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A ORAÇÃO
José Fernandes Vidal

Quando não estava em meio ao povo,
Jesus conversava com o Pai
em retiro constante e amoroso.

A condição disse, para orar:
Não vás ao templo, se estás com rixa.
Antes, faze a paz com teu irmão.

Não ores em público, imodesto,
para teres a atenção de todos.
Ora do íntimo a teu Pai Celeste.

Quais gentios não deves orar,
com vazios, repetidos motes,
pensando que assim serás ouvido.
O Pai sabe o que carece a ti.
Ora simplesmente como o filho
que ao Pai acorre para pedir.

Não dês esmolas com fátuos gestos.
Nem mesmo tu peses o que fazes.
Basta que teu Pai Celeste o saiba.

Se jejuas, não te traia o rosto
E´ negócio entre ti e teu Pai.
Lava-te, não fiques descomposto.

Sê insistente ao Pai na oração.
A quem sem se cansar bate à porta,
um dia a porta se lhe abrirá.

Se carente, o filho pede um pão,
receberá do Pai uma pedra?
E se pede um peixe, uma serpente?

Se, maus, dás presentes a teus filhos,
o que não dará o Pai clemente
a ti, se como filho o pedires?

O que em nome do Filho pedires
ao Pai, prometo hei de conceder
para glória do Pai, pelo Filho.

Um discípulo apela por todos:
- Senhor, ensina-nos a orar.
Ele lhes compôs singela prece:

Pai nosso celeste, seja
santificado teu nome,
assim, nos venha teu Reino
e se faça o que desejas,
na terra como nos céus.
Dá-nos o pão cada dia,
perdoa nossas ofensas
como o fazemos aos nossos.
A tentação não nos vença,
mas nos livra da maldade,
pois teu é o reino, o poder,
e a glória na Eternidade.