A g n u s D e i

"VERDADEIROS CATÓLICOS" OU
"AUTÊNTICOS PROTESTANTES"?
Autor: Thiago Pereira de Sousa Lepinski
Fonte: Lista Reflexões
Transmissão: Antonio Xisto de Arruda

Pois é... E eles se denominam "verdadeiros católicos" (http://www.truecatholic.org)...

É isso que acontece quando nos desviamos do conselho evangélico da obediência: elegemos não apenas o "nosso" papa, mas também os "nossos" deuses, à nossa imagem e semelhança...

Isso me faz lembrar que muitas pessoas, no fim Idade Média e início da Moderna, oravam pela morte do Papa... É verdade que nem todos os papas do período foram exemplo de santidade, mas, como disse D. Columba Marmion:

    "Mas Cristo deixou-nos para subir ao céu. Que tem Ele para o podermos reconhecer como Chefe? Legou os seus poderes à Igreja: 'Data est mihi omnis potestas in caelo et in terra; euntes ergo docete omnes gentes servare omnia quaecumque mandavi vobis" (Mat XXVIII, 18ss). 'Todo poder me foi dado pelo Pai: ide, pois, em virtude deste poder que a vós delego, e ensinai todas as nações a guardar os meus preceitos. Aquele que vos ouvir, a mim ouve; aquele que vos desprezar, a mim despreza'. A Igreja está investida do poder de Jesus Cristo; fala e manda em nome de nosso Senhor. A essência do catolicismo está na submissão da inteligência à doutrina de Cristo transmitida pela Igreja. e na submissão da vontade à autoridade de Cristo, exercida pela Igreja.

    É nisto que está a diferença entre protestantes e católicos. Com efeito, esta diferença não se mede pela maior ou menor soma de verdades reveladas admitidas por uns ou pelos outros; há protestantes que aceitam materialmente quase todos os dogmas; apesar disso, continuam protestantes até os ossos. A diferença é muito mais profunda e radical. Está formalmente na atitude de dependência, de submissão da inteligência e da vontade à autoridade viva da Igreja, que ensina e governa em nome de Jesus Cristo. O católico aceita o dogma e, por ele, regula a sua vida, porque vê na Igreja, e no seu Chefe Supremo, o Sumo Pontífice, outro Cristo, que ensina e governa em nome do Filho de Deus. O protestante admite tal ou tal verdade porque a descobre - ou pensa descobri-la - pelas suas próprias luzes; ficando-se no livre exame, não querendo depender de ninguém mais do que de si mesmo. Examina a Bíblia à luz unicamente da razão; faz nela uma seleção; cada qual escolhendo nela o que lhe apetece; é para si mesmo seu soberano pontífice. O protestante 'admite', o católico 'crê'. O católico recebe a Igreja como um 'alter Christus', um 'outro Cristo'; quando ela fala, ele se submete, com toda a obediência, como ao próprio Cristo." ("Jesus Cristo, Ideal do Monge", D. Columba Marmion, pp 371s, ed. Ora & Labora, 1962).


- Oremus pro Pontifice nostro Joanne Paulo:

Dominus conservet eum, et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in animam inimicorum ejus!

"TV ES PETRVS, ET SVPER HANC PETRAM AEDIFICABO ECCLESIAM MEAM", dixit Dominus.