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Andrômedas, Sírios, talvez
vivos mundos, sutil enleio
à indômita imaginação.
No profundo dos céus,
oh! mágico treno de sereias etéreas,
plangendo silêncio.
Mas se te seduz, astronauta,
segredo dos olhos diamantes,
comove-te medo abissal:
nauta antigo à beira do mar visto sem fim,
se deslizas, serás
no infinito um nada.
Grata mirada, tens tua âncora,
a ela és preso, felizmente,
à azul, à bela azul esfera,
carrossel que gira ora à sombra, logo à luz,
e como o de antes, clamas:
terra, terra à vista.
Acima de ti o mistério
esqueces, como vã quimera,
o já vivido é de teu sangue,
prende-te astro extinto que tesouro possui:
história de tua raça,
segredo de Adão.
Vida concebida de cinzas,
no amor e na dor cultivada,
conquista de sábios e santos,
visitada por Deus,
essa incrível história, astro jamais terá
de maneira igual.
Do continente, sob o azul,
divisas traços conhecidos,
na face amiga, teu País,
imaginas vistos, cidade, casa, rostos,
luzeiro que te chama,
espera-te um porto.