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Em nenhuma passagem do Novo ou Antigo Testamento vemos essas práticas de
cristãos serem tocados por um outro cristão e caírem no chão supostamente
"deburrados no Espírito". Estas práticas são freqüentemente
vistas no meio carismático e as únicas duas passagens bíblicas que os
carismáticos poderiam encontrar na Bíblia para justificar essa doutrina
- sim, porque já fizeram disso uma doutrina, um ensinamento como Bíblico - é:
Alguns teólogos explicam-nos em seus
livros de teologia, que um detalhe peculiar para observarmos é que estes
soldados caíram para trás (sinal de resistência à Cristo) e não para frente,
de joelhos prostados e rendidos à Ele. Certamente eles sabiam que havia algo
especialmente poderoso em Jesus, mas eles não O reconheciam como o Filho de
Deus. As palavras de Jesus "Eu sou", que teriam revificado e erguido os Seus
discipulos, aos Seus inimigos os jogou por terra. Desta forma é extremamente
imprudente fazer disso uma prática baseada numa doutrina fabricada e
deturpada no meio cristão.
Se esta passagem bíblica servisse como uma
justificativa plausível, dada pelas seitas carismáticas para esta prática
constante de ficarem caindo pelo chão durante os cultos, supostamente com a
finalidade de sabe-se lá o quê, a Tradição da Igreja e a Bíblia teriam
outras passagens e documentos para sustentar a validade deste exercício e
portanto a sua necessidade, finalidade e presença constante é comum entre os
primeiros cristãos...
As seitas pentecostais tentam fazer as pessoas crerem
que esta experiência traz o poder do Espírito Santo em suas vidas, ou mostra
a atuação do Espírito Santo na nossa vida, quando que a lógica nos faz ver
que se isso fosse verdade o mínimo que deveríamos esperar é que mediante a
tal experiência a pessoa fosse levada no mínimo à conversão; pois nada
resiste à presença do Espírito de Deus. Mas não foi o caso dos soldados no
jardim de Getsêmani perante Jesus. Não há na Bíblia registro de nenhum
efeito que isso tenha causado nestes soldados, exceto a evidência da
resistência deles à Cristo (do contrário eles teriam caído de frente,
prostrados à Ele em reverência e nem O teriam levado preso), e o fato de que
eles continuaram em sua missão de levar Jesus preso, nos mostra que tal
experiência não pode servir como justificativa para estas práticas
extravagantes de ficar caindo pelas igrejas, e outros locais(?),
supostamente derrubados pelo Espírito.
Esta prática parece querer provar que
estão sob o poder do Espírito de Deus. Entretanto estar sob o poder do
Espírito Santo só pode ser provado na vida contidiana de um fiel, que anda
diária e continuamente guiado pelo Espírito de Deus.
Eis porque os sacerdotes estão mais do que
certos em pregar a Sã Doutrina e proibir tais abusos para que não sejamos
jogados de um lado para o outro por todos os ventos de doutrina corrupta e
enganosa... (Efésios 4,14).
Não vemos em nenhuma outra parte do Novo ou Velho Testamento as
pessoas em suas congregações ou reuniões impondo a mão sobre a cabeça do
outro e caindo no que chamam "repouso no espírito". No meio carismático
existem várias práticas que são contrárias até mesmo ao que a Bíblia ensina,
o que nos faz concluir que os grupos e "ministros" que praticam essas coisas
estão exercitando e ensinando doutrinas corruptas e influenciando o povo a
crer em coisas que não trazem nenhum benefício ou crescimento espiritual
sólido e sadio para suas vidas.