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O SANTO SUDÁRIO
Autor: Paulino Brancato Junior
Fonte: Revista "Família Cristã" (nºs 745 a 748)/Lista "Debate-Ictis"
Transmissão: Carlos Martins Nabeto

I. RELÍQUIA VALIOSA

O papa Paulo VI o definiu como "o ícone da Paixão". Ao confirmar a data da exposição [18/04 a 14/06/1998], o cardeal-arcebispo Giovane Saldarini, curador pontifício do Sudário decarou: "Queira nosso Salvador, que nos deu um sinal tão comovente da sua imolação e de seu amor, conceder a quantos contemplarem a imagem do Sudário ou empreenderem peregrinações receber os frutos da fé autêntica e conversão eficaz".

Segundo a narrativa dos evangelhos, José de Arimatéia, ajudado por Nicodemos, depois de pedir permissão a Pilatos, descravou o corpo de Jesus da cruz, untou-o com mirra e aloés para retardar a necrose, enrolou-o no Sudário e o colocou num túmulo novo cavado na rocha.

Muitas evidências [...] levam a crer que o Sudário de Turim seja o mesmo que aparece nos evangelhos envolvendo o corpo de Jesus. Trata-se de um lençol de linho branco de 4,36 m de comprimento por 1,10 m de largura. A cor do tecido, originalmente branca, está amarelada pelo tempo e chamuscada por dois incêndios. Um deles, acontecido em 1532 na cidade francesa de Chanberry, produziu doze buracos no tecido, que foram, em parte, remendados pelas Irmãs Clarissas em 1534, a pedido de São Carlos Borromeo.

Impressa no tecido, aparece a imagem de corpo inteiro, de frente e de costas, de um homem com 1,83 m de altura e pesando aproximadamente 81 kg. Essa imagem humana está estranhamente em negativo e contém todas as marcas da Paixão de Jesus Cristo.

Dois grandes desafios devem ser respondidos pela Ciência: será o homem do Sudário o mesmo Jesus Cristo dos evangelhos? Como foram impressas as marcas de seu corpo na mortalha de linho, dois mil anos atrás, num túmulo da cidade de Jerusalém?

Como se vê, o Sudário não é assunto de fé. Cabe à Ciência comprovar se ele é verdadeiro ou não. O resultado de cem anos de pesquisas aponta muitas evidências científicas a favor da sua veracidade. Até agora, o mais difícil tem sido provar que ele é falso. A Igreja aguarda com grande interesse a conclusão desses estudos para se pronunciar oficialmente.

Um Pouco de História - O Sudário cuja história é cheia de mistérios, está guardado hoje numa caixa de prata de 1,50 m de comprimento por 38 cm de largura e altura. O dr. Ian Wilson, um dos maiores estudiosos do assunto, apresenta uma teoria curiosa e bem documentada. Segundo ele, como a lei judaica proibia qualquer contato pessoal com objetos que houvessem tocado num cadáver , durante muito tempo os discípulos de Jesus apresentaram o Sudário dobrado, sem revelar o que realmente era, mostrando somente a parte em que se vê a face de Cristo.

Nasceu assim a história da Verônica, nome derivado do grego "vera icon" (=verdadeira semelhança). De fato, a mulher que, na subida do Calvário, teria enxugado o rosto de Cristo com um lenço, onde teria ficado gravado o seu rosto, não aparece nos evangelhos.

Em 1025, surgem as primeiras representações de Cristo morto, deitado na mesma posição em que aparece no Sudário. Até então, as cenas do sepultamento mostravam Cristo envolvido de modo semelhante às múmias.

No ano de 1036, registra-se que o Sudário era carregado em procissão pelas ruas de Constantinopla. Em 1204, esta cidade é tomada pelos Cruzados. Roberto de Clary, chefe da Cruzada que a tomou, escreve: "Entre os antigos monastérios, havia o de Santa Maria de Blakerne, onde estava a Sindone que envolveu o corpo do Senhor, a qual toda sexta-feira se expunha dependurada de forma que se podia ver a figura de nosso Senhor. Mas ninguém, nem gregos, nem franceses, sabe onde ela foi parar, por fim, quando a cidade foi tomada".

