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SALVAÇÃO = JUSTIFICAÇÃO + SANTIFICAÇÃO
Autor: d. Estevão Bettencourt
Fonte: Apostila "Escatologia" (Escola Mater Eclesiae)
Transmissão: Paulo Henrique Oliveira

A Justificação é o perdão de nossos pecados e o restabelecimento da nossa amizade com Deus. Fomos justificados pela crucificação de Jesus e, isto, independe de nossas obras. Para obtermos a justificação basta arrependermos de nossos pecados e fazer uma boa confissão.

No entanto, o pecado sempre deixa na alma resquícios de si e más inclinações. Quando o pecador se arrepende e confessa, o Pai sempre perdoa, mas o amor do pecador arrependido pode não ser suficiente para extinguir os resquícios do pecado. Quantas vezes, após uma confissão sincera e contrita, o cristão recai no pecado que acabou de confessar... Isto ocorre porque a raiz do pecado (que foi perdoado) permaneceu no seu íntimo. A raiz do pecado só é extirpada conforme for se tornando mais intenso o amor à Deus no íntimo do cristão.

A intensificação do amor à Deus que vai eliminando as raízes dos pecados em nosso interior é o que chamamos de Santificação, pela qual vamos nos tornando perfeitos. A Santificação é obra que o Espírito Santo opera em nós.

Os atos penitenciais como obras de expiação, obras de caridade, reparação de um mal feito ao próximo, mortificação de um pecado interno (pensamento ou desejo) visando restaurar a ordem em seu íntimo e o Purgatório são formas do cristão despertar e fortalecer o amor à Deus em seu íntimo, cooperando com o Espírito Santo na sua santificação. Uma vez justificado, o cristão deve buscar a santificação. Por isso após a confissão, sempre nos é "receitado" uma penitência.

Portanto, a fé justifica mas não santifica e as obras de caridade e penitenciais nos santificam, mas não nos justificam. Só se alcança o Reino dos Céus mediante a Justificação e a Santificação.

Como consequência, aos evangélicos que só aceitam a Justificação pela fé, respodemos que "a fé sem obras é inútil, pois também os demônios crêem", e aos espíritas que só aceitam a santificação pelas obras respondemos que a amizade com Deus não se barganha com obras, e que jamais homem algum será tido como justo diante de Deus unicamente por seus próprios méritos.