»» Apologética |
Os sete pecados capitais denominam-se dessa forma por
originarem outros pecados.
No século IV, são Gregório Magno e são João Cassiano
definiram-nos como sete: orgulho, avareza, inveja,
ira, luxúria, gula e preguiça. Até hoje na Igreja
existe um consenso doutrinal sobre essa classificação.
No cotidiano, o católico pode lembrar desses pecados
no exame de consciência que faz ao preparar-se para o
sacramento da confissão. Eles servem de fonte de
identificação para o defeito dominante que determina
os outros, chamado de pecado hegemônico.
Os pecados capitais vão além do nível individual.
Iniciando no coração da pessoa, eles concentram-se em
determinados ambientes, instalando-se em determinadas
instituições. A corrupção que vigora no Congresso
Nacional e na Presidência da República pode ser
identificada com a avareza, que aniquila o interesse
generoso e correto para o desenvolvimento e os
cidadãos da nação, em prol de benefícios financeiros
próprios. Na realidade urbana, o aumento da violência
relaciona-se à ira e à gula, esta representada pelo
uso de drogas.
São Pedro alerta aos primeiros cristãos: “vigiai e
sede sóbrios”, fortalecendo o espírito a fim de evitar
que os pecados capitais tomem conta da vida das
pessoas. “Estudar e entender os pecados capitais é um
grande proveito para o progresso espiritual e
santidade do católico”, afirma Pe. Roberto Paz,
assessor de comunicação da Arquidiocese de Porto
Alegre. Segundo ele isso acontece quando a pessoa
volta-se para práticas penitencias que levam às
virtudes dos cristãos.
“Sem humildade ninguém incorpora nenhuma virtude”,
afirma o sacerdote. Ele lembra santa Teresa D’Ávila
que considerava a humildade como o chão das virtudes.
“Qualquer virtude sem humildade cai, pois fica no ar
sem ter em que se prender, assim ela não cresce, tão
pouco se desenvolve.”
Na vida dos santos encontram-se inúmeras atitudes de
humildade. São Francisco de Assis, por exemplo,
possuía um desprendimento tão grande que chamava a
pobreza de irmã. Caso encontrasse pelo caminho alguém
com uma veste em piores condições que a roupa que
usava, não hesitava um segundo em trocá-la com seu
próximo mais carente.