A g n u s D e i

NOVO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Parte I - A Profissão da Fé

  1. A RELAÇÃO DO HOMEM COM DEUS
    O homem é, por natureza e vocação, um ser religioso. Ele foi feito para viver em comunhão com Deus, no qual encontra toda a felicidade. Deus é único e verdadeiro. A certeza de sua existência é provada através de suas obras de perfeição no mundo. Santo Agostinho de Hipona dizia: "Sem o Criador, a criatura se esvai!"; isso significa que devemos levar a luz do Deus Vivo àqueles que não o conhecem ou o recusam.

  2. A REVELAÇÃO
    Por amor, Deus revelou-se e doou-se ao homem, comunicando-lhe gradualmente o seu próprio Mistério através de ações e palavras. Ele se revelou pessoalmente aos primeiros pais (Adão e Eva) e, após a queda, prometeu-lhes a salvação. Com Noé, Deus fez uma aliança eterna com todos os seres vivos, até o fim do mundo. Com Abraão, fez uma aliança com seu povo escolhido (os judeus), mas pelos profetas preparou este povo para acolher a salvação de toda a humanidade. Deus revelou-se plenamente ao enviar seu Filho único, Jesus Cristo, no qual estabeleceu a sua Aliança para sempre. O Filho é a Palavra definitiva do Pai e, depois dele, não houve e nem haverá nenhuma outra Revelação.

  3. A TRANSMISSÃO DA PALAVRA
    Os apóstolos transmitiram (por escrito e oralmente), sob a inspiração do Espírito Santo, o ensinamento revelado por Jesus. A Bíblia e a Tradição cristã guardam a Palavra de Deus. Pela sua doutrina, vida e culto, a Igreja perpetua e transmite à todas gerações tudo o que ela é e crê. Somente a Igreja possui a autoridade para interpretar autênticamente a Palavra de Deus.

  4. A UNIDADE DA BÍBLIA
    A Bíblia contém a Palavra de Deus e, por ser inspirada, é realmente a Palavra de Deus. Deus é o autor da Bíblia, mas se utilizou de pessoas humanas inspiradas para escrevê-la. Assim, suas palavras ensinam, sem erro, a verdade salvífica. A Bíblia é composta por 46 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Todos eles são igualmente aceitos e venerados pela Igreja, mas os Quatro Evangelhos ocupam um lugar central por causa de Jesus Cristo. O Antigo Testamento prepara o Novo Testamento e este cumpre o Antigo. Portanto, existe uma grande unidade entre eles.

  5. A FÉ
    O homem adere a Deus, pela inteligência e vontade, através da fé. Cremos somente na Santíssima Trindade e em nada mais. Podemos crer graças ao auxílio do Espírito Santo. A Igreja é a Mãe de todos os crentes. Ninguém pode ter a Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe. Devemos crer, assim, em tudo que a Igreja crê. Para se salvar é necessário ter fé.

  6. DEUS
    A fé em Deus leva-nos a tê-lo como nosso princípio e fim; por isso, não devemos substituí-lo por nada, nem considerar nada acima dele. Mesmo se revelando como "Aquele que é", deixou-se conhecer como "cheio de amor e fidelidade"(Ex 34,6). Ele é Verdade e Amor.

  7. A SANTÍSSIMA TRINDADE
    A Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo. O Filho de Deus é consubstancial ao Pai, ou seja, Ele é no Pai e com o Pai o mesmo e único Deus. O Espírito Santo, enviado pelo Pai em nome do Filho é, com Eles, o mesmo Deus único. A fé católica pode ser resumida em adorar o único Deus na Trindade e a Trindade na Unidade, sem confundir Pessoas e sem separar a Substância: uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho e outra a do Espírito Santo; mas uma só é a Divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sendo inseparáveis no que são, são inseparáveis também no que fazem.

  8. A CRIAÇÃO E A DIVINA PROVIDÊNCIA
    Apesar de toda a Criação ser atribuída ao Pai, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são o único e indivisível princípio da Criação. Deus criou sozinho e sem nenhuma ajuda todo o universo; ninguém mais possui o poder necessário para criar algo a partir do nada. Deus criou o mundo para manifestar e comunicar sua glória a todas as criaturas. A Divina Providência é o modo pelo qual Deus conduz, com sabedoria e amor, todas as criaturas até ao seu fim último; devemos, portanto, nos entregar a esta Providência, que também age por nossas ações. Deus não permitiria o mal se, também deste, não pudesse tirar o bem; só compreenderemos isto quando chegarmos à Vida Eterna.

