POR QUE SOU CATÓLICO?
Autor: Hombre EVC Sociedade do México
Fonte: Ethernal Word Television Network
Tradução: Carlos Martins Nabeto
"Um só Corpo e um só Espírito, como uma é a esperança a que fostes chamados. Um só Senhor, uma só fé, um só batismo,
um só Deus e Pai" (Ef. 4,4-5).
A Fé Vale mais que o Ouro
A fé vale mais que o ouro. Assim, se a dúvida te assalta, certifica-te antes; se tua fé estiver correta,
compartilha-a; se a perdeste, recupera-a.
"Eu antes era católico, porém agora sou..." Eu não aprovo, porém respeito tua decisão de ter
trocado a fé que Deus te deu por aquela que gostas. Entretanto, permita-me dizer ao menos o
porquê de eu ser católico e o porquê de eu querer continuar sendo...
- Eu sou católico porque esta é a Igreja que Cristo fundou. Isto é franco e sincero! Tudo o que
Cristo faz, o faz para a nossa salvação. Se Cristo fundou uma Igreja, isto fez para nos salvar e
todos devem aderir a ela (LG 14). Se Cristo não fundou nenhuma Igreja, então todas as igrejas são
falsas e não devemos pertencer a nenhuma. Apesar de reconhecermos que muitos elementos de santidade
e verdade podem ser encontrados em outras igrejas, para o católico não há sentido abandonar a
Igreja de Cristo para ingressar em outra igreja fundada por um homem, por mais inteligente e famoso
que seja. Cristo, nosso único Salvador, instituiu a sua Igreja Santa... Esta única Igreja subsiste
na Igreja Católica (LG 8). Isto é lógico: se há um único Salvador, deve haver uma só Igreja.
Respeito e reconheço as muitas coisas boas que existem nas outras igrejas cristãs, porém quero
viver e morrer na Igreja que Cristo fundou.
- Eu sou católico porque a minha Igreja é uma família. Há quem afirma: "Eu sou cristão: sigo a
Bíblia e não preciso da Igreja". Porém, isto é um erro pois ser cristão é viver em comunhão com
os demais; Deus quer que nos ajudemos uns aos outros no caminho da salvação. Javé mandou Noé
construir uma barca e se salvaram todos os que estavam dentro dela (v. 1Ped. 3,21). Se salvaram
juntos, em família. Por isso a barca é símbolo da Igreja. Os israelitas se salvaram juntos, tendo
Moisés como chefe e guia. A Igreja é o novo povo de Deus. Se tu crês que podes atravessar o
deserto usando como mapa tua própria interpretação da Bíblia, não deveis culpar a Deus caso
vierdes a se perder (v. CIC 781ss). Por isso, Cristo não escreveu um livro, mas fundou uma
Igreja (CIC 108). Por isso, Paulo não chama a Igreja de "clube de Jesus", mas de "Corpo de
Cristo", para que entendas que ao separar-te da Sua Igreja, estarás te separando de Cristo (v.
Jo. 15,1-6).
- Eu sou católico porque na Igreja posso conhecer com certeza e totalidade a doutrina de
Cristo. Cristo mandou seus apóstolos ensinar toda a sua doutrina a todos, por todos os séculos
(v. Mat. 28,16-20). Cabe a nós escutá-los: "Quem vos escuta, a mim escuta; quem vos rejeita, a
mim rejeita" (v. Luc. 10,16). Hoje há muitos que pregam a Cristo e, como São Paulo, nos alegramos;
porém, queremos escutar somente aqueles que Cristo enviou. Estes são os apóstolos e seus legítimos
sucessores. Estude Lumen Gentium nº 8.
- Minha Igreja é a Casa de Deus. Conheço templos protestantes enormes e belas; Cristo pode
fazer-se presente aí se se reúnem em seu nome (Mat. 18,20). Porém não os troco pelo menor,
silencioso e pobre templo católico porque aí está Cristo realmente presente, sob as
espécies eucarísticas (v. SC 14). Aí posso falar com Deus como se fala a um amigo (v. Ex. 33,11).
Há quem diga que todas as igrejas são iguais e é verdade, mas somente por fora; por dentro, na
minha Igreja, sempre está acesa a lâmpada do santuário, símbolo da presença de Deus (v. 1Sam. 3,3).