Ian Wilson afirma que o Sudário, junto a outras relíquias saqueadas, fora guardada sigilosamente pelos Templários, nobres encarregados pelo papa de proteger as propriedades da Igreja. Eles formavam uma sociedade secreta e em suas cerimônias veneravam um estranho "ídolo" representando a cabeça de um homem com barba. Os iniciados eram deitados no chão e os chefes levantavam sua cabeça rapidamente, para que vissem, por instantes, a face do Senhor. Certamente o Sudário dobrado. Tudo numa atmosfera de mistério.

Esses fatos, fartamente documentados, comprovam a existência do Sudário em registros anteriores à data entre 1260 e 1390, período em que o discutido teste de carbono-14 diz ter sido ele "pintado".

O Sudário é exibido publicamente na Diocese de Lirey, em 1353, por Goffredo I di Charny (França), descendente de Roberto de Clary e cavaleiro Templário. Em 1453, sua descendente, Margherita di Charny, cede a posse da relíquia ao duque Luís di Savóia, da família real italiana. O rei da Itália, ao morrer em 1983, deixou-o em testamento à Santa Sé.

II. DESAFIOS PARA A CIÊNCIA

O homem do Sudário seria, realmente, o Cristo de quem falam os evangelhos? Como ficaram gravadas as marcas de seu corpo inteiro num lençol mortuário?

Cientistas, universidades, laboratórios e especialistas das mais diversas matérias têm tentado responder a essas perguntas. Mas só a partir das pesquisas do prof. Pierre Barbet, há cem anos, foi que o lençol de Turim passou a ser estudado com rigor científico. Barbet, médico e professor de Medicina Legal, estudou a morte de Cristo com as técnicas que empregava normalmente na necrópsia de cadáveres. Sua maior descoberta: um crucificado não poderia ter sido pregado com cravos pelas palmas das mãos; nessa região, não existe suporte ósseo suficiente; a carne se resgaria e o corpo cairia.

Documentos romanos da época dão conta de que os carrascos não empregavam cordas para sustentar o peso dos corpos. Somente cravos. Estudando exaustivamente o assunto, Barbet chegou à conclusão de que, na região das mãos, o único lugar capaz de sustentar um corpo cravado era o pulso. Espantosamente, no Sudário, nota-se que a marca dos cravos das mãos não está nas palmas, mas nos pulsos, na região chamada "espaço de Destor", contrariando a maioria de pintores e escultores de todas as épocas.

Outras incríveis coincidências que permitem identificar o homem do Sudário com Jesus Cristo:

Imagens impossíveis de se reproduzir - Em 1978, quarenta cientistas norte-americanos, junto com a NASA (agência espacial dos Estados Unidos), realizaram um exaustivo estudo no Sudário de Turim. Quatro anos depois, em relatório oficial, eles afirmaram sua convicção de que o Sudário era verdadeiro. Vejamos algumas conclusões a que chegaram aqueles cientistas:

  • Imagem superficial: somente a superfície do tecido é que apresenta a imagem do homem do Sudário. As várias manchas de sangue, no entanto, embeberam os fios do tecido, passando, também, para o outro lado da peça.

  • Imagem indelével: em 1500, o tecido foi fervido em óleo e sabão durante duas horas. A imagem permaneceu inalterada.

  • Ausência de corante: examinado ao microscópio eletrônico, não aparece qualquer sinal de pintura no Sudário.

  • Imagem negativa: a idéia do negativo só é conhecida depois da invenção da fotografia, no final do século passado [séc. XIX]. Isso exclui por completo a hipótese de o Santo Sudário ter sido uma pintura do séc. XIII.

  • Imagem tridimensional: a imagem do Sudário aparece em três dimensões, em computadores especiais da NASA. É caso único no mundo.

  • Sangue humano: em 1981, o cientista Baima Balone conseguiu demonstrar que o Sudário tinha manchas de verdadeiro sangue humano do grupo AB. Descoberta que foi também confirmada pelo dr. John H. Heller, cientista ateu e uma das maiores autoridades norte-americanas em hematologia.