  9. OS ANJOS
    Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar, além de nos auxiliar a fazer o bem. Eles cercam a cristo e servem-no no cumprimento de sua missão salvífica. A Igreja venera os anjos que a ajudam em sua peregrinação terrestre e protegem cada ser humano. O homem (e, por ele, toda a Criação) destina-se à glória de Deus. Respeitar as leis da Criação é princípio de sabedoria e fundamento da moral.

  10. O GÊNERO HUMANO
    O homem e a mulher foram criados à imagem de Deus e a eles foi confiado o domínio sobre todas as demais criaturas. O homem é uma unidade formada por corpo e alma. A alma, espiritual e imortal, é criada diretamente por Deus. A primeira forma de comunhão de pessoas foi a união entre o homem e a mulher.

  11. OS DEMÔNIOS E O PECADO
    Satanás (ou Diabo) e todos os outros demônios são anjos decaídos por recusarem a servir livremente a Deus e ao seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva e eles associam o homem à sua revolta contra Deus. O homem, instigado pelo Maligno desde o princípio, sempre abusou da liberdade dada por Deus. O primeiro homem (Adão) perdeu a santidade e a justiça originais que recebera de Deus, fato esse que atingiu toda a humanidade. À sua descendência, Adão e Eva transmitiram o "pecado original", ou seja, a privação da santidade e da justiça originais. Por causa do pecado original estamos enfraquecidos, submetidos à ignorância, ao sofrimento e à dominação da morte, além de estarmos sempre inclinados ao pecado. Cristo, ao vencer o pecado, concedeu-nos bens maiores que os tirados. Por Cristo fomos libertos do Maligno.

  12. JESUS E SEUS TÍTULOS
    O nome Jesus significa Deus que salva. A criança nascida da Virgem Maria salvou seu povo do pecado. Somente ele pode nos salvar. O título Cristo significa ungido, Messias. Jesus é o Cristo pois Deus o ungiu com o Espírito santo e com o poder. O título Filho de Deus significa a relação única e eterna de Jesus com o Pai, sendo Ele Filho único do Pai e o próprio Deus. O título Senhor significa a soberania divina. Invocar Jesus como Senhor é crer em sua Divindade.

  13. A ENCARNAÇÃO
    No tempo determinado por Deus, o Filho Único do Pai se encarnou, assumindo a Natureza humana, sem perder a Natureza divina. Por isso, Jesus é verdadeiramente Deus e Homem, sendo o único Mediador entre Deus e os homens. Essas duas Naturezas - a divina e a humana - não são confundidas, mas únidas na Pessoa de Cristo. Assim, Jesus possui inteligência e vontade humanas submetidas à sua inteligência e vontade divinas. A Encarnação é, pois, a união da Natureza divina e da Natureza humana na única Pessoa do Verbo.

  14. A VIRGEM MARIA
    Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de seu Filho. Desde a sua concepção ela foi totalmente preservada do pecado original e permaneceu pura ao longo de toda a sua vida. Por ser Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, Maria é verdadeiramente a "Mãe de Deus". Mesmo concebendo seu Filho, Maria permaneceu virgem e, com todo o seu ser, ela é a "Serva do Senhor". Cooperou, assim, para a salvação humana e, por sua obediência, tornou-se a nova Eva, Mãe dos Viventes.

  15. A VIDA DE JESUS
    Toda a vida de Jesus foi um contínuo ensinamento. Não se pode atingir a Deus senão ajoelhando-se diante da manjedoura de Belém e adorando-o escondido na fragilidade de uma criança. Jesus nos dá o exemplo de santidade na vida cotidiana da família e do trabalho por sua submissão a Maria e José. Desde o batismo, Jesus é o "Servo" inteiramente consagrado à obra redentora. A tentação no deserto mostra Jesus triunfando sobre Satanás através de sua total adesão aos desígnios do Pai. Desta forma, Jesus inaugura o Reino dos Céus na terra, sendo que a Igreja é o germe e o começo desse Reino, cujas chaves são confiadas a Pedro. Quando Jesus se transfigura, quer fortificar a fé dos apóstolos em vista da Paixão. Indo voluntariamente a Jerusalém, mesmo sabendo que lá encontraria a morte, sua entrada triunfal na cidade manifesta a chegada do Reino.

  16. JESUS E O JUDAÍSMO
    Jesus não aboliu a Lei de Moisés, mas a cumpriu perfeitamente revelando-a e resgatando as contradições contra ela. Jesus venerou o Templo participando das festas judaicas de peregrinação e amou esta morada de Deus entre os homens. O anúncio da destruição do Templo prefigura a própria morte, quando então seu Corpo será o Templo definitivo. Alguns judeus julgaram Jesus como blasfemador pois realizou atos que o manifestaram como Deus, tal como o perdão dos pecados.