Com razão diz São Paulo que a Igreja é a casa do Deus vivo (v. 1Tim 3,15). Não estou disposto a
deixar a Casa de Deus e ir para a casa do vizinho.
- Eu sou católico porque é a única Igreja que me oferece Cristo como Pão da Vida. Não quero
que Cristo me reprove: "Examinais as Escrituras... porém não quereis vir a Mim para ter vida"
(v. Jo. 5,39-40). Ele me convida: "Eu sou o Pão da Vida... o que vem a Mim não o encontra fora"
(v. Jo. 6,34.37). Todas as igrejas cristãs examinam as Escrituras - é verdade - porém apenas a
Igreja Católica me oferece Cristo: o Pão da Vida Eterna (v. Jo. 6,55-58). Se Cristo me deixou a
Eucaristia como memorial de seu amor, como vou duvidar de seu amor? (v. CIV 1380). Não há dúvidas
que todas as igrejas pregam coisas belas sobre Cristo, porém o que podem me oferecer em troca de
receber em meu coração a Cristo realmente presente na Eucaristia?
- Eu sou católico porque Cristo me confiou sua Mãe. O discípulo amado ao pé da cruz representava
todos os cristãos. Se Cristo me disse: "Eis aí a tua Mãe" como vou mudar para uma igreja que me
diz: "Não, Maria não é a tua Mãe"? Se São João a levou para sua casa como posso ir para outra
igreja que nem sequer me permite possuir um quadro de Maria?
- Eu sou católico por amor à Verdade. Segundo o princípio protestante da interpretação particular
da Bíblia, cada um pode ensinar sua opinião. Respeito a opinião destes, porém Cristo é a Verdade
e não a opinião. A opinião leva à confusão e à divisão; a Verdade leva à unidade e à certeza.
Cristo edificou a sua Igreja como coluna e fundamento da Verdade (v. 1Tim. 3,15). Por isso, "a
Igreja Católica é a mestra da Verdade e sua missão é expor e ensinar autênticamente a Verdade
que é Cristo" (DH 14). Nós não negamos que existem em outras igrejas cristãs muitos elementos
de verdade; contudo, recorde-se que também um pedaço de espelho pode refletir a luz do sol e,
nem por isso, vou deixar o Sol para ficar apenas com o seu reflexo.
- Eu sou católico porque me entusiasma o testemunho de seus santos, o heroísmo de seus mártires,
a multidão de suas virgens, o zêlo de seus pregadores, o ardor de seus missionários. Há quem
pretenda confundir-nos citando os maus papas, os maus sacerdortes, a Inquisição etc. Assim lhes
respondo: "A mim ensina-me uma Igreja que tem mártires que deram sua vida por Cristo, que tem
missionários que pregaram o Evangelho, que tem mulheres consagradas ao serviço dos mais necessitados
e com esta Igreja eu sigo". O silêncio dessas pessoas então torna-se eloqüente. Sim, é na Igreja
Católica que vejo que o poder de Cristo é mais forte, a graça de Cristo é mais abundante, sua
santidade mais atrativa, sua caridade mais eficiente e, por isso, sou e quero continuar sendo
católico.
- Eu sou católico porque Cristo não se agrada com as divisões e quer que todos formemos, unidos,
um só rebanho sob um só pastor. Jesus Cristo quer a unidade (v. Jo. 17,21). O sectário primeiro
semeia a dúvida e a desconfiança; depois, corta e separa; por fim, monopoliza. Jesus Cristo quer
que em sua Igreja exista um só rebanho e um só pastor (v. Jo. 10,16). Cristo deseja que estejamos
unidos e não divididos em incontáveis igrejas ao gosto do consumidor (v. CIC 820). Os apóstolos
nos exortam à unidade. "Um só corpo e não membros divididos, um só Espírito e não muitos espíritos,
uma só esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai" (v. Ef. 4,4). Há
alguns cristãos que afirmam aceitar apenas a Bíblia e se auto-intitulam pastores com direito a
formar seu próprio rebanho, fundar sua própria esperança, inventar sua própria fé e estabelecer
seu próprio batismo e, definitivamente, não aceitam outro senhor senão sua própria razão e juízo
para interpretar a Bíblia.
