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O artigo de Gilda Cabral, militante feminista do Fórum de Mulheres do DF,
"Aborto - uma questão de escolha", publicado no Jornal de Brasília, edição
de 13.03.2001 merece algumas considerações.
A que escolha se refere? A escolha pela vida da criança por nascer? Não.
Quando organizações feministas dizem que o aborto é uma questão de escolha
discriminam a criança por nascer uma vez que defendem apenas o pretenso
direito da mãe matar seu próprio filho.
A origem dessa ideologia vamos encontrar nos estudos de purificação da raça
humana e na preocupação dos países ricos do norte que pretendem o domínio do
mundo. Os estudos desenvolvidos por Margareth Sanger, fundadora da Federação
Internacional de Planejamento Familiar (conhecida por sua sigla em inglês de
IPPF) e as experiências nazistas desenvolvidas na 2a. Guerra Mundial se
preocupavam com a melhoria da raça humana mediante a eliminação dos seres
inferiores, segundo sua classificação. Nesse caso afirmam o negro o mulato e
o pobre são sub-raças e só constituem um peso para a sociedade. Mais
recentemente o livro do cientista social Charles Murray "The Bell Curve",
comentado por VEJA (edição de 26.10.94, pág. 84-86) volta a defender essa
ideologia: "Os negros são intelectualmente inferiores aos brancos, e por
isso, menos vocacionados ao sucesso na vida"; "O correto seria investir no
aprimoramento da 'elite cognitiva', majoritariamente caucasiana, abençoada
por uma natureza superior".
Por outro lado, preocupados com o crescimento populacional e por isso
sentindo-se ameaçados, os países ricos liderados pelos Estados Unidos
impõem um rígido controle de população aos países pobre do sul. O principal
instrumento para esse controle é o aborto, segundo o Relatório Kissinger,
intitulado "Implicações do crescimento populacional para a segurança e os
interesses do Estados Unidos em redor do mundo". Nesse documento são
estabelecidas estratégias e recomendações para o controle de população.
Afirma o relatório que 'nenhum país reduziu sua população sem recorrer ao
aborto'.
Para implementar suas políticas esses grupos investem centenas de milhões de
dólares na distribuição de contracepção, ao treinamento de pessoal e à mídia
para a criação de uma mentalidade voltada para a redução de filhos, para a
aceitação da legalização do aborto. O Inventário dos Projetos de População,
publicado pelo Fundo de População da ONU, relaciona os projetos e
respectivos recursos para esse controle populacional. Para o Brasil, só
nestes últimos 5 anos foram , segundo essa publicação, investidos mais de
800 milhões de dólares nesses projetos, alguns voltados para a mudança da
legislação no que se refere a legalização do aborto. Esses recursos oriundos
de fundações e organizações internacionais são destinados às várias
organizações, principalmente às organizações feministas para a defesa do
aborto e sua legalização. As organizações feministas, muitas até de boa fé,
estão defendendo a legalização do aborto sem perceberem que estão servindo
aos interesses capitalistas e racistas de seus financiadores. Por outro
lado, notícias e artigos 'plantados' nos meios de comunicação são altamente
financiados pelos projetos de controle de população.
Além dos interesses racistas e políticos há de se considerar a indústria de
peças fetais para pesquisas e transplantes que, a cada dia, vem ganhando
terreno e será, segundo o Dr. Bernard Nathanson uma das maiores indústrias
nos próximos anos. Os interessados em tecidos fetais podem encomendar partes
do corpo de crianças abortadas que lhes serão entregues pelo DHL (SEDEX
internacional). Especificação e preço podem ser obtidos na [Internet].
O público precisa ser melhor informado sobre o que está por trás da
propaganda para legalizar o aborto. Mesmo as organizações feministas,
financiadas por fundações e instituições internacionais não estão bem
informadas sobre o assunto e a título de defender o direito da mulher querem
negar-lhe o direito de gerar e criar seus próprios filhos. A solução não
está em legalizar o aborto e sim em coibir sua prática.