linhagem
apostólica e a fonte "Jesus Cristo". Qualquer quebra nessa linha é mortal,
pois faz da nova comunidade uma obra meramente humana, separada do seu
manancial autêntico; a tal comunidade já não se aplica a Palavra, de
Cristo, em Mt 28,18-20: "Estou convosco todos os dias até a consumação
dos séculos". A própria Igreja de Cristo, a Igreja Católica, sabe tirar
do bojo da sua vitalidade o remédio aos males morais que acometem seus
filhos; a Igreja é a Mãe solícita de curar as chagas que os seus filhos
lhe infligem à revelia da própria Mãe. Na verdade, o católico peca,
porque se afasta dos ensinamentos e da vida da Igreja.
- Aliás, a razão pela qual não se pode conceber Reforma da Igreja
fundada por Cristo (mas apenas reformas em setores disciplinares da
mesma), é o próprio conceito de Igreja. Esta não é uma República (como
afirmavam reformadores do século XVI), nem é uma sociedade meramente
humana, mas é o sacramento que continua o mistério da Encarnação; é Jesus
Cristo prolongado em seu corpo através dos séculos - o que significa que,
por debaixo da veste humana e defectível que os homens dão à Igreja,
existe o próprio Cristo presente com sua autoridade, e indefectibilidade;
esta presença atuante de Cristo garante a todos quantos se chegam a Ele na
Igreja, a santificação e a vida eterna; é Ele quem batiza, é Ele quem
consagra o pão e o vinho, é Ele quem absolve os pecados. Consciente dessa
presença indefectível de Cristo na Igreja, podia São Paulo dizer que
"Cristo amou a Igreja e se entregou por ela... para apresentar a si mesmo
a Igreja gloriosa sem manchas nem rugas ou coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível" (Ef 5,25-27). Com efeito, a Igreja é santa não por causa
da oscilante santidade dos homens que a integram, mas por causa da presença
do Santo de Deus ou de Cristo que nela se encontra. Por isso não toca a
homem algum refazer a Igreja ou recomeçá-la, mas compete-lhe apenas zelar
para que a face externa da Esposa de Cristo seja purificada das falhas que
os homens lhe impõem.
Refletindo sobre estas verdades, os fiéis católicos hão de se recordar das
palavras do Apóstolo São Paulo, que hoje parecem mais oportunas ainda do
que nos tempos da Igreja nascente:
- "Rogo-vos, irmãos, que estejais alertas contra os que causam divisões e
escândalos contrários à doutrina que aprendestes; afastai-vos deles"
(Rm 16,17).
- "Alcancemos todos nós a unidade da fé e do pleno conhecimento do
Filho de Deus, o estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da
plenitude de Cristo. Assim não seremos mais crianças, joguetes das ondas,
agitados por todo vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens e
da sua astúcia, que nos induz em erro" (Ef 4,13s).
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