- Porque meus pais me batizaram. Eu sou católico porque meus pais me batizaram - é verdade -
e não me envergonho porque um pai quer sempre o melhor para seus filhos. A outros deixaram
dinheiro por herança; a mim, deixaram a fé e não a troco por todo o ouro deste mundo.
- Sou católico pela graça de Deus. A fé católica é um talento que Deus te deu e irá te pedir
contas dela. Sereis culpado se a perderdes por tua própria negligência (v. Mat. 25,24-28). Por
isso, disse Jesus: "O que perseverar até o fim se salvará" (v. Mat. 10,22). O papa o afirmou há
pouco tempo, com estas palavras: "O ensinamento das seitas e dos novos movimentos religiosos...
se opõe à doutrina da Igreja Católica; por isso, a adesão a estes significaria renegar a fé em
que fostes batizados e educados" (João Paulo II aos emigrantes).
Se a fé é um talento de Deus, então tenho o compromisso de conservar, fortalecer e multiplicar a
minha fé evangelizando aos demais. Isto me ajuda, ademais, a entender que não basta ter argumentos,
é necessária a luz de Deus para apresentar a fé aos outros.
Assim, deixo-te os seguintes conselhos:
- Estuda a tua fé católica. A Igreja Católica não teme a verdade; quem teme a verdade é a ignorância.
Martinho vendia pedras do deserto para colecionadores; certo dia, um geólogo entrou em sua tenda
para comprar algumas recordações para seus filhos; pegou uma que lhe chamou à atenção e perguntou:
"Quanto custa?"; obteve como resposta: "Todas custam 20 dólares, porém, como essa é um pouco feia,
posso deixá-la por 10 dólares"; o cliente pagou o preço e se dirigiu ao banco para depositá-la:
era uma pedra preciosa em estado bruto, que valia mais de 1 milhão de dólares... Martinho,
infelizmente, ignorava seu valor...
- Pratica-a. Muitos trocam sua fé porque nunca a praticaram. A fé não entusiasma senão
a quem a vive. Nessa mesma linha, declarou o papa há algum tempo: "Um dos motivos que podem
levar a acolher as proposições apresentadas pelos novos movimentos religiosos é a pouca
coerência que alguns cristãos vivem seu compromisso cristão e, também, o desejo de uma vida
cristã mais fervorosa, que se pretende experimentar em certa seita, quando a comunidade [católica]
que freqüenta é pouco comprometida. Porém isto é um engano. Do mal-estar interior - antes mencionado -
se sai mediante uma verdadeira conversão interior, segundo o Evangelho, e não aderindo-se
irreflexivamente a essa classe de grupos [religiosos]" (João Paulo II, Jornado Mundial do Emigrante).
- Compartilha-a. A fé se fortalece compartilhando-a com outras pessoas. A força das
seitas está no silêncio e na falta de ação dos católicos. A verdade não precisa de gritos nem de
armas, se impõe por si mesma, basta pregá-la com clareza e vigor. Cumpre o teu dever de evangelizar
compartilhando livros e folhetos sobre a Fé e o Evangelho, e ora antes de fazê-lo, para que
Cristo abençoe a tua tarefa.
O Concílio nos Fala
O Concílio reconhece que fora da Igreja Católica se encontram muitos elementos de santidade e
verdade, e que nos sentimos unidos a esses irmãos em Cristo (LG 8). Porém, com igual firmeza,
afirma que a plenitude da graça e da verdade foi confiada à Igreja Católica e à esta Igreja o
Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança (UR 3). Todas ensinam verdades - umas mais, outras
menos - porém a Igreja Católica é a que possui toda a verdade (LG 4). Ela, por vontade de Cristo,
é a mestra da verdade (DH 14). A Igreja reconhece que há muitos que honra a Sagrada Escritura
como norma de fé e vida (LG 15), porém afirma que à esta Escritura deve-se unir a Tradição e o
Magistério, de modo que nenhum subsiste sem os demais (DV 10). Como obra-prima, a Igreja de
Cristo é imitada por todas as outras, porém nenhuma a iguala ou supera, por ser obra de Cristo.
Oração
Senhor Jesus:
Não deixes que os corvos da dúvida comam a semente da fé que Tu plantaste em meu coração,
nem seja sufocada pelos espinhos de minhas próprias paixões,
mas que, através do estudo e do testemunho,
crie raízes em meu coração e
produza muito fruto.
Amém.