  17. JESUS NOS AMOU ATÉ O FIM
    A Bíblia atesta que Jesus morreu pelos nossos pecados, sendo que a nossa salvação é derivada da iniciativa do amor de Deus para conosco. Jesus ofereceu-se livremente pela nossa salvação. Este dom é manifestado durante a Última Ceia quando diz: "Isto é o meu Corpo que será dado por vós". Portanto, por nos amar até o fim, Jesus deu sua vida em resgate de muitos, libertando-nos da vida fútil que havíamos herdado.

  18. A MORTE DE JESUS
    Experimentando a morte, Jesus beneficiou toda a humanidade. Mesmo sepultado, sua Pessoa Divina continuou permanecendo em seu corpo e alma, embora estes estivessem separados pela morte. Isso explica o porquê de seu corpo não ter conhecido a corrupção.

  19. A DESCIDA DE JESUS À MANSÃO DOS MORTOS
    Jesus morreu realmente e venceu a morte e o Diabo, o dominador da morte. Descendo à morada dos mortos, abriu as portas do Céu aos justos que o haviam precedido.

  20. A RESSURREIÇÃO
    A ressurreição de Jesus, ao mesmo tempo que é um fato histórico testemunhado por seus discípulos, mostra também o mistério da entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus. O sepulcro vazio e os panos de linho deixados no chão atestam que Jesus escapou realmente das garras da morte e da corrupção graças ao poder de Deus; são também o preparativo para o reencontro entre os discípulos e o Ressuscitado. Sendo o primogênito entre os mortos, Cristo é o princípio da nossa própria ressurreição, justificando agora a nossa alma e vivificando, mais tarde, o nosso corpo.

  21. A ASCENSÃO
    A ascensão de Jesus mostra a entrada de sua humanidade no céu, de onde haverá de vir novamente. E lá intercede incessantemente por nós, garantindo-nos a efusão permanente do Espírito Santo. Enquanto isso, vivemos a esperança de estarmos um dia eternamente com Ele.

  22. O REINO DE DEUS E O JUÍZO FINAL
    Apesar de já reinar pela Igreja, as coisas deste mundo ainda não estão submetidas a Jesus. Mesmo assim, seu Reino triunfará contra todas as potências do mal. No dia do Juízo Final, Cristo voltará em sua glória para julgar os vivos e os mortos, retribuindo a cada um conforme suas obras e segundo o recebimento ou rejeição voluntária de sua graça.

  23. O ESPÍRITO SANTO
    Por sermos filhos amados de Deus, Ele nos enviou seu Espírito Santo. Desde o princípio até o final dos tempos, o Espírito Santo é enviado juntamente com Jesus, pois a missão de ambos é conjunta e inseparável. Jesus foi constituído Senhor e Cristo na glória, e de sua plenitude derrama o Espírito Santo sobre os apóstolos e a Igreja. O Espírito Santo derramado sobre os membros da Igreja colabora para construi-la, animá-la e santificá-la. Ela é, portanto, o sacramento de Comunhão da Santíssima Trindade e dos homens.

  24. A IGREJA
    A palavra igreja significa convocação. É a assembléia daqueles cuja Palavra de Deus convoca para formarem o Povo de Deus e que, alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam Corpo de Cristo. A Igreja foi prefigurada na Criação, preparada na Antiga Aliança, fundada pelas palavras e atos de Jesus, realizada pela sua Cruz redentora e Ressurreição. Ao mesmo tempo que visível e espiritual, é também uma sociedade hierárquica e o Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada por um elemento humano e um elemento divino, mistério esse acolhido somente pela fé. No mundo presente, a Igreja é o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da Comunhão de Deus e dos homens.

  25. OS SACRAMENTOS
    O homem ingressa no Povo de Deus através da fé e do batismo. Toda a humanidade é chamada a fazer parte desse Povo para que venha a se constituir uma única Família. A Igreja é o Corpo de Cristo. Através do Espírito Santo e por sua ação nos sacramentos (em especial na Eucaristia), Cristo constitui a comunidade dos crentes como seu Corpo. Cristo é a Cabeça da Igreja: ela vive Dele, Nele e por Ele; e Ele vive nela e com ela. Jesus purificou a Igreja com seu sangue e fez dela a Mãe de todos os filhos de Deus. O Espírito Santo, como alma do Corpo Místico de Cristo, distribui aos fiéis seus dons e carismas para a edificação e o bem comum. Portanto, a Igreja é o "povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo".

