PROVAS HISTÓRICAS DA EXISTÊNCIA DE CRISTO
Autor: Bruno Valadão
Fonte: Lista "Tradição Católica"
Documentos que comprovam a existência de Jesus Cristo:
- Documentos de escritores romanos (110-120):
- Tácito por volta do ano 116, falando do incêndio de
Roma que aconteceu no ano 64, apresenta uma notícia
exata sobre Jesus, embora curta:
"Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr
fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz,
Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais
horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas,
que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes
de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi
condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos.
Esta seita perniciosa, reprimida a princípio,
expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha
a sua origem, mas na própria cidade de Roma" (Anais
XV,44).
- Plínio o Jovem, Governador romano da Bitínia (Asia
Menor), escreveu ao imperador Trajano, em 112:
"...os cristãos estavam habituados a se reunir em dia
determinado, antes do nascer do sol, e cantar um
cântico a Cristo, que eles tinham como Deus"
(Epístolas, I.X 96).
- Suetônio, no ano 120, referindo-se ao reinado do
imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este
“expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de
Chrestós (forma grega equivalente a Christós), se
haviam tornado causa frequente de tumultos” (Vita
Claudii, XXV). Esta informação coincide com o relato de Atos 18,2
(“Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de
Roma”); esta expulsão ocorre por volta do ano 49/50.
Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse
em Roma, provocando as desordens.
- Documentos Judaicos:
- O Talmud dos judeus apresentam passagens referentes
a Jesus. Coletânea de leis e comentários históricos
dos rabinos judeus posteriores a Jesus. Combatem Jesus
histórico:
"Na véspera da Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de
Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente
dele, clamava: "Merece ser lapidado, porque exerceu a
magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver
algo para o justificar venha proferí-lo!" Nada, porém
se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no
à haste na véspera da Páscoa." (Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia).
- Flávio Josefo, historiador judeu (37-95), escreveu:
"Por essa época apareceu Jesus, homem sábio, se é que
há lugar para o chamarmos homem. Porque Ele realizou
coisas maravilhosas, foi o mestre daqueles que recebem
com júbilo a verdade, e arrastou muitos judeus e
gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos príncipes
da nossa nação, Pilatos condenou-o ao suplício da
Cruz, mas os seus fiéis não renunciaram ao amor por
Ele, porque ao terceiro dia ele lhes apareceu
ressuscitado, como o anunciaram os divinos profetas
juntamente com mil outros prodígios a seu respeito.
Ainda hoje subsiste o grupo que, por sua causa,
recebeu o nome de cristãos" (Antiguidades Judaicas,
XVIII, 63a).
- Documentos Cristãos:
- Os Evangelhos: narram detalhes históricos,
geográficos, políticos e religiosos da Palestina.
São Lucas, que não era apóstolo e nem judeu, fala dos
imperadores Cesar Augusto, Tibério; cita os
governadores da Palestina: Pôncio Pilatos, Herodes,
Filipe, Lisânias, Anás e Caifás (Lc 2,1;3,1s);
São Mateus e São Marcos falam dos partidos políticos
dos fariseus, herodianos, saduceus (Mt 22,23; Mc 3,6);
São João cita detalhes do Templo: a piscina de Betesda
(Jo 5,2), o Lithóstrotos ou Gábala (Jo 19, 13), e
muitas outras coisas reais.
- Outros argumentos:
- Os apóstolos e os evangelistas não podiam mentir.
- Os apóstolos e evangelistas nunca teriam inventado
um Messias do tipo de Jesus: Deus-homem, crucificado
(escândalo para os judeus e loucura para os gregos -
(1Cor1,23).
- Os relatos dos Evangelhos mostram um Jesus bem
diferente do modelo do Messias “libertador político”
que os judeus aguardavam.
- Homens rudes da Galiléia não teriam condições de
forjar um Jesus tão sábio, santo, inteligente,
desconcertante...
- A doutrina que Jesus pregava era de díficil vivência.
O romano Tácito, classificava o cristianismo como "desoladora
superstição”, e Minúcio Felix, falava de doutrina indigna dos gregos e
romanos.
- O zelo da Igreja pela verdade - rejeitou textos
apócrifos.
- Será que poderia um mito ter vencido o poderosíssimo Império
Romano?
- Será que um mito poderia sustentar os cristãos
diante de 250 anos de martírios e perseguições?
Tertuliano (†220), de Cartago : “o sangue dos mártires
era semente de novos cristãos”.
- Será que um mito poderia provocar tantas conversões?
- No século III já haviam cerca de 1500 sedes
episcopais.
- Será que um mito poderia sustentar uma Igreja, que
começou com doze homens simples, e que já tem 2000
anos; já teve 264 Papas, tem hoje mais de 4000 bispos
e 410 mil sacerdotes?
Eis agora a conclusão de grande importância:
Se tudo isto que Jesus disse e acreditou, fosse
mentira, então ele seria um paranóico, um visionário,
um farsante, um delirante como tantos que já houve. Se
Jesus não acreditou no que dizia, ameaçando até de
perda eterna quem não cresse nele, então ele seria o
mais refinado vigarista, embusteiro e impostor, digno
de cadeia, pois o que ele ensinava e exigia era sério
demais para a vida das pessoas. Das duas uma, então,
ou Jesus era Deus, ou era um impostor, um louco
varrido.
Logo, Jesus não se enganou e nem enganou ninguém; era
de fato Deus encarnado, perante a lógica da própria
ciência racionalista.
“Quem dizem os homens que eu sou?...E vós, quem dizeis
quem eu sou?...Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
(Mt 16,14-16) .