O Jornal Le Monde (de Paris), informa que o papa João Paulo II divulgou ontem (07/07/98), pela primeira vez, uma carta apostólica advertindo sobre o "valor impecável" dos dias de Domingo.
Intitulada Dies Domini (O Dia do Senhor), a carta condena a "banalização" do repouso dominical, considerado sagrado, e a degradação das condições de vida marcada pela extensão do trabalho aos domingos.
O papa expressou preocupação com a concorrência que vêm tendo as missas aos domingos.
Ele deu um conselho aos fiéis: Pediu que não se confundisse "a celebração do Domingo" com um "fim-de-semana dedicado ao descanso".
"Aqueles que não assistem às missas regularmente", disse o papa, "devem estar convencidos de que não podem expressar sua fé nem compartilhar plenamente a vida da comunidade cristã".
Segundo o documento divulgado ontem, na Áustria, por exemplo, só 17% dos católicos assistem às missas. (fonte: Folha de S. Paulo - 08.07.98)
O papa João Paulo II fez um apelo aos católicos para que voltem a considerar o Domingo um dia santo, dedicado a Deus. Em uma carta apostólica de cem páginas, intitulada Dies Domini (O Dia do Senhor), João Paulo II pediu que os religiosos trabalhem "incansavelmente junto aos fiéis para que o valor do Domingo seja cada vez mais reconhecido e vivido".
O papa admitiu que o fim de semana tem "aspectos positivos", mas condenou o fato de o Domingo ter perdido seu significado original e sido reduzido apenas a "um fim de semana". "Mesmo com roupa de festa, o homem é incapaz de festejar, porque está com um horizonte tão reduzido que não pode ver o céu", escreveu João Paulo II.
O documento foi divulgado ontem (07/07) no Vaticano pelo porta-voz do papa, Joaquim Navarro Valls e pelo Cardeal Jorge Medina Estevez. (fonte: Correio Braziliense - 08/07/98)
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