  • Imagem esfumada: a imagem impressa no lençol não tem contornos definidos. Onde o tecido estava mais próximo ao corpo, ela é mais escura. Sobre essa imagem, Jumper e Jackson, dois cientistas da NASA, fizeram uma descoberta espetacular: quando jogaram a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, os americanos fotografaram as marcas deixadas pelos corpos desintegrados. Essas fotos continham imagens semelhantes à do Sudário! Dessa observação nasceu a teoria, hoje aceita pelos cientistas das NASA, de que o corpo de Cristo se desintegrou dentro do lençol. A desintegração atômica gerou calor e luz; esse calor chamuscou o tecido, gravando nele a figura do corpo desintegrado. Como poderia um corpo humano, dentro de um túmulo em Jerusalém, há dois mil anos, desintegrar-se atomicamente? Mais um grande mistério a ser desvendado pela Ciência.

Para nós, cristãos, parece que Jesus quis deixar-nos sua "fotografia", de corpo inteiro, de frente e de costas, com todas as marcas da Paixão.

III. O TESTE POLÊMICO

Em 1988, os laboratórios da Universidade do Arizona (EUA), da Universidade de Oxford (Inglaterra) e do Instituto Politécnico de Zurique (Suiça), depois de realizarem testes de datação pelo método do carbono-14 (C14), declararam que o Sudário de Turim era uma peça medieval, confeccionada entre 1260 e 1390. Essa conclusão negava a possibilidade de aquela peça ser o lençol que envolveu o corpo de Cristo no seu sepultamento, como até então se admitia.

A notícia causou surpresa nas comunidades científicas do mundo todo e muitos pesquisadores começaram a contestar a validade dos testes. Em 1990, o jornalista italiano Orazio Petrosillo e a coordenadora do Centro Internacional de Documentação Pró-Sudário, Emanuela Marinelli, depois de investigações minuciosas, editaram o livro "La Sindone: un enigma alla prova della scienza", revelando fatos que, apoiados em documentação rigorosa, evidenciam imprecisões, se não fraudes, nas pesquisas feitas pelos laboratórios citados.

O cientista Luigi Gonella, assessor da Cúria Episcopal de Turim e diretor da sala de imprensa do Vaticano, levantou a hipótese de haver um complô anticatólico, e a Secretaria de Estado do Vaticano autorizou imediatamente a abertura de um inquérito.

Em 1984, os técnicos da NASA, comandando quarenta renomados cientistas, haviam proposto a realização de testes de C14, que deveriam ser feitos por sete laboratórios altamente especializados e empregando dois tipos diferentes de teste. Estranhamente, outros cientistas se juntaram para impedir a realização desse projeto e exigiram que os testes fossem feitos apenas por três laboratórios da sua escolha, com tipos iguais de teste.

O prof. Luigi Gonella aceitou as condições para o teste: "A Igreja viu-se diante de um desafio lançado por algumas pessoas que, com seus pedidos, fizeram o possível para receber uma resposta negativa e dizer que a Igreja tem medo da Ciência. Diante desse perigo, decidiu-se proceder ao exame a todo custo. Encostaram-nos na parede com uma chantagem: ou aceitávamos o teste nas condições impostas por eles ou começariam uma campanha acusando a Igreja de temer a verdade e ser inimiga da Ciência. Os laboratórios comportaram-se muito mal, protesto contra eles, em vista da sua falta de idoneidade no campo deontológico. Protesto também pela maneira infame como se conduziram. Já disse a eles que são mafiosos".

Segundo apuraram Orazio Petrosillo e Emanuela Marinelli, o coordenador do projeto, dr. Michael Tite, do Museu Britânico, pediu a Jacques Evin que providenciasse um tecido da Idade Média, o mais semelhante possível ao Sudário. Evin suborna o sacristão e consegue obter um fragmento da capa de São Luís de Anjou (1274-1297).

Esse pedaço foi cortado em três fragmentos e entregue aos laboratórios para serem datados "juntamente" com as amostras do Sudário.

Neste ponto, uma troca de tecidos fica evidente quando Giovanni Riggi, que cortou o Sudário para a retirada das amostras, declarou que elas pesavam 540 mg e no filme que documenta essa operação vê-se uma balança que assinala 478,1 mg. O peso do material analisado é fundamental no resultado do teste. Além disso, o especialista em tecidos, Franco Testore, afirmou que o pedaço retirado media 12,96 cm quadrados, o que daria 298 mg, quase a metade anunciada por Riggi.

