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A Bíblia - Sagrada Escritura - nos relata grandes revelações de Deus para a
humanidade, verdadeiras declarações de amor desse Deus para todos nós.
"Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-Se e tornar conhecido o
mistério de Sua bondade" ("Dei Verbum" 2).
No Antigo Testamento, por exemplo, revela-se através de Moisés (Ex 3),
confiando-lhe uma missão de libertação do seu povo amado, que se encontrava
escravo no Egito. Este povo liberta-se da escravidão ao ser conduzido
através da travessia do mar Vermelho (Ex 14.15,21) e das dificuldades
encontradas no deserto (Ex 15,22.18).
Deus constituiu Moisés para executar um plano de fuga daquela situação de
escravidão (Ex 12), onde, na data marcada, todas as famílias deveriam
realizar uma última refeição naquela terra onde eram escravos, estrangeiros
e peregrinos, comendo apressadamente carne assada no fogo, pães ázimos e
uvas amargas.
Estava assim instituída a Páscoa do Senhor!
Mas, com o passar do tempo, todas essas manifestações do amor de Deus foram
sendo esquecidas pelas novas gerações, e com isto, romperam-se alianças
antigas e o elo de ligação dos homens com Deus. Porém, num gesto supremo de
amor pela humanidade, Ele se revela plenamente para nós através da
encarnação de Jesus Cristo: Deus que se fez homem (Flp 2,5-11).
Estabelece, então, uma nova e eterna Aliança, onde Jesus Cristo é ao mesmo
tempo mediador e plenitude de toda a revelação (Mt 11,27; Jo 14,6).
Jesus Cristo nasce do ventre de Maria para conviver conosco, é Deus que
"passeia" no meio do seu povo, como bebezinho no presépio e na apresentação
ao templo, aos doze anos com os doutores, e depois então, já adulto, realiza
sinais e prodígios e fala conosco como um amigo e um irmão, trazendo a
Palavra da Salvação.
Realiza a missão que o Pai lhe confiou: estabelecer o caminho da Salvação -
a Ressurreição gloriosa - mas antes passando pela Paixão e Morte de Cruz. E
a morte de Jesus não é uma morte qualquer, ela significa o sangue da divina
realeza que é derramado para o erguimento de toda a humanidade.
É isto que nós católicos comemoramos na Semana Santa: primeiro, o respeito e
admiração pelo oferecimento de Jesus, que sofreu e morreu para nossa
salvação, e depois, a Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo, promessa que
nos é oferecida pela Graça de Deus - dom gratuito de Deus - esperando de
nós, em contrapartida, apenas o Credo da Fé.
A Páscoa é a nossa libertação da escravidão do pecado!