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SANTOS CASADOS
Autor: d. Estevão Bettencourt
Fonte: Revista "Pergunte e Responderemos" - ago./97
Transmissão: Antonio Xisto Arruda

Alguém, percorrendo o catálogo dos Santos, colheu a impressão de que nele só existem padres e freiras e que a santidade não é possível senão nos conventos ou nas fileiras clericais. Enganar-se-ia quem assim pensasse.

Antes do mais, convém citar o Catecismo da Igreja Católica, que em seu nº 2.360, diz o seguinte:

Donde se vê que o matrimônio abençoado por Deus é um estado de vida que santifica os cônjuges. Deus concede aos esposos a graça necessária para que, atendendo aos afazeres e compromissos respectivos, mais e mais se unam ao Senhor e cheguem à perfeição cristã.

A própria história atesta que houve Santos e Santas, de grande vulto, também entre as pessoas casadas. Um exame atento do catálogo dos Santos dissipa a impressão contrária. Eis alguns nomes dentre os vários que poderiam ser citados:

O Concílio do Vaticano II, ainda uma vez, há poucos decênios (1965), lembrava a vocação de todos os cristãos à santidade, removendo a impressão de que somente em alguns estados de vida se pode chegar à perfeição cristã:

    "É evidente que todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade" (Lumen Gentium nº 40).

    "Todos os fiéis cristãos, nas condições, tarefas ou circunstâncias de sua vida, e através disso tudo, dia a dia mais se santificarão, se com fé tudo aceitarem da mão do Pai celeste e cooperarem com a vontade divina, manifestando a todos, no próprio serviço temporal, a caridade com que Deus amou o mundo" (ib. nº 41).

    "Todos os fiéis cristãos são convidados e obrigados a procurar a santidade e a perfeição do próprio estado" (ib. nº 42).