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O inferno longe de ser incompatível com a santidade de Deus, resulta precisamente do fato de que Deus ama a criatura e a ama sem poder retirar-lhe o seu amor (2Tm 2,11-13).
Sim, precisamente porque Deus ama, e ama irreversivelmente, é que o réprobo no além pode verificar que Deus é o Sumo Bem, ao qual ele disse um NÃO voluntário e definitivo.
Se Deus retirasse seu amor e esquecesse o réprobo, este não sentiria dilaceração íntima (pois Deus não lhe seria mais o Sumo Bem), mas estaria voltado unicamente para os seus ídolos voluntariamente escolhidos. E, assim, não sofreria o inferno. O amor de Deus é consolador para o homem peregrino na terra, mas muito doloroso para quem lhe disse um NÃO definitivo.
Portanto, Deus não subtrai o amor pela criatura e, justamente por isso, é que dá ocasião a que o réprobo ressinta para todo o sempre a imensa tristeza de se ter incompatibilizado com esse amor, que o continua a sustentar e atrair.