Há muitos interesses escusos na execução de um projeto dessa magnitude. Os laboratórios que fazem datação por C14 são instituições comerciais que cobram verdadeiras fortunas pelos seus testes, fazendo tudo para se promover mundialmente.

O próprio Museu Britânico, que coordenou o projeto, escolheu os laboratórios e pagou as despesas, nunca escondeu seu interesse em ser proprietário do Sudário. Essa possibilidade só aconteceria se o Sudário fosse declarado falso. Depois de adquirido pelo museu, seria declarado verdadeiro, num segundo teste. Os fatos seguintes dão veracidade a essas hipóteses:

  • Quem representou o Museu Britânico nos testes foi o dr. Michael Tite e quem dirigiu o projeto foi o prof. Edward Hall, de Oxford. Segundo o jornal Daily Telegraph, de Londres, na edição de 25/03/1989, quarenta e cinco homens de negócios e "amigos ricos" ofertaram a Edward Hall um milhão de libras esterlinas por seus serviços, especialmente por ter "demonstrado que o Sudário de Turim era uma falsificação medieval".

  • Ainda segundo o jornal, Edward Hall declarou que usará o dinheiro para criar, em Oxford, uma nova cátedra de arqueologia, em benefício do dr. Michel Tite, do Museu Britânico.

A comunidade científica do mundo inteiro pediu explicações a esses dois senhores. No Encontro de Homens de Ciência, em Paris, eles tentaram em vão se defender; foram somente sarcásticos e debochados. Além disso, nunca apresentaram os relatórios à comunidade científica, descrevendo em detalhes a execução dos testes, como é praxe. Não há um relatório oficial assinado.

Por tudo isso, constata-se que o teste de C14, realizado em 1988, carece de valor demonstrativo. O card. Saldarini já anunciou que, por ordem do papa João Paulo II, o Sudário será submetido a novos e confiáveis testes de C14.

IV. DESAFIANDO A CIÊNCIA

Como todos sabem, as plantas liberam grande quantidade de pólens que, transportados pelo vento, fecundam outras plantas dotadas de órgãos reprodutores expostos. Os grãos que não cumprem tal função podem permanecer espalhados pelo solo ou sobre qualquer outra superfície, na proporção de milhões de unidades por metro quadrado. Cada tipo de pólen corresponde a um tipo de planta.

Essa breve aula de botânica basta para explicar uma experiência realizada em 1973 pelo cientista suiço Max Frei. Pressionando fitas adesivas sobre o Sudário de Turim, o dr. Max recolheu 57 tipos de pólens, todos correspondentes a plantas de locais onde o tecido foi exposto. Sua descoberta: oito dessas plantas, já extintas, existiam apenas no tempo de Cristo, na Palestina: "Alguns tipos de plantas, cujo pólen localizei, já se extingüiram. Sua presença, no passado, precisamente nos tempos de Cristo, é confirmada pelos fósseis que encontrei no lodo do Mar Morto" - afirmou o cientista em entrevista ao jornal Gazzetta del Popolo.

Amparado por sua descoberta, o dr. Max, que se diz ateu, não crê que o Sudário seja falso: "Posto que esse tecido está sob controle há pelo menos cinco séculos, a falsificação teria sido perpetrada durante a Idade Média. Mas, naquele tempo, o estudo do pólen era desconhecido. Se um falsário qualquer tivesse procurado um pedaço de linho na Palestina, impregnado de pólen daquela parte do mundo, seguramente não teria feito vir o pó da Anatólia, de Constantinopla, da Europa Central e da Europa Ocidental, também encontrados por mim no Sudário. Isso exclui qualquer possibilidade de falsificação" - declarou o cientista em 1981, em Bolonha (Itália).