  26. OS ATRIBUTOS DA IGREJA DE CRISTO
    A Igreja é una pois tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de umsó batismo, forma um só corpo vivificado por um só Espírito. A Igreja é santa porque o Deus Santíssimo é seu autor, porque Cristo entregou-se para santificá-la e porque o Espírito santo a vivifica; embora congregue pecadores, a Igreja é imaculada composta por maculados; nos santos brilha a santidade da Igreja. A Igreja é católica pois anuncia a totalidade da fé, traz em si e administra os meios de salvação e é enviada a todos os povos sendo, por sua própria natureza, missionária. A Igreja é apostólica porque está edificada sobre os Doze Apóstolos de Cristo, sendo mantida infalivelmente na verdade; Cristo a governa através de Pedro e dos demais apóstolos, presentes nos seus sucessores: o Papa e o colégio dos Bispos.

  27. O CLERO E OS LEIGOS
    Aos ministros sagrados chamamos clérigos, aos demais chamamos leigos. O Papa, como legítimo sucessor de São Pedro, é a cabeça do colégio dos Bispos e governa a Igreja universal. Os Bispos são o fundamento da unidade em suas Igrejas particulares, sendo auxiliados por Presbíteros e Diáconos nas tarefas de ensinar a autêntica fé, celebrar o culto divino e dirigir suas Igrejas. Os Leigos participam, cada vez mais, do sacerdócio de Cristo, sendo também chamados a serem testemunhas em tudo, no meio da comunidade humana.

  28. O PAPEL DE MARIA SANTÍSSIMA
    Maria colabora para toda a obra que seu Filho realiza. Após sua morte, Maria foi elevada ao Céu em corpo e alma, antecipando a ressurreição de todos os membros que crêem em seu Filho. Maria, a Mãe de Deus e da Igreja, a Nova Eva, exerce sua função materna para conosco no Céu.

  29. O BATISMO E A REMISSÃO DOS PECADOS
    O perdão dos pecados e o Espírito Santo estão intimamente ligados. Após ressuscitar, Cristo confiou aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados ao dar-lhes o Espírito Santo. O Batismo é o primeiro e o principal sacramento para o perdão dos pecados. Pela vontade de Cristo, a Igreja possui o poder de perdoar os pecados dos batizados, sendo exercido através dos Bispos e Presbíteros. Na remissão dos pecados, os presbíteros e os sacramentos são meros instrumentos pelos quais Cristo apaga nossos pecados e concede-nos a graça da justificação.

  30. A RESSURREIÇÃO DA CARNE
    Deus é o criador da carne; o Verbo se fez carne para redimir a carne; a carne ressuscitará... Pela morte, a alma é separada do corpo, mas, na ressurreição, Deus restituirá a vida incorruptível ao nosso corpo transformado. Assim como Jesus ressuscitou e vive para sempre, no último dia também nós ressuscitaremos. Por causa do pecado original, sofremos a morte corporal. Jesus sofreu livremente a morte por nós e, assim, conseguiu vencer a morte e abriu a todos os homens a possibilidade da salvação.

  31. A VIDA ETERNA
    Cada homem, na sua alma imortal, recebe a sua retribuição eterna, a partir de sua morte, em um Juízo Particular feito por Cristo, Juiz dos vivos e dos mortos. Todos os que morrem na graça de Cristo vencerão definitivamente a morte e suas almas serão novamente unidas aos seus corpos. As pessoas que estão reunidas em torno de Jesus formam a Igreja do Céu: estas conseguem ver a Deus tal como Ele é e, associadas com os santos anjos, intercedem por nós. Os que morrem na graça e amizade de Deus mas não estão totalmente purificados, embora tenham garantida a salvação, passam por um processo de purificação a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria de Deus. Através da comunhão dos santos, a Igreja recomenda os defuntos à misericórdia divina e oferece sufrágios em favor deles, em especial o santo sacrifício eucarístico. Assim como Cristo, também a Igreja adverte os fiéis para a terrível realidade da morte eterna: o Inferno; este consiste na separação eterna de Deus, o único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira. A Igreja ora para que ninguém se perca; da mesma forma que ninguém pode salvar-se a si mesmo, também quer Deus que todos sejam salvos. A Igreja crê que no dia do Juízo Final todos os homens comparecerão com o seu próprio corpo diante do tribunal de Cristo para prestar contas de seus próprios atos. No fim dos tempos, os justos reinarão com Cristo para sempre.

Retornar