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A história da humanidade relata fatos que, analisados, traçando um paralelo,
faz o ser humano raciocinar e entender seus caminhos e descaminhos.
Platão em "A República" (v.II p. 105 a 109) fala do "Mito da Caverna",
diálogo ocorrido entre Sócrates, Glauco e Adimanto, relatando por parábola a
vida humana dentro de uma caverna num confronto entre a instrução e a
ignorância, a imaginação e a realidade, os degraus do aprendizado e o medo
do desconhecido, o mundo sensível e o mundo inteligível.
Como reflete uma negativa atividade humana, a drogadicção encaixa na conduta
humana expressada pelo "Mito da Caverna".
Primeiro, porque o ser humano correndo atrás das drogas psicotrópicas,
começa a cavar o seu próprio buraco, a sua própria caverna.
Acorrentado pelo vício, não enxerga a luz do sol, a luz divina, passando a
viver (ou sofrer) em plena escuridão das trevas.
Escravizado, não tem estímulo nem vontade para começar a caminhada, buscando
a saída pois, cada dia (ou noite) que passa a morte anunciada fica mais
próxima.
Com baixa-estima, não acredita que é possível sair dessa, voltar a ver o sol
que ilumina na mais tenebrosa noite, sentir os efeitos da vida saúdavel, da
luta do dia-a-dia, do "eu" mais "eu" se transformando em "nós".
Mas, a caverna é implacável... Afasta o ser humano do convívio social,
afeta sua aparência, muda completamente seus hábitos e sua personalidade,
estraga sua saúde, arrasa seus conceitos éticos e morais, transformando um
ser social num problema social.
A canção "Into the darkness" diz: "Na escuridão em breve mergulharás. Que
está fazendo? O que andarás pensando?
Todos os amigos tentaram avisá-lo de que alguns dos teus demônios anseiam
por puxá-lo para o fundo."
A Bíblia Sagrada, numa de suas passagens, relata: "Se estais nas trevas,
procurais a luz."
Com ajuda mútua, auxílio dos familiares, amigos, o ser humano vai eliminando
a cegueira da visão proporcionada pelas DROGAS.
Começa a enxergar o calor humano, a simplicidade de um orvalho caindo da
pétala de uma flor, das lágrimas escorrendo nos rostos felizes dos paisante
o milagre, a salvação de um filho ou uma filha, deixando assim, a morte
certa de lado, para a busca da vida.
No retorno para a vida podem ocorrer alguns tropeços, mas o ser humano
sempre "tropeça para frente", nunca para trás.
As drogas atingem diretamente a auto-estima do ser humano. Entregar-se aos
caprichos dela significa odiar a si mesmo, marcando um autêntico gol contra
a existência terrena.
Quem não gosta do seu próprio "ego" não gosta de ninguém. O jovem precisa se
espelhar em comportamentos que decididamente colaboram com o
aperfeiçoamento, amadurecimento e robustecimento de sua personalidade, não
cedendo, em hipótese alguma, aos encantos da serpente e aos papos furados
dos enganadores de plantão.
A ética comportamental e as relações interpessoais sadias fazem com que a
juventude pise em terreno sólido, preparando-se para a batalha da vida com
armaduras intransponíveis.
A sociedade deve olvidar todos os esforços buscando a prevenção primária
contra os malefícios das DROGAS.
As medidas devem ser direcionadas para cinco princípios básicos fundamentais
na prevenção, ou seja: o educacional, o social, o cultural, o econômico e o
espiritual.
Os pais devem sempre ter em mente o que diz o livro dos Provérbios(22,6):
"Instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não
se desviará dele." Na mesma linha de pensamento Pitágoras preleciona: "Educa
as crianças, para que não seja necessário castigar os adultos."
Não precisa exercer uma marcação cerrada na vida dos filhos. O importante é
sempre estar na hora certa, naquela hora em que o jovem precisa de apoio, de
compreensão e de afeto. Aí é o momento em que a ausência do apoio dá lugar
aos vendedores de ilusões, aproveitadores do vácuo aflorado no momento em
que o jovem vira presa fácil.
A partir disso, o caminho para a dependência é por demais rápido.
A perda da auto-estima leva o indivíduo à desagregação do seu próprio "eu",
traduzindo-se numa forma crônica e irresponsável de suicídio. Uma coisa é
morrer; outra, bem diferente, é se matar.
Viver em harmonia é fundamental, aumentando e solidificando a auto-estima,
mostrando para a sociedade que é de suma importância o engajamento desta na
luta por uma vida melhor, combatendo sempre o mal das DROGAS, esse mal que
corrói e dilacera aqueles que ousam andar por seus caminhos íngremes e
tortuosos. Caminhar sempre para frente, rumo a um ideal de vida.
Como frisou Holmes: "O importante não é o ponto onde vos encontrais, mas sim
a direção em que caminhais os vossos passos e a vida que vos propondes
seguir.
O ambiente que vos rodeia, o ponto de onde partistes e o trecho do caminho
já percorrido, não são tão importantes como a atitude mental com que vos
resolveis continuar a marcha e o rumo que haveis de dar."
Para sair da "Caverna das DROGAS" primeiro é preciso querer, ter força de
vontade e acreditar em si mesmo pois, tudo é possível com amparo "Daquele
que nos fortalece."