Nem a fé nem a disciplina eclesiástica nos autorizam a sermos mui severos e muito exigentes para a admissão dos pequeninos à Comunhão.
Poderá, pois, não ser indicado instituir nem uma longa preparação catecumenal nem um verdadeiro exame.
Devem os Pastores, neste caso, fiar-se sobretudo nos educadores naturais: pais e professores conscienciosos. No caso de uma criança, aliás, a introdução, na sua educação, de uma personagem não habitual, e sobretudo cercado de um certo prestígio, como o sacerdote, pode provocar o contrário de uma abertura ao mistério, e um verdadeiro bloqueio psicológico.
Uma criança pode muito bem aparecer-nos como não sabendo nada, mais por medo do que por ignorância real. Aliás, em todo tempo, mas sobretudo nessa idade, a Religião é uma orientação de vida antes que uma soma de conhecimentos.
Nosso papel consiste sobretudo em aceitarmos as crianças para a Comunhão desde que seus educadores reponsáveis no-las apresentem achando estarem elas suficientemente preparadas.