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BISPOS, ARCEBISPOS E CARDEAIS
Pelo sacramento da Ordem, não há nenhuma diferença. Todos são ordenados, no grau máximo desse
sacramento. Todos são bispos, palavra que deriva do grego epíscopos, que significa supervisor.
Para chamá-los usa-se o título de Dom, abreviatura do latim dominus, senhor. Com o Papa à
frente, os bispos do mundo inteiro formam o Colégio Apostólico, que sucede ao grupo dos
apóstolos, os quais tinham a Pedro como seu líder. Assim, a Igreja é guiada pela história
afora pelos mesmos pastores escolhidos por Jesus Cristo. Como pastor da Igreja particular, o
bispo é o primeiro responsável pelo ensinamento da Palavra de Deus, pela celebração da
Eucaristia e demais sacramentos e pela animação e organização dos carismas e ministérios do
Povo de Deus. Ele é obrigado à residência, à visita regular às paróquias e comunidades e à
visita ad limina a Roma, de quatro em quatro anos. Os bispos são, em suas dioceses, o
princípio visível e o fundamento da unidade com as outras dioceses e com a Igreja universal. É
aconselhado a pedir renúncia ao completar 75 anos. Nenhum título pode obscurecer a igualdade
batismal dos filhos e filhas de Deus.
Arcebispo é o bispo de uma arquidiocese, o titular da sede metropolitana, que é a diocese mais
antiga de uma Província Eclesiástica, que é formada pelo conjunto de diversas dioceses. Ele é
responsável pelo zelo da fé e da disciplina eclesiástica e pela presidência das reuniões dos
bispos da Província. Mas não intervém diretamente na organização e na ação pastoral das
dioceses sufragâneas. Usa, nos limites de sua Província, durante as funções litúrgicas, como
sinal de unidade de sua Província com a Igreja em todo o mundo, o pálio, que lhe é entregue
pelo Papa: uma faixa branca decorada de cruzes pretas que cobre os ombros.
Cardeais são geralmente bispos de importantes dioceses do mundo. Mas também padres ou diáconos
podem ser cardeais. São escolhidos pessoalmente pelo Papa, como representantes da Igreja em
todo o mundo, para formarem o Colégio dos Cardeais. São responsáveis pela assessoria direta ao
Papa na solução das questões organizativas e econômicas da Santa Sé, na coordenação dos
diversos dicastérios (uma espécie de secretarias) que compõem o serviço da Santa Sé em favor
da comunhão em toda a Igreja e da justiça para com os pobres do mundo todo. São também os
responsáveis pela eleição do novo Papa enquanto não completarem 80 anos.
PADRES, CÔNEGOS E MONSENHORES
Pelo sacramento da Ordem, não há nenhuma diferença. Todos são ordenados, no segundo grau desse
sacramento. Todos são presbíteros do Povo de Deus. Desde o Concílio Vaticano II, os documentos
da Igreja usam o termo presbítero (ancião, ou irmão mais velho), por ter origem bíblica e revelar
a dimensão fraternal e serviçal desse ministério. O uso do título de padre (pai), usado pelo
nosso povo, deixa transparecer a dimensão familiar da Igreja, mas mostra também uma relação de
autoridade que poderia obscurecer a igualdade batismal de todos, uma vez que diante de Deus
somos todos iguais. Hoje, os títulos de cônego e monsenhor são honorários e não indicam a posse
de nenhum cargo ou posição na Igreja. Antes das reformas conciliares, eles formavam o cabido
diocesano, para a função de conselheiros do bispo, o governo da diocese durante a vacância e o
esplendor das funções litúrgicas na catedral. Hoje, o bispo conta com diversos Conselhos, que
são formados por representantes de todo o clero e do laicato. Não contam os títulos, mas a
disposição para o serviço comum e comunitário da evangelização. Hoje, cônego e monsenhor são
títulos de homenagem e reconhecimento por serviços prestados à Igreja. Além disso, o título de
monsenhor é também usado para o padre que foi eleito bispo. Enquanto ele não é ordenado bispo,
é chamado de monsenhor.