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Apenas com um chefe visível, infalível, se pode cumprir a unidade do "corpo místico de Cristo".
Nas Sagradas Escrituras, é só folhear os Atos dos Apóstolos e verificar o crescimento da Igreja (a mesma e una) desde o
início até os dias de hoje.
A Igreja cresceu rápida, veloz, ao ponto que S. Paulo pôde compará-la com "um edifício vastíssimo, tendo os apóstolos
por alicerce e Cristo como pedra angular" (Ef. 2, 20).
Tertuliano se atrevia a escrever no seu Apologético, dirigido ao imperador romano: "Somos de ontem, e já enchemos as
cidades, as ilhas, os castelos, os acampamentos, as aldeias e os campos; só deixamos vazios os vossos templos. Se nos
retirássem, o Império ficaria deserto".
A Igreja de Cristo vai crescendo e se espalhando, "multitudo ingens"- diz Tácito, falando do tempo de Nero (Anais 15, 44) -
formando uma "imensa multidão", até que, afinal, dominando e vencendo a tirania dos imperadores pagãos, logre o
reconhecimento oficial, com o reinado de Constantino Magno, primeiro imperador cristão.
Foi nesse tempo, em 325, que se reuniu o primeiro concílio dos bispos católicos, em Nicéia, ao qual compareceram 318
bispos, sob a presidência de Ósio, bispo de Córdova, assistido de dois legados do Papa (de Roma), S. Sivestre.
Portanto, a História e a Bíblia são claras ao narrar a expansão da mesma Igreja, fundada por Nosso Senhor sobre S. Pedro,
em unidade.
O próprio fato de S. Paulo ter procurado a unidade na questão da circuncisão deixa patente a existência de uma Igreja una.
No concílio que decidiu essa questão, em Jerusalém, foi S. Pedro quem falou primeiro e quem deu a última palavra sobre a
questão: "Então toda a assembléia silenciou" (At 15, 7-12), obedecendo ao Chefe do Colégio Apostólico.