O fato de o Grão-rabino Israel Lau, ficar decepcionado com o Papa, por ele não ter pedido desculpas pelo holocausto, já está ficando, para dizer uma palavra amena, uma causa chata. Parece insistir no inusitado, já que nunca houve omissão da Igreja ao extermínio dos nossos irmãos mais velhos. É um absurdo que, apesar da tão exposta biografia de Pio XII, ainda venha apresentar reclamação.
Suponho que se ficarmos querendo reviver dúvidas, e essas infundadas, venha também o Vaticano exigir remissão ao massacre sofrido por Jesus, aplicado por Caifás e um novo julgamento pelo Sinédrio, anulando o primeiro.
Minha pergunta é a seguinte: Pode-se exigir alguma coisa desse nosso prelado? Um Papa com o currículo de João Paulo II, que ficará para história como o maior líder positivo do século XX? Minha resposta é não. Tenha-se em mente que a causa de uma pátria palestina é tão justa como foi a causa para criação do Estado de Israel. A própria Jerusalém é um patrimônio da humanidade, a capital religiosa de mais da metade da humanidade; ou seja, não há nenhum despautério nas reivindicações do Vigário de Roma.
Penso que a Igreja já se desculpou por demais, até de crimes a Ela atribuídos, cuja culpa da execução está bastante mal contada. A hora é de confraternização entre irmãos sob um Deus único, que a partir do povo hebreu, chegou a toda humanidade. Shalom!
