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Pois é... E eles se denominam "verdadeiros católicos" (http://www.truecatholic.org)...
É isso que acontece quando nos desviamos do conselho evangélico da
obediência: elegemos não apenas o "nosso" papa, mas também os "nossos"
deuses, à nossa imagem e semelhança...
Isso me faz lembrar que muitas pessoas, no fim Idade Média e início da
Moderna, oravam pela morte do Papa... É verdade que nem todos os papas do
período foram exemplo de santidade, mas, como disse D. Columba Marmion:
"Mas Cristo deixou-nos para subir ao céu. Que tem Ele para o podermos
reconhecer como Chefe? Legou os seus poderes à Igreja: 'Data est mihi omnis
potestas in caelo et in terra; euntes ergo docete omnes gentes servare
omnia quaecumque mandavi vobis" (Mat XXVIII, 18ss). 'Todo poder me foi dado
pelo Pai: ide, pois, em virtude deste poder que a vós delego, e ensinai
todas as nações a guardar os meus preceitos. Aquele que vos ouvir, a mim
ouve; aquele que vos desprezar, a mim despreza'. A Igreja está investida do
poder de Jesus Cristo; fala e manda em nome de nosso Senhor. A essência do
catolicismo está na submissão da inteligência à doutrina de Cristo
transmitida pela Igreja. e na submissão da vontade à autoridade de Cristo,
exercida pela Igreja.
É nisto que está a diferença entre protestantes e católicos. Com efeito,
esta diferença não se mede pela maior ou menor soma de verdades reveladas
admitidas por uns ou pelos outros; há protestantes que aceitam materialmente
quase todos os dogmas; apesar disso, continuam protestantes até os ossos. A
diferença é muito mais profunda e radical. Está formalmente na atitude de
dependência, de submissão da inteligência e da vontade à autoridade viva da
Igreja, que ensina e governa em nome de Jesus Cristo. O católico aceita o
dogma e, por ele, regula a sua vida, porque vê na Igreja, e no seu Chefe
Supremo, o Sumo Pontífice, outro Cristo, que ensina e governa em nome do
Filho de Deus. O protestante admite tal ou tal verdade porque a descobre -
ou pensa descobri-la - pelas suas próprias luzes; ficando-se no livre exame,
não querendo depender de ninguém mais do que de si mesmo. Examina a Bíblia à
luz unicamente da razão; faz nela uma seleção; cada qual escolhendo nela o
que lhe apetece; é para si mesmo seu soberano pontífice. O protestante
'admite', o católico 'crê'. O católico recebe a Igreja como um 'alter
Christus', um 'outro Cristo'; quando ela fala, ele se submete, com toda a
obediência, como ao próprio Cristo." ("Jesus Cristo, Ideal do Monge", D.
Columba Marmion, pp 371s, ed. Ora & Labora, 1962).
- Oremus pro Pontifice nostro Joanne Paulo:
Dominus conservet eum, et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et
non tradat eum in animam inimicorum ejus!
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"TV ES PETRVS, ET SVPER HANC PETRAM AEDIFICABO ECCLESIAM MEAM", dixit Dominus.
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