A ANUNCIAÇÃO
Autor: fr. Frank Pavone
Fonte: Lista "Tradição Católica"
Transmissão: Sandra Katzman
- A Anunciação à Maria inaugura "a plenitude dos tempos", o tempo do cumprimento das
promessas e preparações de Deus. Maria foi convidada a conceber aquele que habitará
"corporalmente a plenitude da divindade" (Catecismo da Igreja Catolica, 484). Esta solenidade
marca o momento quando o próprio Deus começou a redimir o nascituro - e todos nós que um dia
fomos nascituros - transformando-se em um. Jamais um nascituro pode ser considerado muito
pequeno para ser insignificante ou para possuir direitos, pois o próprio Deus foi pequeno.
- Aquela que aceitou a "Vida" em nome de todos e pelo bem de todos foi Maria, a Virgem Mãe,
assim, ela está associada mais intimamente e pessoalmente como o Evangelho da Vida. O consentimento de Maria na Anunciação e sua maternidade estão bem no começo do mistério da vida que Cristo veio conceber em humanidade (cf. Jo 10,10). Pela sua aceitação e cuidado amoroso pela vida do Verbo Encarnado, a vida humana foi resgatada da condenação à morte final e eterna". (Evangelium Vitae, 102).
A Anunciação conduz ao reino da vida no qual encontramos a vitória final sobre as forças da morte em nós e em nosso mundo.
- O "sim" dito no dia da Anunciação encontra maturidade total no dia da Cruz, quando chega o tempo de Maria receber e tomar como seus filhos todos aqueles que se tornam discípulos" (Evangelium Vitae, 103).
Esta festa nos ensina a fecundidade da auto-doação. Maria disse "sim" a algo que era difícil, e continua com o "sim" até mesmo quando a aceitação do sofrimento é extrema. Isto é precisamente o oposto do comportamento que evita a responsabilidade - um comportamento que encontra seu ápice no aborto.
- A anunciação do anjo à Maria é emoldurada por estas palavras encorajadoras: "Não tenhas medo, Maria" e "pois para Deus nada é impossível" (Lc 1,30.37.) O papel da Virgem Mãe é na verdade difundido pela certeza de que Deus está ao seu lado e que ele a acompanha com seu cuidado providencial". (Evangelium Vitae, 105).
O que aconteceu na Anunciação supera o medo e o desespero que levam à violência. Se diz que o deus falso transforma sofrimento em violência, enquanto que o verdadeiro Deus transforma violência em sofrimento. Maria, no seu "sim", dá coragem à todas as mães que sabem que ser mãe irá envolver algum tipo de sofrimento. Ela assegura-as de que elas não estão sozinhas. A comunidade cristã, seguindo o exemplo de Maria, acompanha estas mães em suas orações e em suas atividades de caridade, fornecendo alternativas para o aborto.