A g n u s D e i

FAMÍLIA: IGREJA DOMÉSTICA?
por: Roberto Ednísio

A visita do Papa João Paulo II ao Brasil, por ocasião do encontro mundial com as famílias, causou grande repercussão dos meios de comunicação e, principalmente do clero a respeito do verdadeiro comportamento de uma família cristã, criando um questionamento fundamental que deve ser feito por cada um de nós: Será que nossas famílias estão sendo um berço do cristianismo?

Somos batizados pela fé de nossos pais e muitas vezes não encontramos estrutura para que essa mesma fé, passada hereditariamente, cresça, fortifique e, por fim, frutifique.

"Um profeta não é bem recebido em sua casa" (Lc 4,24), já disse, com toda propriedade, Jesus de Nazaré. E, infelizmente, essa mesma realidade se adequa a jovens profetas que são tantas vezes provados, provocados e até ridicularizados por suas famílias, essas mesmas que lhes deveriam apoiar e incentivar nessa caminhada.

Transpondo a sábia frase de São Francisco "o amor não é amado" para hoje, podemos dizer que o amor que os jovens profetas sentem pela Mãe-Igreja não é retribuído pela própria "Igreja Doméstica": a Família.

Seria muita ingenuidade e até "fantasia espiritual" nossa achar que evangelizaremos alguma família se não mostrarmos pelo testemunho a felicidade da nossa. E uma família sem "Deus que é amor" (I Jo 4,8) não é feliz.

Passada a "geração coca-cola", queremos ser a Geração Santa para que o mundo saiba que não somos movidos por "festinhas e chicletes". No entanto, para que possamos estar "com os pés no chão e os olhos voltados para o céu", precisamos da compreensão, do apoio e da conversão das nossas famílias.

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