A g n u s D e i

AS NOSSAS TESES
Mensagem Original: José Augusto
Transmitido por: Antonio Xisto Arruda

Tenho notado que algumas pessoas, que se dizem católicas têm tido uma opinião toda particular, a respeito de doutrina. Não sei de onde tiram essas afirmativas ou em que se baseiam. Parece-me que existem vários "catolicismos" a cada um dos "e-mail" em questão.

Eu me acostumei ao longo da vida a sempre, quando tinha dúvidas, perguntar a algum padre que confiasse, e expô-las à critica. Alguns deles me davam respostas maravilhosas baseadas em seu longo caminho de estudos. Uma pessoa para se formar em monge, por exemplo, precisa estudar 4 anos de filosofia, 4 de teologia e mais uns dois de noviciado. Foi assim com meu primo no S. Bento. Depois ele foi aprimorar-se em Roma estudar em universidade superior de teologia, onde melhorou o seu "grego" e "latim". Não é fácil. A especialização em Sagradas Escrituras por exemplo, demanda muita acuidade e longas horas de estudo. De qualquer forma é empolgante, pois começa-se a ver a veracidade, a lógica da fé.

Realmente, a vocação sacerdotal, como qualquer outra na qual exija-se abnegação, não é para todos; mas mesmo sem se ter tendência, há que se apreciar a beleza de uma vida integral a causa do Senhor. Tinha até um colega engenheiro que em não tendo vocação para o sacerdócio, saiu do seminário mas vez por outra, ia participar das vésperas com os antigos colegas.

Porque digo isto? Porque observo pessoas escrevendo sobre religião, ditando suas normas sem o mínimo contato com estudos bíblicos, chegando a me lembrar alguns pastores protestantes, que alegando ter tido inspiração do Espírito Santo, vão pregar o evangelho nas praças; cada um com o seu. Esses colaboradores do fórum, têm suas teses e elas são irrepreensíveis . A Igreja sim está errada e não eles.

A fé, meus amigos, tem de ser estudada como qualquer outra ciência. Eu diria até que tem que ser compatível com o nosso nível de estudos. Geralmente nos formamos, nos pós - graduamos e a nossa fé fica tão primária que no primeiro vento contrário, procuramos um outro Deus em quem acreditar.

Quando defendemos nossas teses, geralmente não culpamos Jesus por "discordar" de nós. Talvez tenhamos algum tipo de receio. Culpamos a Igreja por ser mais fácil. "Os burocratas da Igreja, os inquisidores da Igreja, os conservadores (= retrógrados) de Igreja" e outras qualidades maiores. Dizemos: "Jesus é bonzinho, perdoa tudo, por pior que façamos Ele nos perdoará, o inferno é aqui mesmo". Esquecemos de que Jesus é pai. O pai bonzinho, geralmente não educa seus filhos, como o professor bonzinho, aprova mas não ensina. Jesus expulsou os vendilhões com chicote em riste, chamou S. Pedro de "Satanás e sepulcro caiado", disse que veio trazer a espada. Está tudo lá na Bíblia. É chamada a ira santa de Jesus.

Ele também disse: "Quem quiser se salvar, pegue cada um a sua cruz e siga-me". Porém nós não queremos ter cruzes. A qualquer sacrifício nós achamos que a Igreja não tem que se meter, a vida é minha, isto eu não posso fazer e lá vem a ladainha de novo.

Nunca devemos confundir o "ser bonzinho" com a bondade, pois àquela se interpõe a justiça. E justiça nos fala em réu, absolvição e condenação, ou então não é justiça. Aqui como lá também há um código penal, que eu diria mais um código de amor; um amor a Deus e aos homens, por ele e só por ele, feito irmãos. Que Deus os abençoe.

Retornar