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Eis o teor de uma carta publicada pelo jornal O GLOBO, edição de 18/8/96, p.
6:
A Igreja nunca professou a reencarnação.
Existem testemunhos de Clemente de Alexandria (+215), Ireneu de Lião (+202),
Enéias de Gaza (+520) e outros autores que rejeitam peremptoriamente a
reencarnação, baseando-se aliás nas Escrituras Sagradas; estas professam uma
só passagem do homem sobre a terra (Hb 9,27).
Acontece, porém, que, a partir
do século V, uma corrente de monges do Egito, da Palestina e da Síria, pouco
letrados, passaram a acreditar na reencarnação; eram chamados "origenistas",
pois seguiam seu mestre Orígenes (+254), que propusera como simples hipótese
uma teoria próxima à reencarnacionista.
Logo os abades São Sabas e Gelásio
censuraram tal corrente, cujas idéias foram finalmente condenadas pelo
Sínodo Permanente de Constantinopla, em 543. O Papa Vigílio aprovou a
rejeição da tese, visto que esta é incompatível com a noção de um Deus que
salva o homem pela morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A reencarnação foi
ainda repetidamente rejeitada pelos Concílios Gerais de Lião (1274) e
Florença (1439), como também pelo do Vaticano II (1965, Lumen Gentium, 48)."
"Em vista de declarações publicadas a respeito da Igreja e a reencarnação,
convém esclarecer o seguinte: