A g n u s D e i
QUESTIONANDO OS EVANGÉLICOS
5.A Ceia do Senhor é apenas simbólica?
Em uma palavra: Não.
Se há uma doutrina da Igreja histórica que tem
sido firme durante dois milênios, é a da presença real de Cristo na
Eucaristia (a Ceia do Senhor). Mas essa posição histórica não é como
canibalismo? Se você pensa assim, não está sozinho. De fato, quando Jesus
falou:
"Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e
morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que
dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá
eternamente. E o pão que eu der, é a minha carne para a salvação do mundo"
(Jo 6,48-51).
muitos dos ouvintes ficaram estarrecidos. Ouviram com seus
próprios ouvidos que Jesus disse que eles deveriam comer Sua carne. Depois
de escutar isso, e interrogando-se uns aos outros, Jesus acaso disse aos ouvintes:
"Desculpa, Eu estava falando simbolicamente..."? Não, ao invés disso, Ele foi ainda
mais direto:
"Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue,
verdadeiramente uma bebida" (Jo 6 55).
Após dizer isto, muitos daqueles que o haviam seguido ficaram
desapontados. Se fosse um simples mal entendido, por que Jesus não emendou
suas palavras para torná-las claras? A verdade é que Jesus estava sendo
claro, cristalinamente claro. O povo entendeu seu significado, mas não o
pôde aceitar.
No que acreditou a Igreja Apostólica sobre este assunto? São Paulo
escreveu:
"O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de
Cristo? E o pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?" (1Cor
10,16)
Em lugar de "comunhão" outras traduções usam a palavra
"participação". Por que o apóstolo não explicou e disse que isso era meramente
simbólico? Mais tarde, ele diz:
"Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come
e bebe a sua própria condenação." (1Cor 11,29)
Se é um simples símbolo, por que a linguagem sobre "distinguir o
corpo do Senhor"? Finalmente, vejam os seguintes Padres da Igreja: Inácio
de Antioquia (ano 110), Justino mártir (ano 151), Ireneu de Lião (ano 189),
Ambrósio (ano 390), Agostinho (ano 411); todos eles fazem eco ao que a
Igreja Apostólica sempre ensinou: o Corpo de Cristo e seu sangue estão
presentes na Eucaristia. Não foi senão na Reforma que este assunto foi posto
em discussão, com Lutero acreditando na presença física de Cristo na
Eucaristia, Calvino acreditando na presença espiritual de Cristo na
Eucaristia, e Zwínglio chamando-a apenas de um "memorial".
O que é mais
verdadeiro: o consistente ensinamento da Igreja, durante dois milênios, ou
as opiniões conflitantes dos três Reformadores?
A presença real de Cristo na Última Ceia é uma doutrina
fundamental cristã que consta nas Escrituras e foi ensinada permanentemente
através da história.
- Por que você nega a presença real do Corpo e do Sangue de Cristo
na Última Ceia, já que foi ensinada pelas Escrituras e foi conhecida e
ensinada pelos cristãos desde o primeiro século?