A Igreja sempre ensinou que somente homens podem receber a ordenação sacerdotal.
Por exemplo, o Catecismo da Igreja Católica ensina:
Ninguém tem o direito de receber o sacramento da ordem. De fato, ninguém pode arrogar-se a si mesmo este cargo. A pessoa é chamada por Deus para esta honra." (1577-1578).
Mais claro do que isso, impossível. Todo católico fiel, conhecendo que a Igreja assim ensina infalivelmente por virtude divina, humildemente acolhe este ensinamento e a ele se submete como à própria vontade de Deus. Pois quem se recusa obstinadamente a acreditar nas verdades ensinadas pelo Magistério da Igreja, está excomungado, como herege.
Contudo, este ensinamento, como todos os outros, tem sido contestado pelas pessoas contaminadas pelo espírito do mundo.
Em 1994, o Papa João Paulo II publicou a Carta Apostólica "Ordinatio Sacerdotalis", para relembrar e reafirmar solenemente que a Igreja não tem autorização para conferir o sacerdócio ministerial a mulheres, e que, portanto, ela nunca poderá ordenar mulheres.
O Papa disse explícita e solenemente:
Mesmo esta declaração formal e definitiva do Papa foi contestada, inclusive dentro da própria Igreja.
Portanto, o Papa pediu à Congregação para a Doutrina da Fé que esclarecesse definitivamente a Igreja que este ensinamento pertence ao depósito da fé e deve ser aceito por todos os fiéis.
Esta Congregação publicou em 1995 uma Declaração em que afirma, entre outras coisas, que o ensinamento do Papa aplica-se “sempre, em todo lugar, e para todos os fiéis” e constitui uma parte inquestionável do “depósito da fé”.
Por isso, a Congregação para a Doutrina da Fé oficialmente declarou que:
Como doutrina proposta infalivelmente pelo Magistério da Igreja e parte do depósito da fé, é uma verdade em que devem crer todos aqueles que desejam se salvar, como ensina Sto. Atanásio.
Se uma pessoa prega o contrário, dando a entender que um dia seria possível que uma mulher recebesse a ordenação sacerdotal, e desconhece a Doutrina da Igreja Católica a esse respeito, está cometendo uma grande leviandade, por falar daquilo que não conhece.
E a gravidade é ainda maior pelo motivo deste assunto dizer respeito diretamente à constituição divina da Igreja.
Mas, se a pessoa que professa essa heresia conhece a Doutrina da Igreja, então é um caso de explícita desobediência ao Magistério da Igreja. Essa desobediência apenas serve para enfraquecer a unidade da Igreja, diminuir a fé dos fiéis e escandalizar os pequeninos do rebanho.
Desejando parecer bem aos olhos do mundo, essas pessoas arriscam-se a tornar-se abomináveis aos olhos do Senhor.
Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo. É por isso que falam segundo o mundo, e o mundo os ouve. Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (1Jo 4,1-6).