Radiação Misteriosa - Cinco anos após a experiência do dr. Max, o Sudário voltou a desafiar a Ciência. Em 1978, cientistas da NASA realizaram o maior e o mais sofisticado estudo interdisciplinar sobre o Sudário. Intitulado "Sturp", abreviação em inglês para "Pesquisa da Mortalha de Turim", o trabalho exigiu 40 toneladas de aparelhos, 120 horas de coleta de material e medições, 100 mil horas de estudo posterior e 600 horas de observação ao microscópio. O material analisado era composto por 30 amostras de 5 centímetros quadrados e 300 fibras do tecido do Sudário.

Depois desse exaustivo trabalho, os cientistas concluíram que a imagem do homem do Sudário foi causada por uma radiação calórico-luminosa, especial e instantânea. Saída do corpo do homem, essa radiação chamuscou ligeira e superficialmente as pontas das fibras do tecido. Os cientistas, porém, não se pronunciaram sobre esse tipo de radiação nem entraram no campo religioso. Apesar disso, o coordenador do projeto, dr. D'Muhala, admitiu que todos os envolvidos nele pensaram em um homem: Jesus Cristo.

Outras pesquisas sobre o tecido têm, como partida, fatos narrados nos evangelhos. Segundo o texto de São João mesmo, o corpo de Jesus, ao ser envolvido "em panos de linhos", foi untado por mirra e aloés, substâncias aromáticas cujas funções eras as de retardar a necrose e disfarçar o odor desagradável do corpo. Pois um estudo da fluorescência da imagem do Sudário confirma: o homem estampado nele foi envolto em aromas de aloés e mirra.

A presença dessas substâncias foi detectada quando o Sudário foi iluminado com uma luz ultravioleta. Os cientistas notaram que a tonalidade bronzeada de certas partes se tornou dourada, o que é um indício da presença de aloés. Eles também perceberam a presença de manchas escuras, próprias daquelas deixadas pelos aloés e pela mirra, na parte inferior das pernas da imagem do homem e nas marcas deixadas pelo incêndio que o tecido passou, em 1532. Tanto o aloés como a mirra são sensíveis ao calor.

Prova dos Sete - De modo geral, cientistas determinam o grau de probabilidade de uma teoria se confirmar, na prática, através de um cálculo matemático baseado em sete questionamentos. Se o leitor chegou até aqui, vale a pena conhecê-lo para saber, através dele, que a probabilidade de o homem do Sudário ser Jesus é muito mais alta do qua a de não ser:

  1. O homem do Sudário teve, como Jesus, um lençol como mortalha. Admitindo que de cada três condenados apenas um foi envolto em um lençol, temos uma probabilidade em três, ou 1/3.

  2. O crucificado que foi envolvido no Sudário, como Jesus, permaneceu pouco tempo nesse lençol. Quantos condenados tiveram um lençol por mortalha para, pouco depois, tirá-lo? Digamos 1 entre 20, ou seja, 1/20.

  3. O homem do Sudário foi separado do tecido com uma técnica misteriosa, que não o borrou com manchas de sangue. Com quantos condenados isso ocorreu? Vamos dizer 1 em 50, isto é, 1/50.

  4. O crucificado, como Jesus, foi pregado na cruz com cravos. Como a maioria dos condenados naquela época era amarrada à cruz, fiquemos, então, com 2 probabilidades em cada 3, ou 2/3.

  5. A cabeça do crucificado apresenta ferimentos de uma coroa de espinhos. Quantos condenados teriam recebido essa zombaria dos romanos? Digamos 1 em 1000, ou seja, 1/1000.

  6. O homem do Sudário recebeu uma lançada no peito. Depois de mortos quantos condenados tiveram igual sorte? Digamos 1 em 5, ou 1/5.

  7. O crucificado tem as feições serenas que todos reconhecem como a de Jesus. Quantos condenados, depois de suplícios violentos, teriam face assim? Digamos 1 em cada 10 mil, isto é, 1/10.000.

Calculemos, agora, a probabilidade de que estas sete circusntâncias se dêem simultaneamente em outro crucificado, que não Jesus. Temos, então, a multiplicação das probabilidades descritas acima (1/3 x 1/20 x 1/50 x 2/3 x 1/1000 x 1/5 x 1/10.000), onde se obtêm o número 1/225 bilhões. Isso significa que, se no mundo existissem 225 bilhões de crucificados - o que é um absurdo - haveria somente 1 possibilidade de o homem do Sudário não ser Jesus!