A g n u s D e i

ORDENS RELIGIOSAS

Nos primeiros tempos do Cristianismo, por volta dos séculos IV e V, em uma época em que o Império Romano já começava a demonstrar sinais visíveis da degradação moral e de costumes, homens e mulheres piedosos, rompendo com a sociedade de sua época, retiraram-se das comunidades cristãs das cidades e partiram para o deserto, em busca de um local mais tranquilo para orar e adorar a Deus.

No início, essa gente, que desejava levar uma vida cristã literalmente excêntrica, formava apenas um pequeno grupo: Antão, Macário, Hilarião, Agatão, Arsênio e alguns outros. Muito rápido o seu gênero austero de vida assombrou e atraiu. Juntaram-se a eles discípulos que provinham de toda a parte. Em alguns decênios, as cabanas e as grutas nas quais tinham se instalado os primeiros eremitas começaram a se constituir em verdadeiras colônias monásticas, tal o número de pessoas que atraíam para partilhar de sua vida.

A princípio essas comunidades não possuíam uma regra determinada, mas seguiam os preceitos e recomendações de seus fundadores ou orientadores espirituais. Mais tarde, alguns santos homens elaboraram regras para a orientação de seus discípulos. Um grande incentivador e formador de mosteiros masculinos e femininos foi São Jerônimo, que no séc. IV, reunindo diversos adeptos, partiu para Belém, na Palestina, e fundou várias comunidades. Outros homens fundaram diversas outras ordens religiosas, como São Bento de Núrsia, Santo Agostinho de Hipona, São Domingos e São Francisco de Assis, cujos mosteiros e conventos permanecem até hoje como centros propagadores da cultura e fé católica.

Atualmente, centenas de congregações religiosas, inspiradas nas regras de diversas ordens, abrigam homens e mulheres dedicados aos mais variados afazeres: oração, trabalho manual, ensino, saúde, caridade, amparo aos pobres, idosos e crianças abandonadas, etc...

Nas comunidades religiosas, os membros são chamados de irmãos. Os termos frei, frade e freira significam irmão ou irmã. O abade, palavra que significa pai, é a figura mais importante num mosteiro masculino, enquanto que a madre superiora o é em um convento feminino. Muitas dessas comunidades ainda hoje conservam a liturgia e os costumes da época em que foram fundadas, como o canto gregoriano, o uso do hábito monástico, as orações ao longo do dia, etc...

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